Última Parte

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Eram quase meio dia quando desci as escadas da casa praiana, tropeçando na minha própria vergonha por ter acordado tão tarde

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Eram quase meio dia quando desci as escadas da casa praiana, tropeçando na minha própria vergonha por ter acordado tão tarde. O local estava todo aberto, com as cortinas voando para longe das grandes janelas que ficavam de frente para o mar.

E o único barulho que escutei, além do estalado nas rochas que recebiam laçadas de água, vinha da cozinha. Andei preguiçoso até lá, encontrando a senhora Jeon de costas, fritando algo em uma panela grande. Ao lado dela, um pequeno som JBL tocava alto enquanto ela cantarolava, sem se importar com nada.

Bati a mão fechada em punho duas vezes no balcão, a fim de chamar sua atenção. Ela me olhou com um grande sorriso no rosto.

— Aí está você! — Ela colocou a tampa na panela e limpou as mãos com um pano, caminhando até mim.

— Eu dormi demais, me desculpe — passei a mão em meus cabelos. — Eu não costumo dormir tanto, cheguei tarde ontem e apenas apaguei.

— Tudo bem, querido. — a mais velha segurou em meus braços. — Você estava com Jungkook?

— Sim, nós fomos á praia.

Não sabia se deveria ser sincero com a mulher, mas decidi falar a verdade. Não fiz nada de errado em sair com Jungkook, foi divertido e não tenho namorado. Ela segurou minha mão e pela primeira vez, seu rosto não continha uma expressão tão amigável assim, mas ela parecia não querer me confrontar.

— Escute querido, vou ser muito franca com você. Nós somos uma família e se por acaso você estragar isso...

— Desculpe, o quê? — perguntei sentindo meu peito apertar.

— Jaebeom e Jungkook não precisam de outra coisa para disputar — disse ela, sincera. — Só Iemanjá sabe o que eu faço para manter tudo em paz.

Eu sabia disso, mas eu não era um objeto ou um troféu para disputa, além de que era preciso enxergar que muitas coisas estavam erradas ali e eu não era o único problema.

— Não estou iludindo ninguém, muito menos estou em um relacionamento com o seu filho. Sério. — Ela então sorriu para mim, me puxando para um abraço.

— Só estou protegendo meus garotinhos. Você entende, não é? — falou a mulher.

— Jaebeom não foi sincero com você. Seja lá o que ele disse, nós não temos nada — disse em seu ouvido.

— Você sabe que Beom só tem medo quando sabe que pode perder. É assim com competições e pelo jeito é assim com você. Ele gosta de você. — Quando me afastei, ela colocou as mãos nas minhas bochechas. — Você tem muito mais a ganhar, seu lugar não é aqui.

Quando a mais velha deu as costas para mim, me senti um intruso. Entretanto não fiquei ansioso com a situação a ponto de ficar triste, apenas peguei meu celular e caminhei a procura do meu chefe. Jaebeom estava vestindo um conjunto de neopreme e boné preto para trás, com sua icônica prancha amarela queimada com linhas vermelhas nas laterais que eram sua marca registrada.

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⏰ Última atualização: Mar 16 ⏰

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