Helena
📍SP Guarulhos
Vila Galvão📍
Foi bem estranha a atitude repentina de alguém que eu mal conheço e que é um gato.
Mas ao chegar em casa as coisas só pioraram pra mim, bom o Arthur me chamou pra sair e eu como uma boa filha fui falar com a minha mãe e ela não entendeu muito bem..
— Você não vai sair desta casa Helena Miller!!- Esbravejou ela.
— Você não consegue entender que está acabando com a pouca felicidade que eu já nem tinha!?- Indaguei no mesmo tom, serrando os punhos.
Não sei como isso foi de "Uma conversa simples" pra "Uma discussão estúpida" não sei como eu aguento..
— A vida é assim, Helena- Ela falou se acalmando, mas isso só fez meu sangue ferver ainda mais.
— Não Margô! A vida não é assim! Você não tá nem aí pro que eu tô sentindo, se eu tenho problemas psicológicos, se eu estou com raiva ou triste o tempo inteiro!- Senti meus olhos marejarem, mas me manti firme — E nem o porquê de eu não estar ligando pra absolutamente NADA na minha vida, e NÃO! Não é só a escola! Eu não tô nem aí pra minha vida! Cê sabe o que é isso?? Claro que não! Você nunca quis me entender.- Respiro fundo — Eu. Te. Odeio!- Falo pausadamente e subo pro meu quarto me trancando lá e algumas lágrimas teimosas caiam enquanto eu me encostava num canto isolado do meu quarto.
Eu ouvi ela gritar me reclamando e esmurrar a porta do meu quarto, mas fingi não ouvir.
Com isso a única alternativa que me restava era cancelar o jantar com o Arthur, peguei meu celular e mandei mensagem pro mesmo avisando que não ia poder ir, logo em seguida ele me perguntou o porquê, mas graças a chuva que começou quando estava rolando a discussão, eu tinha uma desculpa justa..
Mas ele ignorou minha última mensagem e ficou off, isso foi bem ruim porque eu queria conversar com ele, ele com certeza tiraria o meu tédio.
Quando eu levantei pra tirar a roupa, eu pude ouvir um barulho na janela, me aproximei pra ver o que era.
— Pedras?- Abro a janela e vejo ele, o garoto que me deu vácuo.. todo molhado — O que você tá fazendo aqui!?- Falei um pouco baixo e eu acho que ele notou meu desespero e respondeu no mesmo tom.
— Não vai me tirar da chuva primeiro?- Sorriu, seria maldade deixar o probrezinho lá..
Entrei dentro do quarto de novo e peguei alguns lençóis amarrei bem forte, fiz nó de pescador a muitos anos, joguei pela janela e em questão de minutos o garoto entrou no meu quarto.
— Como você veio parar aqui?- Perguntei vendo o mesmo fechar a janela.
— Oi Helena, tudo bem? Eu tô bem- Ele se virou pra mim e parou pra me analisar — O que aconteceu?? Seus olhos estão inchados e molhados- Ele falou reparando no meu rosto, até demais eu diria.
— Responde primeiro, eu perguntei primeiro- Falei desviando o olhar.
— Dois é maior que um- Ele retrucou mostrando o sorrisinho de canto que estava começando a me incomodar.
— A casa é minha.- O encaro.
— Tá bem..- Ele me olhou de cima a baixo — Vim te buscar, pra sairmos, nos conhecer..- Ele disse fazendo pausas — Vejo que já está arrumada- Passou a mão no cabelo o tirando da frente de seus olhos.
Ai minha pressaum.
— Eu não sei se-
— Helena!?- Me chamou — Tem alguém com você? Eu ouvi vozes e-
— Achou que podia ser um amigo!? Eu não tenho amigos esqueceu!? Ah é VOCÊ NÃO LIGA!- Esbravejei.
— Não dorme tarde..- Ela demorou um pouco pra falar.
Ouvi seus passos se afastarem da porta e liguei a música pra abafar um pouco a minha voz e a do Arthur.
— Nem precisa me responder..- Ele disse e eu sorri fraco me jogando na cama.
— Mas iai? Tá afim de sair ainda? Ou prefere que eu te deixe sozinha chorando a noite toda?- Ele quebrou o silêncio entre nós enquanto a música rolava.
Eu deveria ir..?
Talvez eu devesse ir...
O que mais eu faria aqui..?— Tá eu vou, mas você vai ficar molhado assim?- Falei apontando pra sua roupa e ele riu.
— Você também vai ficar molhada, agora vamo logo- Falou e arrumei meu cabelo que ficou um pouco bagunçado.
— Ah é tá chovendo.. esqueci, vamo não fico aqui nem um segundo a mais- Esperei ele descer pra eu desligar a música e logo desci, quase caí? Quase caí mas desci sem barulho.
— E onde vamos nessa chuva?- Indaguei o vendo começar a caminhar.
Arthur
📍SP Guarulhos
Vila Galvão📍— E onde vamos nessa chuva?- Indagou assim que comecei a andar.
— Tive uma ideia- Sorri e ela me olhou desconfiada.
Cap curto porque tô cansadona:/
Mas o cap 3 vai ser grandinho até
Espero que gostem
Curtam e comentem
Meta 8 estrelas pros 2 próximos caps:)
Boa noite 😊
VOCÊ ESTÁ LENDO
E quanto a nós?
Teen Fiction"O que as memórias boas viram, depois que tudo acaba?" - Tá tudo bem.. eu quero que você seja feliz- Disse ela sorrindo com os olhos cheios de lágrimas querendo ser a felicidade dele. - Helena..