"Happy Mothers Day"(Capitulo 17)

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Antes de iniciar a leitura, quero desejar um Feliz Dia Das Mães atrasado *u* Que cada mãe seja feliz e Deus abençoe cada vez mais.


P.O.V YASMIM

São 22h50 e até agora nem sinal de Zayn. Eu reatei com o Harry, bem, nós nunca terminamos oficialmente, só tivemos uma famosa DR. Cansei de ficar olhando pela janela, e me joguei na cama, olhando para o teto. Onde ele se meteu? Amanhã é Dia Das Mães, mais um que passo sem a minha. Meu celular começa a tocar, procuro ele pelo edredom. Como uma pessoa perde o celular na cama? Estava torcendo para ser Zayn, mas assim que vi o nome ''Rick *u*'' no display, desanimei.

Ligação On:

Eu: Amoooor - Fingi entusiasmo.

Rick: Oi sumida! Como vai em Londres? Já está bebendo cházinho toda tarde? - Brincou, eu ri.

Eu: Ah não, odeio chá.

Rick: Só liguei porque lembrei que amanhã é Dia Das Mães... Sei como você fica. - Falou. Ah Rick, você me conhece tão bem.

Eu: Vou ficar bem, não se preocupa. Trisha está sendo legal, melhor do que eu imaginei até. - Meu pai entra no meu quarto, sorri. - Tenho que desligar Rick, beijos.

Ligação Off:

Miguel: Oi filha, eu sei que está tarde, mas quero falar com você. - Ele se aproxima da cama.

Eu: Ah tudo bem, é, pode sentar.

Meu pai me contou que estava querendo fazer uma festa surpresa para Trisha, só nós quatro mesmo. Amanhã ela iria trabalhar até ás 15h00, e quando ela chegasse nós já estaríamos com tudo preparado. Ele já tinha debatido a ideia com Zayn, então já estava tudo certo.

Eu: Ok então. - Falei tentando abrir um sorriso, mas uma dorzinha estava se fazendo presente lá no fundo, em um lugarzinho escuro e desconhecido.

Miguel: Certo, boa noite. - Ele deposita um beijo na minha testa, e sai do quarto.

Deitei na cama e desliguei o abajur, mas não consegui dormir. Mamãe, amanhã não vou poder te visitar, pensei e comecei a chorar baixinho. Desde que minha mãe morreu, toda data comemorativa eu e meu pai tínhamos o dever de visitar o túmulo da mamãe. E agora, eu estou aqui, tão distante dela. Parece ser idiotice, eu sei, mas ainda dói. E muito.

***

Acordei eram 06h16, levantei e fui para o banheiro. Meu cabelo estava desgrenhado, e minha cara estava inchada por conta do choro, e lembrar do choro de ontem, só me fez chorar ainda mais. Era soluço após soluço, quando finalmente me recuperei, me despi e entrei para debaixo do chuveiro. Depois do banho, vesti uma saia curta rodada e uma regata amarela, fiz uma maquiagem leve para desfaçar as olheiras e saí do quarto. Encontrei meu pai lavando as louças, peguei uma maça e me encostei no balcão.

Eu: Ah, você tem que ir no colégio. - Falei despreocupada, hoje era um dia que ele estava de bom humor, então aproveitei.

Miguel: Tá, amanhã eu vou. Zayn está descendo daqui a pouco. - Ele enxugou suas mãos no pano, e olhou para mim. - Eu sei.

Eu: Sabe o quê? - Perguntei, meu coração quase saindo pela boca. Ele soube da briga? Mas como?

Miguel: Que você está tentando ser forte hoje, obrigada. - Ele sorriu. Ufa! Soltei o ar que havia prendido e devolvi o sorriso.

Eu: Tá tudo bem.

Horas mais tarde enquanto eu enchia balões em forma de coração, meu celular vibrou em cima do sofá, avisando que havia chegado uma mensagem. Amarrei a boca do balão e soltei no ar, peguei meu celular de desbloqueei.

" Amor, quer ir cmg visitar minha mãe? - xoxo Seu Hazza "

Respondi no mesmo minuto, digitando rápido.

" Não posso :'( Hoje vamos fazer uma surpresa para Trisha.- xoxo Sua Mih "

Ele não respondeu.

