-Hum..Senti um corpinho pequeno se mexer em meu peito e me apertar mais forte, quando abri os olhos pude ver o amor da minha vida, minha motivação de levantar todos os dias na minha frente, meu filho Lucca.
- Oi bebê - Dou um beijo em sua testa .- Dormiu bem?
- Hum hum...- resmunga.
-Pelo visto tem alguem com sono ainda não é?- Faço carinho em seu cabelo e ele resmunga se aconchegando mais em meu corpo e fechando os olhos de novo.
-Não bebê, não dorme, vem, vamos tomar café pra eu deixar você na escolinha.- Pego Lucca no colo com ele resmungando e o levo para o banheiro comigo para ele fazer suas necessidades e eu minha higiene matinal.
Assim que chego na cozinha coloco ele no sofá e ligo a televisão para o entreter enquanto faço o café
Desde quando isso é um café da manhã?
Minha consciência me fala assim que eu abro o armário e vejo apenas algumas bolachas la dentro. Vou até a geladeira e abro para ver o que tem dentro, e , assim como o armário, está quase vazia, apenas uma caixa de leite com menos de um copo e alguns ovos. Que com certeza estão podres...
Pego a caixa de leite e coloco o pouco que tem em um copo, em seguida coloco em uma leiteira e levo ai fogão para aquecer. Separo as bolachas que tinham no armário em um potinho e espero o leite esquentar. Assim que o mesmo esquenta o pego assim como as bolachas e levo para Lucca que estava distraído vendo seu desenho preferido na televisão.
Me sento ao seu lado no sofá e entrego o pratinho com as bolachas para ele. O mesmo me olha e faz uma pergunta que doi mais do que um tapa.
- Mamãe, não vai comer?- pergunta de maneira inocente .
Respiro fundo e seguro as lágrimas que querem sair dos meus olhos e falo.
-Não meu amor, a mamãe não ta com fome.
Depois do "café da manhã" dou um banho em Lucca e o arrumo para levá-lo a escolinha. Saio de casa com o pequeno em meu colo e sua mochila pendurada em meu ombro.
A escolinha não fica linge de onde moro, apenas algumas quadras. Quando chego vejo dona Maria ja na porta, assim que ela me vê e vê Lucca vem nos cumprimentar.
- Olha só quem chegou! Oi garotão - fiz dando um beijo na bochecha de Lucca que ja se joga no colo dela, ele ama ela, as vezes fico até com ciúmes.
- Hoje ele estava preguiçoso de manhã, não queria levantar, mas depois do café melhorou um pouco, não é bebê?- ele resmunga com a cabeça no ombro de Maria. Nós duas rimos.
-Bom, eu ja vou indo pois hoje i dia vai ser corrido, tchau meu amor- Dou um beijo na bochecha de Lucca e o abraço - Até mais tarde. Tchau Maria.
-Tchau menina, boa sorte pra você.
-Obrigada.Maria sabe das dificuldades que eu passo por viver apenas do pouco dinheiro que meus pais deixaram para mim após a morte, como no início morava com o filho da puta do meu ex não gastei nada, mas após nosso término por ele ter me traído para ficar com uma modelo segundo ele "dentro dos padrões" eu tive que usar esse dinheiro, porém ele ja está acabando e agora eu estou atrás de um emprego, porém já estou a um mês nessa busca mas nada apareceu ainda e ja estou muito preocupada pois não tenho mais nada de comer em casa, hoje por exemplo foi mais um dia que saí de casa sem comer nada pois para mim, assim comi para toda mãe, meu filho vem antes de tudo.
Vou para a parada de ônibus e uso o resto do dinheiro que tenho para ir para o centro de São Paulo, bom, ou hoje eu arrumo um emprego ou passo fome, é.... Zero pressão ainda bem.

VOCÊ ESTÁ LENDO
assistente
RomanceAyla Duarte é uma jovem de 22 anos que se vê em uma situação difícil com seu filho Lucca, de apenas 3 anos, por ter engravidado cedo teve que largar a faculdade e se dedicar totalmente ao pequeno. Ayla perdeu os pais em um acidente, na época Ayla ti...