Oi ami! Que bom você aqui!
Mil ideais para Jin, e Lizzie.
Me ajude a tornar essa história uma romance incrível.
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Beijo boa leitura
"Uma mulher que não sabe seu lugar, não arranja um bom casamento." Vovó e mamãe sempre diziam.
"Pare com essas Bizarrices Lizzie, uma dama não deve ser curiosa!" Quando se referiam à minha paixão pelas estrelas, e a lua.
Como se eu quisesse um casamento.
" Deixem a menina em paz, ela precisa ter conhecimento além, de como engomar a camisa do marido!" Meu pai me defendia.
O bom Deus sabe quanta saudade sinto dos conselhos de meu pai, nas madrugadas, quando Eu voltava de uma das minhas escapulidas. Ele sempre soube do meu segredo.
Não tenho mais motivos, para estar aqui, completei 21 anos há 3 meses , exatamente no mesmo dia que meu pai se foi. Minha mãe sequer esperou o caixão ser fechado e já entrou em negociações com a família do Duque de Aniyung para me casar com seu filho mais velho.
Os últimos dias, ela tem me levado em costureiras, trazido massagistas, e pessoas para cuidar da minha pele. Obviamente serei enviada ao meu noivo como um pacote de presente ornamentado e hidratado.
Um passo de cada vez...
...Até a forca.
Aposentos de Lizzie.
—Aperte mais querida, preciso que sua cintura esteja bem marcada, só assim melhoraremos essa postura curvada! —diz minha mãe à dama de companhia, apontando com o leque fechado.
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—Se arrancar minhas costelas com uma faca de prata, vai afinar o suficiente!— resmungo baixinho.
—Algo útil à acrescentar Lizzie?— ela fala com com uma sombrancelha arqueada, bebericando seu chá.
—Não senhora!— digo e meu corpo dá um solavanco com a puxada forte nos cordões do meu espartilho. Agarro com força ao dossel, sentindo o ar sumir dos meus pulmões. Com certeza o maldito que inventou essas porcarias queria castigar alguma mulher.
—Me desculpe!- sussurra minha dama de companhia. Viro meu rosto de lado em sua direção, e murmuro um "tudo bem".
Meu vestido é tão branco que com certeza clarearia uma estrada em noite sem luar. As flores azuis bordadas na barra. Eu amaria o vestido se não fosse, para tal finalidade. Minha mãe arquitetou seu plano inteiro, para apresentar uma dama refinada e angelical. Quanto mais eu parecesse pura, mas facilmente o jovem herdeiro ao título de Duque de Aniyung cairia nas minhas graças. E nossa família, ou o que restou dela, estaria salva.
Meus cabelos foram trançados e depois feito um coque ornamentado com pedrarias, alguns cachos do meu cabelo castanho caem nas laterais do meu rosto corado pelo blush.
Um colar de ouro branco com uma pedra azul como o oceano, adorna meu pescoço esguio, chegando a curva dos meus seios, que parecem pular do decote. Tirando o fato de estar usando com um vestido caro e que provavelmente seja última moda na alta sociedade. Nada em minha aparência me diferencia de uma acompanhante de um bordel. Me olho no espelho e sinto o enjoo crescente.
Elas me deixam ali.
Sozinha em meu quarto esperando a hora de ser vendida, me jogo na cama macia. Que se dane meu cabelo bem arrumado, e meu futuro ingrato. Se minha mãe soubesse, as coisas que conheço, certamente estaria sendo enviado à um convento não ao altar.
—Como ela pode fazer isso comigo?- resmungo solitária olhando as rendas do dossel.
Respiro fundo, me levanto e caminho até a janela aberta. O sol está quase se pondo, a luz avermelhada banha o cais movimentado, alguns navios estão atracados e marinheiros sobem e descem caixas pesadas. É reconfortante ver a local que conheço como a palma da minha mão. Mesmo que pela última vez.
Me sinto usada por minha mãe, que teme a falência após ter tido apenas filhas mulheres e me sinto triste por ela ter perdido o amor de sua vida. Ela não foi obrigada a se casar, ela pode escolher, ela se apaixonou, e eles se amaram até o último suspiro. Uma lágrima escorre por meu rosto.
No fim, não sou a ingrata da história, que só pensa no próprio umbigo, como as amigas de minha mãe dizem.
—Senhorita Lizzie?- minha dama de companhia bate suavemente na porta. —Entre!- digo limpando o rosto. Ela se esgueira pela porta e corre até mim nas pontas dos pés. —Está tudo pronto senhorita!- sussurra com olhos tristes. Eu seguro suas mãos pequenas, e dou um sorriso reconfortante.
Eu tive opção de fugir, e tinha meios para isso, mas seria o fim do bom nome de nossa família, além disso, minha irmã mais nova, cairia em desgraça.
Vou me sacrificar por elas.
Embarco na carruagem para meu destino infeliz. Meu príncipe reluzente está me aguardando no seu indomado navio. Não olho para trás, mas escuto minha irmã, gritar um adeus, entre soluços.
