Mas ainda se intensifica

105 4 8
                                    



Norman:

- O que está fazendo aqui?

Karlla:

- Não vai me convidar para entrar?

Norman:

- Diga logo o que você quer!

Karlla:

- Calma fofinho, por que está tão irritado?

  O mesmo a encarava com um olhar ameaçador.

Karlla:

- Não vai querer relembrar os tempos em que eu me entregava a você completamente?

Norman:

- Das suas fantasias imaginárias!

Karlla:

- Hohoho, certeza disso?

  Fechava seus punhos fortemente. Se ali houvesse uma navalha, com certeza ele acabaria fazendo um corte bem profundo pela forma que apertava.

Norman:

- O que veio fazer aqui? Me lembrar de todas as suas loucuras? Porque se foi isso pode ter certeza que eu não estou afim de conversar

Karlla:

- Nem mesmo um tiquinho, baby?

  Quando seguia para tocar seu rosto, Norman a segura pelo punho fortemente, impedindo-a de um contato físico.

Karlla:

- Uaau, você ainda continua bem forte, tão bom como aquelas vezes em que experimentei

Norman:

- Cala a boca..

Karlla:

- Sabe, eu fiquei sabendo que você tem uma.. Nova namoradinha agora, não é?

Norman:

- Do que isso importa para você?

Karlla:

- Tem, ou não?

  Ele não queria dizer, não para ela. Sabia que Karlla tentaria qualquer coisa contra ela se fosse necessário, e não se perdoaria caso alguma coisa acontecesse com sua amada. Talvez seu plano fosse até separá-los, mas o que deixava mais preocupado era o fato de ser a própria sobrinha de Albert em sua frente. E aquilo poderia resultar em vários problemas que não lhe serviriam bem.

Norman:

- Não..

Karlla:

- Não? Hoho, então isso quer dizer que o caminho está livre para mim?

  Norman sentia um nó se formar em sua garganta, mas ele não queria arriscar perder sua coisa mais preciosa no mundo por causa dos delírios obsessivos de Karlla.

Norman:

- Eu não quero ter relação com ninguém..

Karlla:

- Que gracinha, deixe-me adivinhar.. Focado no novo desafio de seus vícios violinistas

Norman:

- Talvez, senhorita

Karlla:

- Bom, pouco me importa essa sua carreira, ou o título que leva. Mas agora, queria lhe mostrar uma coisa que eu já deveria ter apresentado há muito tempo

Norman:

- Como assim..?

Karlla:

- Benjamin, venha conhecer seu pai

Norman:


-..........

  O choque em suas mãos, parecia uma corrente elétrica de um poste que estaria em carga total. Seu coração, batia tão forte quanto um motor tentasse elevar um carro a uma corrida. Seu suor escorrendo no canto de sua testa, era só mais uma evidência que estaria totalmente paralisado e nervoso.

Norman:

- Que palhaçada é essa Karlla?!

Karlla:

- Palhaçada? O que? Aquilo que você fez? Talvez fosse mesmo uma palhaça me largar grávida com um filho seu na barriga!

Norman:

- Karlla, eu..! – O mesmo interrompia por um momento suas palavras, antes que tivessem um infarto ali mesmo pelo ódio que sentia. – Eu e você, nunca dormimos juntos!

Karlla:

- Vai dizer agora que não se lembra? E fingir que esse filho não é seu?

Norman:

- Do que está falando garota?! Eu nunca nem te toquei, ou te levei a malícias algumas! – Gritava totalmente estressado

Karlla:

- Claro, estava bêbado, e totalmente embriagado pensando que eu era a sua.. Queridinha

Norman:

- E por que você--?!

Karlla:

- Dormi com você?! Horas, estávamos tão no clima Norman, você me levou ao êxtase, e claramente, me agarrou como se eu fosse um objeto e pudesse usá-lo pra qualquer coisa

Norman:

- I-Isso não pode ser verdade.. Eu jamais tocaria em uma garota que não fosse ela, jamais alguém que não fosse A MINHA MULHER!

  Norman perdia totalmente a cabeça, não ligava para quem fosse escutá-lo, ou se quer oprimi-lo.

Norman:

- Eu sou um homem de respeito.. Me conheço auto suficiente para me lembrar de que não teria deitado com você

Karlla:

- O vinho que você tomo realmente lhe deixou sem memórias, não é?

Norman:

- Eu não me deitei com você, Karlla!

Karlla:

- Ah mas deitou.. E a sua sorte foi eu nunca ter contado ao meu tio sobre esse caso. Caso contrário, poderia ter certeza que sua carreira teria ido água a baixo

Norman:

- Você não ousaria..

