A ilha dos sonhos é uma lenda que diz que se você conseguir agradar a guardiã da ilha, você pode pedir qualquer coisa e receberá, e poderá viver na ilha banhada de ouro e prata.
Quando uma mulher desconhecida é descoberta escondida em sua embarcação...
Arranjou dezenas de baús com frutas e barris com bebidas, arrumou roupas suficientes, roubou diversos mapas do acervo real de navegação e, então, partiu.
Não sem antes buscar sua bússola, seu bem mais precioso, seu melhor e único amigo.
- Quem ousa importunar meu sono?
- Perdoe-me acordá-lo, meu senhor, mas presumo que tenhamos de partir agora. - Jungkook se assustou com a voz tão conhecida por si ressoando em seu quarto às duas da manhã, carregada de escárnio. Retirando o tapa-olho para enxergar o príncipe parado na ponta de sua cama, olhando-o de forma tão informal e inapropriada.
Porém, não é como se o Jeon desse importância para informalidades por parte de Taehyung, afinal, era um beta e um alfa tão importante quanto o Kim nunca olharia para ele, não como olharia para um ômega de cheiro doce.
- O que faz aqui em plena madrugada, príncipe?
- Sem formalidades, Jungkook. Eu disse que iríamos atrás dela e nós vamos. - Mexia no armário do Jeon, jogando roupas sobre um lençol aberto no chão, analisando uma blusa branca de algodão surrada. - Gosta dessa?
- E o que faz Vossa Majestade pensar que irei acompanhá-lo em sua maior loucura? Sim, eu gosto dela. - Trocava de roupa atrás da portinhola de bambu envernizada no canto do quarto.
- Além, claro, de ser um alfa altamente sedutor e que te deixa sem palavras para rejeitar meu convite? Devia usá-la como pano para o chão. - Jogou a blusa no amontoado de roupas a seus pés.
- Obviamente, Milorde. Vossa beleza encantadora me impede de sequer pensar em voltar para Dreamers depois de fugir ao seu lado numa aventura suicida. Me corteje e me presenteie com novas roupas, se te fará dormir melhor.
- Respire, Jungkook, tentarei não deixá-lo ferir-se e se sairmos com vida... Lutarei por sua mão em casamento quando voltarmos, Senhor Jeon. - Juntou as pontas do lençol e amarrou com um fio de couro, jogando-o pela janela e saltando em seguida.
- Ficarei em dúvida eterna sobre qual dessas promessas é meu pior destino, alteza. - Aterrissou na grama do quintal com o auxílio das mãos grandes e delicadas do alfa em seu quadril.
- Certamente, a segunda. - Entregou um selar em sua testa e recebeu um sorriso de escárnio, antes de correrem a caminho do veículo flutuante que os levaria a morte iminente.
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