Onde habita um ser

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Dia 4 de Novembro, uma sexta feira às 1:55 da manhã, resolvi me mudar de estado, já não aguentava mais esta me sentindo sozinho, e sem perspectivas de ser alguém na vida, já não bastava estar preste aos 30, e não conseguir terminar nada, na real estou conseguindo terminar uma faculdade, milagres acontece, mais resolvi ir para São Paulo, tentar fotografar por lá, e ver se encontro novas pessoas para me relacionar, mais isso tudo custaria deixar minha mãe, e a segurança de não dá minha falsa rede de apoio.

Então, o dia clarou precisei pensar direito na ideia de ir embora, vendi umas coisas menos importantes, para juntar direito para as passagens e me manter lar por um tempo, fui contar para minha mãe, ela odiou a ideia, mais nada me faria mudar, eu precisava viver outras coisas, novas emoções, para sair desse buraco que estava sendo meus meses, então, quase tudo resolvido, só falava alugar um lugar para ficar, então fui resolvendo as situações mais burocráticas aos longos dos dias.

Finalmente comprei as passagens, e já era dezembro, logo estava chegando meu aniversário de 30 anos, e pela primeira vez estava me dando um presente que não fosse encher a cara e não fazer nada que melhorasse a minha vida. Mas estava com um subito medo, pois seria a minha primeira vez, morando sozinha e escolho o outro lado do país. Penso logo que é a ansiedade me sabotando, então fico meio com receio, mais já estava tudo resolvido e infelizmente não tinha como voltar atrás, passou as festas de fim de ano, e ninguém sabia que eu iria embora, só a minha mãe e o meu pai, que odiou toda essa ideia, mais as vezes precisamos se libertar e enfrentar nossos medos.

Enfim chegou janeiro e me despedindo da minha afilhada que um dia atrás fez seus dois aninhos e a batizamos, me senti muito mal por deixa-la, mais espero estar fazendo a coisa certa. Muitas lágrimas neste momento, formada e todos sabiam da família já sabiam que eu iria embora, era 3 longos dias de ônibus, então resolvi ler uns livros, e me destrair com algumas músicas, e procurei sempre estar em contato com minha mãe, que é o meu porto seguro. No meio da viagem conheci uma mulher que subiu em Minas Gerais, ela tinha um cabelo ondulado e os olhos cor de mel, conversava com todos do ônibus, e eu fiquei intrigada pois ela nunca falava comigo, mais não parava de olhar para mim. No penúltimo dia saímos para tomar banho e ela ficou me esperando sair do banheiro e perguntou como me chamava, respondi Reys e perguntei qual era o dela, mais eu já sabia o ônibus todo falava sobre ela e com ela, então por fim ela disse, Valentina, mais pode me chamar de Val, acabamos passando o último dia conversando sobre tudo, inclusive trocamos WhatsApp e Instagram, ela insistiu que eu precisava visitar ela em São Paulo, e disse que ia me apresentar tudo, ela já morava lá fazia um tempo, e que ia sempre para minas visitar sua família, achei fofo da parte dela, pena que eu ia demorar a visitar a minha família.

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