Sociopath - Mattheo Riddle

21

Os lábios de Mattheo estavam colados aos meus, ele pegou minhas coxas e me fez entrelaçar as pernas entorno de seu corpo.

Não sei o que foi mais atraente naquele momento.

O fato de estarmos sem roupa.
O Fervor da água da banheira.
O beijo.
A adrenalina que era de ter o risco de sermos pegos.
Mattheo Riddle.

Ou o que ele disse a poucos segundos.

- Seu corpo está quente o suficiente agora Emmy? - Perguntou enquanto me prendia na   borda da banheira, beijando meu pescoço.

Meu cérebro desligou, não conseguia formular qualquer pensamento ou frase.

Quando me dei conta estava sendo enrolada na capa de Riddle enquanto ele estava apenas com uma toalha amarrada na cintura, ele me guiava pelos corredores vazios e silenciosos a caminho do seu quarto.

Só tinha entrado no dormitório masculino algumas vezes, quando Draco tinha pesadelos e pedia para eu deitar ao seu lado. Mas o quarto de Riddle era um pouco afastado do dormitório.
Ele não dividia o quarto com ninguém, Riddle dormia no quarto dos monitores, já que Draco viva no meu dormitório ou no dormitório do Zabbini. Então os dois trocaram.

- Vamos tomar um banho de verdade? - Disse Mattheo sorrindo pra mim pegando uma toalha e uma camisa de botões branca.

Nós tomamos banho juntos, sem agarração. Bom, pelo menos não tanta agarração quanto no banheiro dos monitores. Hoje conheci um lado de Riddle que nunca, jamais, imaginei conhecer. Um lado atencioso que queria me manter segura e aquecida, um lado atencioso que o fazia lavar meu cabelo e que o secava com a toalha, um lado atencioso que fechava a camisa de botões que ele me dera, um lado atencioso que me carregou no colo até a cama. Que me cobriu pois eu ainda tremia de frio.

- Está quente agora? - Perguntou ele se aconchegando ao meu lado.

Por baixo dos cobertores, entrelacei minhas pernas nas dele.

- Agora estou. - Sorri.

Mattheo sorriu de volta.

Ele acariciava minhas coxas com as pontas dos dedos. Em um certo momento puxou uma delas para que pudesse ficar em cima da perna dele.

Fui levada para a noite com o Draco, a fadidica noite em que tudo deu errado em um maldito deja vu.

- Olha... se você estiver tentando...

- Eu não vou pra cama com você Potter. - Disse ele num tom baixo e tranquilizador lendo meus pensamentos.

Odiava quando ele fazia isso.

- O que?

- Não vou para a cama com você. Pelo menos não do jeito que está imaginando.

Fiquei o encarando, confusa.

- Lembra que eu disse que nunca iria para a cama com alguém que eu não amasse de verdade?

- Lembro. - Disse, mesmo não acreditando na possibilidade de Riddle ser virgem.

- Eu não menti. Tudo o que disse foi verdade. E agora sinto que esse sentimento que vem se instalando no meu peito seja amor. Estou começando a amar você Emy, mas não posso arruinar tudo indo pra cama com você hoje.

"Arruinar tudo". Exatamente o que o Draco disse quando foi pra cama comigo, quando disse que foi um erro.

Talvez eu fosse mesmo apenas um poço de erros.

- Pare de pensar nele. Não foi isso que eu quis dizer. O que eu disse foi que, quero que você me ame, assim como... estou amando você, entende? Sexo sem amor não é nada. Eu quero isso, caramba Emmy... Eu quero isso pra caralho. Mas só quero isso quando for a hora certa.