Prólogo

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   Eu só sou um carinha que se apaixona fácil com quem me trata bem.. é ser uma pessoa iludida que chama, não é? Mas bem, no meu aniversário desse ano, eu descobri que eu conseguia ver esses negócios de espírito.. eu acordei e só vi sabe? Foi do nada mesmo
Eram 08:00 da manhã... Eu acordei um pouco mal, porque no dia anterior eu havia sido rejeitado.... Novamente.
Vou pra cozinha e minha mãe está ali mexendo no celular... Como sempre

— Bom dia Mãe... — começo a conversa — Bom dia filho.

  Ela quase nunca fala comigo, ela só fala quando eu chamo a atenção, mas não tira a cara do celular, minha mãe deixa eu fazer o que eu quiser e quando eu quiser só que isso acaba ficando chato às vezes..
— Só vim pegar uma água. — Abro a geladeira e pego a garrafa de água — Vai querer?

— Obrigada Filho, não quero não.

   Eu bebo a água no bico da garrafa mesmo, coloco na geladeira de volta e volto pro meu quarto, sem falar nada para minha mãe. Lá dentro dele tem bastante coisa, normalmente coisas preto e azul. Eu visto minha roupa favorita que também é preta e azul e arrumo meu cabelo, o qual não é preto e azul, ele é só preto mesmo, irônico dizer isso como se eu estivesse falando sobre a minha aparência como se ela fosse bonita para mim, tenho um olho levemente puxado e bocas um pouco carnudas quase em um formato de coração; Olho para as minhas mãos, pensando um pouco sobre o que eu posso fazer; me deito na cama de barriga para cima enquanto olho para o teto

  Fico ali pensando na minha vida e o que tinha acontecido ontem... O garoto simplesmente me rejeitou da pior maneira possível...

— Como que... — Sinto algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto — Você consegue ser tão cruel, Cupido?

— Eu não sou Cruel.. Não é culpa minha! — Ouço uma voz do além.. será que as cornetas tocaram mais cedo pra mim e eu nem percebi?

Eu olho pro lado e vejo um garoto com uma aparência fofa, tem cabelo de cor azul bem clarinho e nas pontas um azul mais escuro, seus olhos eram de um tom de rosa escuro, usava roupas simples mas com tons pastéis e tinha sardas em toda sua pele aparente, seus braços, mãos e pernas deixava visível suas pintinhas; o mesmo estava encostado na parede do quarto... Ele é muito bonitinho, mas parando para perceber, também tinha um par de asas e em suas costas, um arco e uma bolsa de flechas.

— Me desculpa, isso sempre acontece, eu sempre vacilo com a sua vida amorosa..! Você não imagina o quão mal eu estou me sentindo agora... Henri.. — Fungava, aparentemente segurando o choro

Quem é ele? Como ele me conhece?... Será que ele é um anjo?

— Ah, esqueci... Você não me escuta — Ele se encolhe mais um pouco, se encostando mais ainda na parede — Só queria liberar isso pra fora..

E se eu falar com ele?.. talvez eu descubra algo
Me viro com meu corpo e olho para o mesmo... Acabo desistindo de falar com ele e fico observando-o, ainda com minhas lágrimas caindo, sinto um pequeno choque quando o garoto anjo olha para mim, como se eu estivesse sentindo um choque de culpa vindo dele?

— O que foi? Viu um fantasma? — ele solta alguns risos baixos, e logo dá uma pausa — Por quanto tempo mais será que eu vou ter que procurar mais gente pra você se apaixonar... E ter uma vida feliz e etc .. — O garoto fica cabisbaixo por um momento, mas logo levanta a cabeça e olha para mim novamente.

  Acho que... Vou esperar até esse ano acabar pra ver o que ele faz. . . Sei lá, talvez isso seja a famosa síndrome de personagem principal, mas quem sabe seja o certo a se fazer!

...
Ou talvez é o inverso?

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