Capítulo 7

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"Será que eu nunca teria sorte no amor?" Essa é a pergunta que eu fiz a mim mesmo dentro do taxi a caminho da casa de Roman. Eu não estava chorando, mas estava muito nervoso, não no sentido de bravo, mas com medo do que ele fosse me dizer. Eu não estava preocupado de que lado ele estava no tribunal ou as trapaças que ele tinha usado na vida, afinal esse lado eu tinha acabado de conhecer e não ligava, pois o lado que eu me importava era o lado que eu tinha conhecido, o lado amável, carinhoso, romântico, vulnerável... esse sim era o lado que eu amava com todas as minhas forças, mas eu tinha que estar preparado para o que ele fosse me dizer.

Eu olhava a estrada a noite toda iluminada e para diminuir o nervosismo comecei a pensar nas frases de apoio que ouvi toda a minha vida.

- Você pode ser incrível, você pode transformar uma frase em uma arma ou uma droga. Você pode ser o pária ou você pode começar a levantar a voz. Nada vai te machucar da forma que as palavras te machucam quando elas se instalam debaixo de sua pele, mas me pergunto o que aconteceria se você dissesse o que você quer dizer e deixasse as palavras se espalharem. Honestamente, Eu quero ver você ser corajo... . Haa!

Eu me assustei! O taxi deu uma freada brusca. Eu estava no banco de trás e se não estivesse com o sinto eu teria voado para-brisa a fora.

- mil perdões - falou o motorista - tinha um animal na pista.

- tudo bem - falei voltando a me concentrar no que me aguardava. Eu estava com vergonha. Eu tinha sido humilhado na frente de todos, especialmente Fritz e Kenn. Kenn estava adorando toda aquela situação e Fritz estava nervoso porque descobriu que eu tinha um caso amoroso, grande coisa:

- quem ele pensa que é para me chamar de idiota? - falei em voz alta. Agora a raiva começou a me dominar, Fritz precisava de uma lição, ele tinha que aprender que ele não tinha o direito sobre mim, nós não tínhamos mais nada.

Logo o taxi entrou em uma área aonde havia casas muito bonitas e enormes. Algumas delas três vezes maiores do que a minha. Logo o taxi parou em frente a um portão todo fechado e eu paguei a corrida e logo fui até o interfone e apertei

- pois não? - perguntou Roman.

- é o Mickey.

Ele desligou o interfone e o portão de entrada de pedestre se abriu e eu entrei, em seguida fechei o portão e fui andando por um caminho iluminado com luzes no chão que levava até a porta de entrada. Havia grama dos dois lados em uma entrada enorme e enquanto eu entrava a droga dos irrigadores ligaram e começaram a jogar água para todos os lados e me molhou.

- que saco - falei correndo em direção à porta de entrada, mas ela estava trancada.

Eu olhei em volta e jorrava água para todos os lados eu então tirei o tênis que eu usava e coloquei as meias dentro e sai correndo pela grama dando a volta naquela casa enorme. Eu fui correndo até que ao lado da casa não ia mais a água, mas levei um susto. Havia um cachorro Pit Bull preto, parado olhando para mim latindo ferozmente. Sua boca babava. Eu comecei a me afastar bem devagar e me virei e comecei a correr desesperado para qualquer direção e outra vez estava em meio jatos de água.

Logo os irrigadores se desligaram e uma voz gritou.

O cachorro simplesmente parou de correr e se deitou. Ele fez um barulho inocente como se não quisesse o obedecer.

- Mozart! Deitado.

Eu parei de correr e olhei para trás. O cachorro estava deitado na grama molhada e na porta de entrada estava Roman.

Paixão Secreta 2 - SEGREDOSOnde histórias criam vida. Descubra agora