Chuva

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Faz tempo que não escrevo nada, esse ano eu comecei a trabalhar e não tenho mais tempo pra nada, ser adulta é um saco :( quero voltar a escrever minhas fics antigas e algumas fics novas, então aproveitei o feriadão pra tirar a poeira e escrever uma fic curtinha de 2 capítulos sobre um dos meus ships favoritos de Genshin, enfim boa leitura!

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Em um fim de noite a chuva castigava Inazuma sem dó, relâmpagos e trovões iluminavam o céu noturno, naquele horário, a maioria das pessoas já haviam dormido a muito tempo, mas Thoma estava sem sono, não importava o quanto estivesse cansado pelo trabalho pesado daquele dia, sempre que fechava seus olhos materializava aquelas memórias dolorosas de um passado distante. Faltavam poucos dias para o aniversário de Thoma, e a data era celebrada exatamente no dia em que o mais novo foi encontrado à deriva pela família Kamisato. "Por que eu fico tendo esses sonhos bizarros?" Ele se questionava, mas tentar achar essa resposta não seria o suficiente para fazê-lo dormir, então o loiro resolveu ir até a cozinha para preparar algo quente para beber, na tentativa de recuperar o sono perdido, em seu caminho, percebeu a penumbra de uma das velas se mover lentamente de um dos cômodos, vinha do escritório de Ayato Kamisato, não era um acontecimento raro que seu jovem mestre ficasse acordado até tarde e perdesse a noção do tempo nos dias em que a papelada era intensa.
- "Isso de novo" - O loiro leva a mão a testa preocupado. "Ele nem deve ter feito uma pausa do trabalho, se deixá-lo ele morre de fome."
Thoma aproveitou que já ia preparar algo para si e fez uma xícara a mais para satisfazer a sede do mais velho. O servo deu algumas batidinhas na porta, para ouvir um suave "entre" logo em seguida, soava cansado, o estrangeiro empurrou a madeira devagar, dando de cara com seu chefe revisando alguns documentos, que parou imediatamente o que escrevia para erguer os olhos para Thoma. Já faziam cerca de 6 anos que eles eram amantes em sigilo, apesar de nunca terem trocado votos ou se declararem "oficialmente", tratava-se de uma confusa relação de amizade, servidão, amor, rancor e sexo, era difícil definir aquilo em uma única palavra. O servo coloca o chá quente recém preparado sob a mesa.
- Ah, boa noite Thoma, está com problemas para pegar no sono?
O servo aborda o nobre por trás, apertando seu corpo magro em um abraço caloroso, era quente e generoso -.... recarregando...- suas mãos pareciam trêmulas e frágeis ao envolver o Kamisato mais velho. Ayato sentiu-se quente, logo em seguida oferecendo um sorriso gentil com os olhos para seu fiel amante.
-Vaporizar~ Você chegou na hora certa, Thoma, eu já estou quase terminando. Ganhei uma boa garrafa de saquê na última sessão de reuniões, quer beber comigo?
O loiro não tinha muito gosto por álcool, apesar do sangue mondstadtiano que corria em suas veias, o arconte anemo ficaria envergonhado, mas ele não poderia negar a oportunidade de compartilhar aquela bebida com seu mestre.
- Certo, quer que eu prepare uns aperitivos, mestre?
- Oya? Não estou com fome. - O mais velho inclinou a cabeça, levando o indicador ao queixo. - Apenas beba comigo, sim?
Ayato serviu a bebida em um sakazuki, uma espécie de copo que Thoma havia estranhado em seus primeiros dias em Inazuma, já que lembrava mais um pires, as pessoas de Mondstadt certamente fariam cara feia se tivessem que beber em um copo tão pequeno, mas para ele era um alívio, ao voltar seu olhar para a bebida ele havia notado que apenas um dos copos havia sido preenchido, o outro fora deixado vazio por seu mestre. Depois de beber um pouco, Ayato fez um sinal para que o servente se aproximasse.
- Lamba. - Disse o nobre com uma expressão condescende, Thoma já estava acostumado com as brincadeiras sexuais maldosas de seu chefe, mas as vezes ainda era pego de surpresa.
- Espere, não era pra beber? - Thoma questionou, sem jeito.
-Eu só queria ver se você iria aproveitar a oportunidade para me beijar- serve um copo para ele - você não sabe aproveitar as oportunidades, Thoma. - Ayato bufou. Thoma mudou de expressão, passando o polegar por cima da pintinha dele.
- Se era isso que queria era só ter dito. - Em resposta, o homem de madeixas azuladas virou o rosto descontente.
-Eu também queria que fizesse o que você quer as vezes, Thoma...
O loiro sente o rosto corar.
-Mestre Kamisato... eu já me sinto extremamente grato só de ter sido acolhido por sua família!