Zayn saiu da cozinha, já tinha tomado café, ido pegar o bolo e ajudou meu pai com os enfeites. Sua aparência estava horrivel, parecia que ele não tinha dormido nas últimas horas. Ele apenas fez um gesto microscópico com a cabeça e subiu a escada. Ele está te evitando, avisa meu consciente revirando os olhos. Por que estaria fazendo isso? Não está óbvio? Agora ele está batendo seu pé, impaciente. Droga! Estou até discutindo com minha consciência! Terminei de encher os balões e gritei para o meu pai que acabei. Subi a escada, entrei no meu quarto. Eram 14h47, tinha 22 minutos para me arrumar.

22 MINUTOS MAIS TARDE...

Eu estava vestida com uma meia calça preta transparente, um short preto curto, uma T-shirt preta e um moletom cinza por cima. Nos pés, uma bota cano média, também preta. Fazer o que? Preto é vida! Abri a porta do quarto no mesmo momento que Zayn abriu a dele, na boa, ele estava...Dane-se, ele é bonito sempre. Calça moletom cinza, T-shirt preta, um gorro preto e um óculos escuro. Vai entender qual é a do óculos...

Zayn: Preto combina com você. - Fala enquanto andamos lado a lado, seu elogio me pegou desprevenida.

Eu: Obrigado - Respondi baixinho.

Eu desliguei a luz, meu pai ficou ao lado da porta e eu e Zayn ficamos de frente para ela. Assim que ouvimos a porta da mini van batendo, ficamos em silêncio. Esperamos ela achar a chave na sua Maxi Bolsa, assim que ela abriu a porta, eu liguei a luz.

Eu, Zayn e Miguel: Surpresa!

Ela riu, e abraçou cada um de nós. Nós comemos, rimos, eles contaram a história de como se conheceram e todas essas coisas. Estava tudo indo muito bem, até a hora de entregar os presentes. Meu pai comprou cinco coisas, ele entregaria três e eu e o Zayn, um. O primeiro foi o Zayn, que todo sorridente entregou o presente para Trisha. Era uma bolsa da Channel, nem preciso dizer que era perfeita. Quando chegou minha vez...

Eu: Feliz Dia Das Mães. - Falei, e entreguei seu presente. Aí ela me abraçou, e foi no abraço, que eu não aguentei.

Desmoronei, não sei por que, apenas deu vontade de chorar. Com vergonha de todos ali, me soltei dos braços da Trisha e saí correndo, sem rumo. Estava frio, então me abracei e fui caminhando para algum lugar longe de casa. Não demorou muito, e eu escutei alguém correndo atrás de mim, olhei de relance para trás. Era Zayn, estava ofegante, ele me puxou pelo braço e fui de encontro ao seu corpo. Tão quente...

Zayn: Vamos andar um pouco.

***

Zayn: Ok, pode me contar o que foi aquilo? - Perguntou.

Ele tinha me levado para uma praça, tinha umas crianças brincando aqui e ali. Olho para o meu sorvete, não quero olhar nos olhos dele. Eu nunca contei nada sobre minha mãe, era desgastante sabe? Reviver na memoria aqueles detalhes. Mas mesmo assim...

Eu: Eu estava completando 10 anos... Eu, minha mãe e meu pai estávamos em uma pizzaria... - Parei, e respirei fundo. - Minha mãe começou a ofegar, como se estivesse cansada, todos correram para ver o que era. A ambulância levou ela para o hospital, meu pai foi junto, então tive que voltar para casa com um estranho. Meu pai voltou para casa horas depois, mas não me falou nada, apenas se trancou dentro do quarto me deixando a ver navios. Dois meses depois, minha mãe já estava em casa, e me contaram sobre o que ela tinha. Câncer pulmonar. Foi meses de idas e vindas do Hospital, de ela passando mal na minha frente, meses de encorajamentos que não serviam para nada. Todos diziam "vença essa batalha Natália", mas vencer o quê? Ela mesma? Porque o câncer é isso não é?! Você mesmo. O câncer só quer viver! - Falei um pouco alto, as lágrimas já acumulando em meus olhos. - Quando foi em Maio, justamente no Dia Das Mães... Ela morreu. Eu estava lá sabe? Ao lado dela. Estávamos deitadas na cama, de conchinha. Eu não pude fazer nada, ela morreu ao meu lado.

Nessa altura do campeonato as lágrimas já lavavam as maçãs do meu rosto. Zayn me puxou, me abraçou enquanto eu soluçava e inundava sua T-shirt. Ele afagou meus cabelos, e me deixou ficar ali... Sentindo a dor, e inspirando seu perfume extremamente bom.

Zayn: Vou está contigo pequena, sempre. - Sussurrou em meu ouvido.

Night Changes ↣ Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora