Eu tive que aprender a dirigir de um jeito que não se aprende na autoescola, e me misturar do jeito que os psicólogos ensinam em suas clinicas para as pessoas que são tímidas e nada sociáveis.
Eu fui criada de um jeito pelo peculiar, meu pai é apenas o maior rei do crime do Brasil, então roubar é algo que eu aprendi desde pequena, mas não simplesmente roubar coisas pequenas, quem roubas coisas pequenas são desesperados, cada crime tem que ser totalmente calculado, o primeiro roubo meu pai simplesmente arrecadou mais de 4 milhões de reais, ele se entregou pois sabia que meio milhão – que a proposito era muito dinheiro em 2005- faria ele sair de cadeia sem deixar rastros, e me mandou para longe de tudo e de todos em uma cidade pequena no interior da Irlanda chamada Cork, junto com uma baba irlandesa que cheirava a tabaco, eu tinha apenas 7 anos mas desde pequena ele sempre me disse e foi bem aberto comido.
Primeiro todos dizem que a vida de crime é fácil, provavelmente seja fácil para traficantes, que continuam no mesmo lugar e vender suas drogas, mas para ser ladrão você precisa estudar muito e saber aonde conseguir contatos, e pensar em todos os planos que podem dar errado e simplesmente buscar a melhor fuga.
Meu pai, nunca deixou chama-lo de pai, ele sempre me chamou de camaleão, e eu o chamava de Víbora, seu nome de verdade é José Carlos, mas nada legal para o nome de um ladrão bem foda.
Fiquei 10 anos vivendo na Irlanda e voltei para o Brasil em 2015, tudo pois tínhamos que planejar o roubo que mudaria nossas vidas, e mudou!
E no dia do roubo que começa essa história.
Antes de tudo, quero nos apresentar, eu sou Camaleão, eu tenho esse nome pois me misturo com muita facilidade, o Víbora me ensinou a ser assim, e precisava ser assim, quando me mudei para a Irlanda eu fui com 2 milhões de reais, aos menos tempo que tinha que mostrar ser uma criança órfã, também de certo moto esbanjava, e na adolescência rodei a Europa toda, em diversos lugares, eu até conheci a Beyonce em sua turnê, e não como fã, a parte de me misturar foi uma habilidade que tive que aprendeu, então eu sou a melhor nisso, o que colabora é meu corpo nada padrão e meu quilos a mais, me fazer ficar meio invisível quando uso moletom, e minhas constantes mudanças de peruca, lentes de contato escondendo meu olho castanho mal, jeito de andar, tom de voz, e atitude, sou o cara de frequentado versão feminina, e talvez a versão de Lupin também mais baixa e muita boa de lábia, sem contar minha habilidade única em carro de fuga, eu sei escapar de qualquer situação.
E agora sem mais delongas vamos lá.
19 de Julho de 2015
Vibora tentou selecionar 5 dos melhores ladrões do Brasil todo, ele queria valorizar nossa mão de obra nacional, começamos quando voltei do inferno de 2015 ( inverno irlandês pessoal), e hoje, exatos 2 anos antes do grande Ato final, no juntamos para a primeira reunião de planejamento.
É uma coisa tão quinta serie no começo, eu digo por que vi quando tinha 5 anos Víbora fazendo isso e lembro muito bem, os caras até brincavam comigo para fugir da chatice que é o começo de tudo, mas temos que fechar todos os pontos finais.
Primeiro, Víbora tinha envelhecido muito nos últimos 10 anos, seu cabelo estava grisalho, sua barba também, ele tinha ganhando um pouco de peso, e seu estilo continuava o mesmo que eu me lembrava, calça caqui bege, camiseta social como se fosse fazer um negócio, e ele realmente iria, sua voz grossa porem com o tom certo de autoridade ainda continuava a mesma.
Estávamos sentados em uma sala de estar de uma mansão que comprei no nome de um laranja, ela tinha sofá brancos e um lustre maravilhosa, e muitos daqueles homens sentados ali, além de me olharem as vezes se perguntando "o que essa mulher está fazendo aqui", só um deles aparentava ter um pouco mais de higiene pessoal.
-Sejam bem-vindos- Víbora disse ficando no centro daquela sala enorme de mármore branco – escolhi todos você por um motivo, temos que roubar 718kgs de ouro.
Os meros mortais olharam ao redor e riram, como se Víbora tivesse contado alguma piada, ele continuou sério até que eles percebessem que ele realmente estava falando a verdade.
-Esqueci de mencionar as pedras e joias preciosas – ele vez uma bolsa e andou para o lado direito aonde eu estava – não é mesmo camaleão?
Apenas assenti com a cabeça, esperando aqueles homens terem senso, falei para o Víbora que os ladrões do Brasil não prestavam e que deveria ser apenas eu e ele, porem ele disse que não queria se entregar mais para a polícia, que meio milhão era pouco aqui no Brasil, então fiquei quieta e vou esperar ele explicar todo o plano para esses caras.
Assim, como uma quinta série, Víbora nos obrigou a nos apresentar, eu só fiquei me perguntando quem ele queria que eu apresentasse lá na frente, sorri sozinha pensando nisso.
O primeiro que se voluntário é realmente o único homem decente daquele lugar, único que lembrou de tomar banho no sábado antes de vir.
Ele se posicionou na frente, Víbora tinha se sentado do meu lado, o que fez alguns olhares meio desconfiados em mim, o que me deixa brava, esses homens principalmente acharem que sou propriedade de alguém, ou até mesmo do Víbora, ele me criou para ser livre.
-Eu sou o Pedro Miranda – ele disse, suas roupas não era sociais nem totalmente largado com uma calça caindo que mostra o rego peludo.
Pedro estava com uma calça jeans claro, um all star preto de couro, era o que parecia ser o mais novo dali, fora eu, sua blusa era apenas uma blusa preta básica, ao mesmo tempo que ele parecia tentar se mostrar sério, para mim ele parecia estar apenas tentar esconder gostos, Hobbys e talvez ele mesmo, que ele parecia realmente querer estar ali e estava ansioso para aquele momento.
-Eu sou especialista em armas e ataque e defesa – ele disse a abriu um sorriso.
Seu cabelo castanho, liso e seus olhos verdes, realçavam seu sorrido largo e o lábio mais rosado que os meus, e também ele precisa de mais sol que eu que vivi 10 anos na Irlanda.