Karlla:

- Naquela época realmente não, não havia vantagem.. Mas agora, acho que poderia mudar toda minha conversa para meu tio

Norman:

- Arrrgh, você..!

Karlla:

- Han han! – Levantava a mão contra sua ação de quase tê-la agredido por puro ódio. – Eu acho que você não vai querer fazer isso na frente de seu filho.

  Norman então olhou em um modo de reprovação para criança, sem ligar para aquela drama de Karlla. Sentia que ela estava tentando manipula-lo, e atingi-lo de alguma forma, mas aquilo tinha um foco.

Norman:

- O que você quer de mim?

Karlla:

- Sério isso?! O que você acha?

Norman:

-....

Karlla:

- Queria aproximá-lo de nosso filho

Norman:

- De SEU filho, essa menino, não é meu..

Karlla:

- Ok então, resolvemos isso na justiça com a presença de meu tio legalmente

Norman:

- Você não pode fazer isso! – Falava indignado

Karlla:

- Aah, eu posso sim!

Norman:

-....

Karlla:

- Ou se casa comigo, e criamos esse filho juntos.. Ou então o papai riquinho vai ter que pagar uma certa mensalidade, e claro, sempre amarrado a mim

Norman:

- Não pense que é tão fácil assim..

Karlla:

- Ok, veremos então! Te darei dois dias, aguardarei sua resposta

Norman:

-....

Karlla:

- Sabe onde me encontrar

  Ele tentava não cometer uma desgraça ali mesmo, mas a fúria que sentia por estar sendo quase rasgado de sua conexão com a melhor fase da vida o levava a outro estado.

Karlla:

- Tchauzinho Norman! Até a próxima, espero que analise bem minhas propostas, vamos Ben

  Assim ela saiu levando o menino junto, enquanto Norman a seguia atrás batendo a porta com a maior força do mundo, trancando como se fugisse de um ataque de zumbis.

Norman:

- Malditaaaa!

  Ele jamais acreditaria naquela história, ele jamais aceitaria aquelas afirmações. Sabia que tinha algo errado nessa história, uma estratégia tanto que inteligente do lado inimigo, e que tirava bastante vantagem de sua reputação.

Norman:

- Por que..?

Sentia seu corpo está sendo cortado de sua metade. Pois desde então, Norman e Emma já estariam formando um só corpo pelo vínculo que teriam. E ver aquela mulher em sua frente com todo orgulho e avareza, ele sabia que poderia facilmente ousar cortar a carne de dois corpos unidos.

Matilda:

- Filho, aconteceu alguma coisa? Ouvi alguns barulhos estranhos vindo aqui debaixo

Norman:

- Não foi nada, mãe..

Matilda:

- Sempre quando você diz isso, é porque tem coisa

Norman:

- Depois eu explico melhor, agora vou voltar pro quarto, não estou com cabeça..

Matilda:

- Tá bom filho

Norman:

- Bom dia mãe – Beijava sua testa antes de continuar a subir para o segundo andar

Matilda:

- Bom dia, filho

   Correu imediatamente para o quarto, estava ansioso para tê-la nos braços novamente.

Norman:

- Emma, eu..

  Se impressionou pelo fato de ela não estar na cama, mas o som do chuveiro ao ver que a água batia e escorria já era claro onde estava.

Norman:

- Ei, Emma, o que houve?

  A mesma molhava a nuca, como se estivesse tendo que se acalmar.

Norman:

- Quer que eu pegue uma tolha?

Emma:

- Por favor

  Assim fez, Norman entregava a tolha para mesma que enxugava seus cabelos de fogo como relaxamento.

Norman:

- O que aconteceu?

Emma:

- Nada demais, eu só provoquei um pouco, estava me sentindo mal

Norman:

- Enjoada?

Emma:

- Sim – Continuava a se secar

Norman:

-....

  Emma então percebe o que Teria dito, e sabia que Norman não tinha deixado uma se quer pista passar a limpo desde quando suspeitou que estivesse grávida.

Emma:

- Q-Quero dizer, é... Eu.. Acho que comigo algo estragado ontem

Norman:

- Entendi..

  Ele ainda estaria desconfiado. Secava a mesma com a toalha onde cobria seus ombros para deixá-los aquecidos.

Norman:

- Quer uma massagem?

Emma:

- Eu adoraria, hehe

  Levou até a cama novamente, onde se deitava tranquilamente na cama fria daquela manhã. Estaria deitada com as costas viradas para ele, onde tocava levemente antes de começar em um modo mais intenso.

Norman:

- Não quer tirar a roupa?

  Ela corou ao escutá-lo. Embora já tiveram várias experiências e momentos juntos, como em desfrutar seus corpos em uma onda ligada entre amores, Norman ainda conseguia tranquilamente tirá-la de cena, levando a um estado em que se sentisse envergonhada.

