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Alan e Walden estavam esperando Dan acordar, do lado de fora do quarto.

Walden: " Acha que estamos lidando com um assassino em série?"

Alan: " Eu acho que é muito cedo para chegarmos a qualquer conclusão "- O chefe de polícia bebeu um gole de café.

Walden: " Hannah Donfort, agora Daniel Anderson. Mas não apenas por isso: você percebeu que o assassino foi atrás do grupo? No bar?"

Alan: " Não creio que tenha sido o caso. Faz mais sentido ele ter ido atrás de uma pessoa: o dono do bar Aurora"

Walden olhou com curiosidade.

Walden: " Mas porquê o dono do bar?"

Alan: " Ele tinha uma ligação com o Michael"

Walden: " Porque isso tá me cheirando a filho bastardo!?"

Alan olhou para seu parceiro, surpreso.

Walden: " Se tá brincando!?"

Alan: " Cala a boca, Walden!"

Walden: " Chefe!? Essa informação é crucial!"

Alan: " Não cabe a mim falar sobre o passado do Michael"- Desconversou.

Walden: " Como amigo, não. Como investigador, é seu dever!" - Disse, aproximando-se do outro homem, para que a conversa não pudesse ser ouvida por terceiros.

" Daniel já pode recebê-los, detetives" - A enfermeira anunciou, abrindo a porta para a dupla.

Walden não estava satisfeito. Para ele, aquele assunto não havia terminado.

" Bom dia senhor Anderson"

Dan abriu um dos olhos, ainda sob o efeito dos analgésicos e anti-inflamatórios pesados.

Dan: " Eu não tenho paz" - Resmungou

Walden: " Seremos breves. Bom, depende do quão cooperativo você vai ser "

Dan: " Eu fui esfaqueado no rosto"

Walden: " E sobreviveu, o que é excelente. Anderson: 1, assassino: 0"

Um leve sorriso surgiu no rosto de Dan. Aquele outro detetive levava jeito.

Dan: " Muito bem, detetives, o que precisam saber?"

Alan: " O que você consegue se lembrar do assassino?"

Dan: " Nada" - Respondeu.

Alan: " Qualquer detalhe vai ser de grande ajuda"

Walden e Alan deixaram o hospital um tanto quanto frustrados. Foi quando Alan notou um detalhe interessante.

Alan: " O assassino é canhoto"

Walden: " Tem certeza!?"

Alan: " Sim. Anderson foi atacado duas vezes no lado esquerdo. E não foi um ataque por trás, mas sim um confronto direto. Mas eu preciso ter cem por cento de certeza disso"

Walden: " Então vamos atrás dos cem por cento de certeza"

Alan: " Esse é o espírito " - Pela primeira vez em semanas, Alan parecia animado.

Walden: " Vamos ao bar Aurora. Talvez, se olharmos mais de perto, possamos encontrar alguma pista"

Alan: " Bem pensado"

Walden: " Eu sei"

Alan: " Não se empolgue"

Walden: " Porque tão amargurado, chefe?"

Portão da esperança, 16:00 horas

Miranda havia encerrado a reunião das mulheres naquela tarde e estava esperando por Cléo dentro da igreja. Enquanto sua filha não chegava, ela foi até o escritório do local organizar as próximas atividades da congregação.

As mulheres da igreja haviam se juntado para um trabalho voluntário em favor da família Donfort. Elas estavam dispostas a oferecer todo e qualquer tipo de ajuda para que a família pudesse passar pelo luto de uma forma um pouco menos dolorosa e pretendiam fazer isso se voluntariando para limpar a residência, ir ao mercado, o que fosse necessário para a família da jovem Hannah.

"Já são 16:10! É melhor eu descer!" - Miranda recolheu suas coisas, pegou suas chaves e bolsa e saiu do escritório. Ao ouvir a porta do andar de baixo se fechar, ela estranhou por um momento. Mas então lembrou-se de que Cléo tinha as chaves do local também.

" Estou descendo, querida" - Disse, trancando a porta e descendo o lance de escadas de madeira.

" Cléo?" - Chamou, sem receber resposta alguma, muito menos, sem notar a figura que a observava de longe.

Miranda pegou seu celular e começou a ligar para Cleo. Quando ela alcançou a porta da frente da igreja, notou que estava trancada. Aquilo era muito estranho.

" Filha?" - Chamou, olhando pelas laterais vitrificadas da porta de mogno pesada. Então, decidida a não ficar trancada, colocou as mãos dentro de sua bolsa, em busca de suas chaves. Quando destrancou a porta e a abriu, Cleo estava indo em sua direção, e parecia assustada.

" Mãe!"

" O que foi, Cleo?"

Então, o homem sem rosto puxou Miranda de volta para a igreja, antes que Cleo pudesse alcançar sua mãe.

Halloween em DuskwoodOnde histórias criam vida. Descubra agora