→Capitulo 10←

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QBT

Five Pov's

Eu passei silenciosamente entre os corredores da casa de Sn e tudo está silencioso, mais silencioso do que o normal

Eu alcancei a porta do seu quarto e a abri em seguida, tudo está mais escuro do que deveria neste momento, aliás, são oito da manhã

Desde a minha última conversa com ela, que foi a três semanas atrás, ela tem me ignorado e rejeitado as minhas ligações, todas elas

Então a única forma de conseguir falar com Sn, foi ter vindo até sua casa e ter entrado mesmo sem permissão

- Aí... - eu chamei a sua atenção, assim que vi Sn deitada na cama brincando com algumas mechas do seu cabelo

Eu andei até a janela e abro as cortinas, dando a merecida luz que o quarto merece

- O que você está fazendo aqui, Five? - ela indagou, cobrindo o seu rosto com um dos seus travesseiros

- Fazem três semanas que eu estou tentando falar com você e adivinha? - eu dizia - Você não deu nenhum sinal de vida.

- Você não atende o celular, - eu suspirei - o que está acontecendo com você?

- Eu precisava ficar sozinha um pouco. - Sn diz simples

- Dispensar os seus outros pacientes, tudo bem... - digo - mas me dispensar? - eu indago - Você nunca fez isso.

- Eu disse que eu precisava ficar sozinha, - ela disse - então você já pode ir.

- Não, - digo firme - eu não vou ir para lugar nenhum.

- Sai, Five. - Sn diz impaciente

- Como fica a sua responsabilidade comigo, hm? - digo e Sn finalmente se levantou da cama, mas não me olhou nem um um momento

E ela também parece não estar dando a mínima para o que eu estou dizendo agora

- O que está acontecendo com você, Sn? - digo fazendo com que Sn parasse de andar e olhasse para mim

Ela não pode continuar me ignorando como se eu não estivesse aqui

- Eu não gosto de ficar perto de pessoas que sabem pelo o que eu passo ou passei, - Sn dizia calmamente - então eu te transferi para outra pessoa.

- A partir da semana que vem as suas sessões serão com a doutora Kate, - Sn ainda dizia tranquilamente, mas não há nada de tranquilo agora

- No mesmo horário de sempre e o endereço está nesse cartão. - ela me entregou um cartão e eu obrigatoriamente o peguei, e o observei por longos segundos

Sn passou por mim e entrou em uma pequena porta que há em seu quarto, que provavelmente é o banheiro, e antes que eu pudesse a impedir de entrar, a mesma fechou a porta

Eu suspirei caminhando calmamente em direção a porta

Eu estou prestes a perder a pessoa que me ensinou a dizer o que eu sinto e não posso nem tentar reverter essa situação, isso é frustrante

My psychologistOnde histórias criam vida. Descubra agora