Norman:

- Quer ficar pelada?

Emma:

- Norman! – Exclamava com o rosto queimando de vergonha

Norman:

- Hahaha! Está bem, já entendi, embora tantas noites de amor você ainda consegue se perder nos sentidos, não é?

Emma:

- Hum!

   Ele poderia ser o famoso mais desejado do país, mas apenas uma seria capaz de deixá-lo em êxtase. Somente uma mulher conseguia dá-lo prazer total em apenas suspiros de uma manhã calorosa e refrescante. Ela conseguia fazê-lo sentir todos os climas já existentes. Desde o inverno mais frio, ao verão mais caloroso e ardente.

   Ela era oficialmente a água que lhe dava sede, e que o fazia perseguir e cometer loucuras para possuí-la.

   O som da melhor melodia, e que nem mesmo o seu toque magnífico era capaz de alcançá-la.

Norman:

- Você é com certeza a minha fonte..

Emma:

- Que..?

Norman:

- Sabe, minha primeira professora de violino, a Rose, me disse que para que eu tocasse bem, eu teria que encontrar uma fonte

Emma:

-...

Norman:

- Algo que.. Me fizesse ouvir o som sem mesmo tocá-lo, guiar-me em notas jamais vistas, e assim fazer um som verdadeiramente único, e o mais sincero, natural possível

  Ele lembrava bem daquela época, a época que foi apenas um garoto que nunca imaginou crescer tanto em seu novo título.

Norman:

- É graças a você que eu consigo.. Deslizar sobre as cordas assim como deslizo pelo seu corpo, tocar para ouvir um som, assim como lhe levo ao clímax quando eu adentro em você, escutando cada vez mais gemer meu nome.. Implorando por mais e mais, assim como uma plateia implora para que um grande violinista continue a seguir

  Ela sentia seu rosto esquentar, mas afinal, quem era ela para discordar?! Não poderia negar ou até reverter. Era verdade, Emma amava o fato de ser a melhor e perfeita que sabe muito bem chamar seu nome quando tem e deve fazer.

Norman:

- Mas suas expressões.. O jeito que você me chama e implora.. É único, Emma

Emma:

-....... – Afogava-se em seu travesseiro por vergonha

Norman:

- E eu sei muito bem como alcançar o seu ponto doce... O ponto mais perfeito que eu consegui obter

  Emma pensava em relação aquilo, mas claro que não poderia deixar de imaginar como ele era bom quando o assunto era te tocar intimamente. Talvez porque ele fosse violinista? E seus dedos, assim como as mãos que soubesse manuseá-la enquanto cavalgava em tremor. Talvez Norman não soubesse apenas tocar violino através de suas habilidades, não.. Ele conseguia fazer muito mais do que tocar um instrumento.

Emma:

- Isso.. É realmente sincero?

Norman:

- Com toda certeza é.. Se não fosse sua existência, ou até mesmo aquele dia em que te conheci no meio de uma multidão com mais de trezentas e tantas pessoas, eu não conseguiria ter chegado onde cheguei..

  Ela então abriu um sorriso ao escutá-lo, um sorriso mais do que honesto, e que se orgulhava do jeito de bom prestígio que ele argumentava.

Emma:

- Eu fico muito feliz em ter colaborado com isso, mas.. As vezes não sinto que faço parte

Norman:

- É claro que faz.. Você é o principal de tudo, a base que me faz evoluir

Emma:

-.....

Norman:

- Já sei, você me disse que toca piano, certo?

Emma:

- Toco mas.. Desde quando você voltou, eu parei

Norman:

- Por que?

Emma:

- Não sei, acho que tive um novo passa tempo interessante, não é? – Falava divertidamente

Norman:

- Hehe, está bem. Mas agora, que tal praticarmos um pouco, hein?

Emma:

- Norman.. Eu não sei mais tocar

Norman:

- É claro que sabe, vamos, quero ouví-la

Emma:

- Tá, tá, já vou

   Em um certo tempo, Emma foi direcionada até a sala, onde ficava seu piano, onde se senta ao lado, deslizando os dedos sobre as teclas.

Emma:

- Não é tão profissional quanto você, mas posso tentar o básico.

Norman:

- Faça, em uma música concentre-se em seu coração, vai saber levar o ritmo corretamente quando fizer isso

Emma:

- Então vamos realmente tentar?

Norman:

- Eu também acredito em você Emma..

  Aquele lance de união através da música não era brincadeira quando tratava os dois, e sim, uma conexão muito forte de ondas românticas, e que faziam elevar aquele amor único dos dois a cada vez mais intenso.

“Eu acredito, Emma”

.

.

.

.

.




 











Ao som do amor Onde histórias criam vida. Descubra agora