Querido Diário.
Sempre tive certeza de que meu futuro seria feliz, que com uma jovem de boa família, me casaria e teria filhos, netos e bisnetos, e que pelo resto de minha longa vida. Isso até aquela primavera, ha, aquela primavera...
Era março de 1894, a primavera era mais floridas de anos, de dia nos parques era possível ver as damas andar pelas ruas e parques de Londres com seus belos e longos vestidos, muitas andavam com seus noivos, flertando sem se importar com os outros. Era a época de cortejos, que em sua maioria aconteciam em bailes organizados a cada 3° semana do mês, as jovens moças ficavam eufóricas, e os rapazes também, menos para mim, tudo era fútil e sem sentido, eu não entendia o porquê das belas moças não lhe causarem euforia como causava a seus irmãos mais velhos, talvez ainda não fosse a hora? Talvez ainda não achou a moça certa? Talvez ele tivesse alguma doença? Não entendia o porquê de não apaixonar-se por ninguém, até aquele dia, aquele fatídico dia de primavera.
Em uma manhã de sábado, minha família se preparava para ir à casa dos Jeon, os novos moradores vindos de Paris, que por algum motivo tinham ido morar naquela pequena cidade, todos estavam curiosos com a nova família, acho que eles tinham percebido, já que os mesmos chamaram as famílias que moravam próximo para um almoço, entre essas famílias estava a minha família.
Minha mãe parecia bastante ansiosa, já que o sol mal havia raiado, e lá estava ela, acordando todos para nos preparar, eu apenas vesti um terno simples, não estava tão animado para aquele almoço, as logo todos nos partimos em direção ao casarão dos Jeon, chegando naquela casa, a primeira coisa que eu vi foi um jardim cheio de lírios, mas logo fomos atendidos pelo mordomo da casa, sendo levados para o salão, onde estavam os senhores Jeon e o filho único do casal, Jeon Jungkook, um jovem forte, de cabelos pretos, e olhos tão escuros quanto, aquela foi a primeira vez que meu coração errou a batida, aquele homem era belo e educado como era, cumprimentou todos nós com apertos de mãos e um beijo na mão de minha mãe, mas ao chegar minha vez , algo aconteceu, um choque, uma conexão, algo que nenhum de nós dois esperávamos, era um sentimento avassalador, mas para nos ainda desconhecido.
—"Sejam bem vindos, é um prazer conhecê-los, por favor, sintam-se em sua casa".–a dama Jeon anunciou para nos, com sua voz aveludada e calma e se dirigiu a minha mãe.—"Oh, esse é o tão famoso Jimin que você comentou? Que belo! Esse é meu amado filho Jeongguk"–ela abraçou o garoto, que abaixou a cabeça envergonhado.—Querido, por que não leva o jovem Jimin para passear pelo jardim? Soube que ele gosta muito de botânica, quem sabe assim vocês tornam-se amigos, hum?"
Ele assentiu em silêncio e saiu, eu apenas o segui, sem falar nada, apenas contemplando as flores daquele jardim.—"Park Jimin, hum? Um belo nome..."–ele falou para mim, e ao ouvir aquela voz tão perto, fez todo os meus pelos se arrepiarem.—"Então, soube pelos seus pais que você gosta de flores."–era mentira, ele apenas repetiu o que sua mãe falou, ele apenas queria iniciar algum assunto.
—"Sim, eu gosto muito, em principal lírios, são delicados e ao mesmo tempo fortes e o cheiro é agradável".–eu falei de imedia to, aquele era um assunto no qual eu especialista.
—"Para mim, são apenas plantas bonitinhas, sem nada de mais".–falou dando de ombros, aquilo realmente não lhe interessava.
—"Ora essa, flores não são apenas plantas bonitinhas...quer dizer, são isso sim, mas também são bastante importantes!" –eu lhe contrariei, ora, quem ele achava que era para falar isso.—"Como elas são importantes?"–ele falou com um sorriso presunçoso, aquele maldito sorriso com dentes saltados.
—"Ora essa, muitas flores são usadas para cosméticos, remédios, pigmentos, perfumes e chás"
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Lírio
FanfictionInglaterra, 04/12/1867 (...) "Sei que se existe um Deus, ele jamais nos condenaria apenas por amar; Um dia em um futuro distante, nos reencontraremos e poderemos nos amar livremente, mas enquanto o tempo não chega, nos resta apenas esperar. Mas l...