The cruel side of love •Cynonari•

Love is cruel.

Oi pessoas, estive um tempinho já fazendo esse angst do meu casal favorito de genshin. Eles merecem mais do que recebem, e eu como o maior fã deles, resolvi escrever algo voltado mais a eles. Podem ter palavras e situações que tragam gatilhos a pessoas sensíveis,  então saiba que está lendo por sua conta.

• (Spoiler) Avisos: Violência, Sangue explícito, Morte e Gatilhos

• Betagem (Revisão): Feita pelo autor, dia 12/11

• Palavras: 2666

• Também postada no Spirit Fanfics

Fiquei durante quase um mês finalizando esta daqui, no texto acima eu citei "um tempinho", mas esse tempinho foi só para escrever mesmo kakakaka. Juro, tarefas escolares, época de provas iniciando, procrastinação.... Sinceramente eu já havia largado ela de mão, mas criei coragem para finalizar e cá estou lhes entregando uma short que provavelmente não está tão decente, mas que foi feita com carinho, até mesmo porque só os Arcontes sabem o quão eu amo esses dois. <3

Boa leitura :)

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O amor.

Muitos o encaram como algo fútil, algo amargo e talvez uma maldição. Mas outros pensam nesse sentimento como mais puro e belo, ingênuo e gentil. Amar significa cuidar, zelar algo ou alguém de valor emocional, amar também pode significar odiar, também pode ser algo ruim, mas apenas se permitir abraçar tal sentimento é digno e honroso.

E Tighnari ama Cyno, ele o ama com todas as palavras existentes, com todos os significados possíveis. Sempre o amou, sempre cuidou de não o perder, o Anubis fora seu porto seguro desde o dia em que o conheceu oficialmente como amigo na academia. Onde os olhos bicolores se encontraram pela primeira vez com os olhos rubis escarlate, a troca de olhares foi singela porém intensa, onde ambos os olhos brilharam em expectativa. E ali percebera que estava apaixonado pelo garoto de pele bronzeada.

Mas nunca imaginou que seu amor seria recíproco.

O jovem híbrido está em seus vinte e dois anos, conheceu Cyno aos quinze. Vem guardando seus sentimentos durante anos, não se perdoaria caso perdesse a amizade com o general por conta de um sentimento estúpido que ele nunca desejou ter. Se amaldiçoa diariamente por ter se apaixonado pelo melhor amigo, por suas estúpidas piadas horríveis e seu senso de humor questionável, chora quase todas as noites por saudade, tristeza e raiva. Raiva por se sentir um idiota, um imbecil.

Pior ainda é seu estado atual.

Fazem meses que não vê o amado, cinco? Seis? Sete? Talvez um ano? Nem ele se lembra ao certo. Um dos seus maiores problemas sendo um híbrido da espécie  Feneco é o fato de ser monogâmico. Raposas desta espécie escolhem apenas um par para amar o resto de sua vida, para seguirem o resto dela juntos para sempre. E ele, de todas as pessoas existentes em sumeru, começou a amar seu melhor amigo. O amar incondicionalmente, colocando-o acima de qualquer forma de vida existente (sim, até mesmo de sua tão amada botânica) mesmo sabendo que nunca alcançará sua mão,  nunca juntará seus lábios num ósculo carinhoso, repleto de amor e sentimentos.

Sente sua falta, sente falta de seu cheiro, de seus passos nada discretos, de sua risada gostosa ecoando por toda a sala, sente falta de acariciar seus fios platinados e macios, de passar suas digitais sob a maciez do local. E sente mais falta ainda de jantar com ele diariamente, onde tinha que lidar com suas piadas em momentos importunos, ou ficava irritado pois tinha que esquentar sua comida novamente. Sente falta de passar boa parte da madrugada dos seus dias de folga falando animadamente sobre seus assuntos favoritos com o garoto, resultando em risadas altas e pessoas irritadas no dia seguinte. Tighnari sente tanta saudade de Cyno que chega a doer em seu peito, a vontade de chorar o arrebata de forma cruel e ele não vê outra escapatória a não ser afundar o rosto em seu travesseiro e chorar silenciosamente a noite, com seu corpo frio esperando ser esquentado pelo caloroso abraço de Cyno e suas orelhas abaixadas e trêmulas.