-Entrega o copo a ele - você é uma gracinha, Thoma...se quiser você pode ser livre, eu também adoro o seu lado selvagem, não seria justo te prender numa gaiola de ouro, não é?
- Você não entendeu, eu não me sinto amarrado a você - beija os lábios dele - eu te amo Ayato. - O mais velho encarou o servo com uma expressão séria, mas suave.
- Eu... Eu também te amo.
- Ora. você não pode...o que pensariam se vissem o mestre Kamisato com um mero servo? - Thoma diz enquanto brinca com as madeixas finas dele, rindo um pouco nervoso, eles sempre brincavam com suas posições sociais, mas a seriedade estampada no rosto de Ayato estava fazendo a situação tomar um rumo diferente.
-Eu sei... -Suspira cansado- seria um escândalo. "Você apenas está afeiçoado a minha companhia." É só isso, meu mestre. - Thoma pensou consigo mesmo.
- Você sabe que sua imagem é muito importante, ninguém iria querer saber da vadiazinha que você é... - Surpreso, Ayato ergue os olhos para Thoma, que parecia querer devorá-lo vivo. O mestre sorri se deliciando com a visão.
-Oya? - O loiro começou a despir as roupas pesadas dele.
- O poderoso Kamisato Ayato...o homem que lida com todos os assuntos importantes de Inazuma. Seria uma pena.
- O que seria uma pena? - Ayato riu, não podia negar que aquela postura do mais novo o deixava em êxtase.
-Seria uma pena, várias moças na cidade ficariam em prantos...- O loiro disse se desfazendo das vestes branquíssimas do maior, descendo a mão pela sua cintura enquanto tateava as roupas que ele usava por debaixo do casaco luxuoso. - Sabe, você é muito desejado e bonito mestre!
-Eu sei, recebo dezenas de pedidos de casamento todos os dias. - Humildade nunca foi o ponto forte de Ayato.
- Nunca pensou em aceitar algum? - Thoma perguntou, se arrependendo logo em seguida, era melancólico para Thoma pensar demais nesse assunto, tanto ele quanto Ayato eram pressionados para se casarem logo, infelizmente, não entre si. Haviam várias moças maravilhosas interessadas nos dois, e para Ayato havia algo a mais, já que o casamento serviria para estabelecer um contrato com outra família nobre. O loiro provavelmente nunca poderia ver essa relação sem as barreiras da hierarquia, Thoma só ficava acima de Ayato na cama, literalmente.
- Talvez a pessoa que eu quero nunca me propôs...e você sabe que eu posso ser bem mimado as vezes, por mais inacessível que seja! - Ri com malícia.
- Não propôs? O senhor quer alguém tão difícil assim? Seria a Kujou Sara? Daria um contrato bom para o clã, não é? Ou será que é a Yae Mik...
-Não. - Ayato diz seco, frustrado e com as bochechas vermelhas, começando a sentir o leve efeito do álcool. -Você é denso demais...
- Denso? Olha só quem fala, você é muito mais duro consigo mesmo sabia?
- Então seja duro comigo... - Ayato arfa quente. Thoma ri de canto, pronto pra obedecê-lo, a simples ideia corrompia a mente do jovem empregado, ele no fundo sentia algo mais, mas já mantinha uma relação profunda e confusa com o Kamisato mais velho. O loiro tateia por todo o corpo do mais alto, descendo as mãos para os quadris dele e apertando com força, queria amor...afeto...calor... e ao mesmo tempo, queria esvaziar todo o rancor que estava sentindo no peito.
- Você quer algo ...?
- Sim, eu quero muito te fuder agora. -
-Oya? - Ayato abre a boca surpreso, o mais alto sente um arrepio subir pelo seu corpo, Thoma estava sendo dominante e incisivo. - Faça tudo que quiser comigo, Thoma.
Logo o mais baixo assente, passando as mãos por dentro das vestes finas e brancas de seu mestre, a ideia de corrompe ló ali deixava Thoma em êxtase. Aquelas roupas tão puras seriam manchadas com sua libido.
- Eu posso...? Ou você ainda tem muito trabalho. - Encosta a boca contra os lábios macios e pequenos do maior, descendo os beijos pelo pescoço dele.
-Pode, de qualquer forma a partir desse ponto você não consegue se controlar né...?
-Desculpe por isso... - morde contra a nuca do maior, fincando seus dentes na pele alva -É difícil resistir ao senhor.
- Então agora é minha culpa? - Ayato brinca, fingindo estar ofendido. -Como punição você vai me usar a noite toda.
- Sim, eu vou te virar do avesso. - O loiro coloca o maior contra o chão, era apenas os dois ali, nada seguraria Thoma. Ele começa a subir a perna do outro de forma violenta, procurando sua entrada por entre os tecidos.

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⏰ Última atualização: Jun 06, 2023 ⏰

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