Juan estava olhando a tatuagem recém feita em seu cliente, um ramo de rosas em torno de uma caveira no ombro esquerdo. Típico. Já tinha limpado e dado as instruções e Saem, seu primogênito, tirava as fotos para colocar nas redes sociais enquanto ele se afastava, um pouco tonto.
Estava se sentindo assim já tinha alguns dias, junto com algumas náuseas, era um milagre a tatuagem ter saído perfeita visto o tanto que sua mão tremia, tanto pelos sintomas quanto pelo medo do que realmente aquilo tudo poderia indicar.
- Estou muito satisfeito com o trabalho senhor Min, com certeza não foi atoa que o senhor é um dos melhores no ramo, vou voltar pra fazer mais - o cliente disse, sorrindo e fazendo uma reverência enquanto saia da sala, indo até a recepção e Juan o acompanhava.
- Fico feliz que tenha gostado, estamos de portas abertas quando quiser voltar. Não esqueça de cuidar certinho e qualquer coisa entre em contato com a gente. - ele disse e o homem foi embora, no mesmo momento Juan colocou as mãos na cabeça, se apoiando no balcão.
- Pai... - a voz de Saem, que agora tinha 18 anos, saiu preocupada e Juan o olhou - O senhor ta passando mal a semana inteira... não ta na hora de ir no médico? Juan respirou fundo - Eu acho que sei o que tenho... - ele pegou o celular - Já deu sua hora de ficar aqui, vamos pra casa almoçar, você tem que ir pra faculdade.
Ele deixou Saem dirigir de volta pra casa enquanto e viu o quanto o filho estava preocupado pois ele foi bem devagar, evitando passar nos buracos e indo mais devagar anda nos quebra-molas, e quando entrou na imensa garagem da casa, viu o carro do marido ali, tinha acabado de chegar com os outros filhos da escola e a mais nova de três anos no braço.
Todos correram pra dentro da casa, mas Lucio veio ao seu encontro e Juan sorriu, vendo Eda e a pegando em seu colo. - Ta tudo bem? - escutou o marido perguntar - Saem veio dirigindo...Juan o olhou - A gente precisa conversar... Lucio assentiu - Vou fazer o almoço então.
O almoço foi barulhento como sempre era. As conversas vinham de todos os lados, Saem ria e brincava com a mais nova sentada na cadeirinha enquanto Gaeul, que estava no ultimo ano da escola comia enquanto lia um livro para uma prova. E os dois do meio, Myung de 13 e Jinyong de 10 eram os mais bagunceiros, querendo chamar atenção e brincar com a comida. Eram elétricos e davam vida a casa, e Juan amava aquele momento, onde os sete se reuniam, riam, conversavam sobre como tinha sido a manhã de cada um. Era precioso demais.
E então aos poucos eles começavam a se dispersar. Saem ia pra faculdade. Gaeul ia para um curso. Myung e Jinyong iam fazer as tarefas de casa. Eda era colocada pra dormir. E então Juan e Lucio estavam sozinhos no quarto, se olhando como se tivesse mil coisas entre eles.
Até Lucio atravessar o espaço e o abraçar - Odeio esse clima esquisito.
Juan bufou, o abraçando de volta - Eu também odeio essa porra. Lucio riu, se afastando levemente e dando um selar em seus lábios - O que esta acontecendo?
O ômega se afastou, saindo dos braços do marido e se sentando na cama - Você sabe que ando passando mal, tenho tido tontura e ânsia de vomito - Lucio assentiu, o olhando, indo se sentar ao seu lado - Eu só tive essas coisas quando...
- Quando tava grávido...Juan respirou fundo - É.
- Você nunca reagiu dessa forma...
- É que... não é que eu não queira mais um filho, é que... - ele mordeu o lábio, hesitante. - Amor... - Lucio se virou, pegando suas mãos - Você pode me dizer qualquer coisa, você sabe...- É que se tiver mesmo um bebê dentro de mim vai parecer que to rejeitando ele, e não quero que ele sinta isso - disse com a voz embargada. Lucio deu um meio sorriso - Você é o melhor pai que eu já vi em toda minha vida meu amor, ele nunca sentiria isso... se realmente você esta gravido, mas me diga o que esta te incomodando, por favor...
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Barriga de Aluguel - Mundo ABO
RomanceNenhuma nuvem é mais intensa do que a tempestade que é amar você. Nem todos os sentimentos são verdadeiros, nem todos os eu te amor são sentidos, e nem todos os beijos são com vontade. Não aceite ser o tapa buraco, e muito menos o culpado por amar d...