Nos seus sonhos

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Não era uma relação normal.

Ele iria deitar a cabeça no travesseiro quando voltasse para casa, repousando em sua cama.

Às vezes, alcoolizado, acompanhado ou sozinho.

Ele não vinha para o quarto todas as noites.

Mas eu sempre o aguardava.

Ele não me veria inicialmente, claro, porque estávamos em realidades diferentes.

Sucubus? Eu não sei se você poderia me chamar assim. Eu não estava sugando a energia dele, nem nada do tipo.

Eu não entendi bem porque meu mestre me colocou aqui. Talvez para averiguar como esse humano em particular agiria. Talvez ele tivesse uma queda por esse mortal, porém, por uma questão de orgulho evitou tomar a iniciativa, e estivesse me usando para obter um showzinho do rapaz.

Quem poderia dizer?

Começou por volta dos 18 anos dele.

Assim que caísse no sono, e uma consciência despertasse para o mundo do sonhar, ele me veria deitada ao seu lado, numa cama que não era exatamente a sua, num quarto que por mais que fosse similar ao dele, não o era realmente.

Algumas pessoas fugiam de mim, ou saiam correndo quando me viam, outros me atacavam.

Nunca reagi, eu não tinha, de fato, escolha sobre estar nesse lugar ou não.

Ele apenas me encarou, em silêncio.

Chocado? Sabia que era tudo um sonho?

Eu não tinha como descobrir isso.

"Sinto muito", murmurei após algum tempo que ficamos envoltos numa tensa quietude.

Ele despertou logo em seguida.

Chainsaw man - Imagine Aki Hayakawa: AnormalOnde histórias criam vida. Descubra agora