Dante e Daniel estavam destinados a serem um só. A colisão das gumes azul cobalto e do castanho escuro em uma manhã ensolarada no orfanato que foi o lar durante bons anos de um, e o único do outro, foi o pontapé inicial para o que veria a se tornar...
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Submerso
Movendo os dígitos lentamente sobre a borda da banheira, Daniel pestanejou lentamente suas pálpebras, tentando sair do seu torpor momentâneo. Sentia-se submerso em seus pensamentos um tanto conflitosos, ao se recordar do ocorrido minutos atrás.
Dante havia o aconchegado entre seus braços, lhe permitindo sentir o cheiro de aconchego que somente esse carregava. Quando embalado, foi capaz de finalmente dispersar sua mente do emaranhado de pensamentos, esse o informou que precisavam conversar.
Movendo seu corpo da banheira, notando que a água há tempos não mais se encontrava morna, forçou seu corpo cansado a vestir um roupão confortável, não antes de tirar o excesso de água presente no corpo. Caminhando ao closet, portou-se de um conjunto de pijama de seda preta, logo secando e penteando seus cabelos recém molhados.
A passo vagaroso, quase letárgicos, se encaminhou para o corredor, a caminho da sala, onde certamente Dante se encontrava.
Ao escutar os passos quase que silenciosos do seu tão amado, Dante afastou os óculos de leitura, repousando sobre seu notebook na mesa de centro de mogno. Daniel repouso em seu colo lateralmente quase que imediatamente, transpassando os braços sobre sua cintura e aconchegando sua cabeça em seu pescoço. Era possível sentir a dor daquele que tanto amava através de uma leitura pouco aprofundada, de tão visível, naquele momento. Fechando os olhos , tomou uma respiração profunda, confidenciando próximo ao ouvido de Daniel que tudo ficaria bem dali em diante.
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Dois meses correram rapidamente, o dia do casamente finalmente se aproximava, junto com a estação preferida de Daniel, a primavera. Esse agora se encaminhava para seu apartamento, trazendo consigo croissants, bem como dois expressos, da cafeteria que localizava-se ao fim da rua.
Adentrando o apartamento, logo se encaminhou a mesa da cozinha, descarregando o que carregava consigo, se dirigindo a sala. Entregou um dos copos a Dante, sendo agraciado com um selinho rápido entre os lábios. A relação de ambos vinha se tornando cada vez mais próxima desde meses atrás, Daniel sentia-se cada vez mais inebriado com a presença do seu amigo em sua vida, mais não era bobo a ponto de entender que esse estava se fazendo mais presente, com medo que tivesse uma possível recaída, como gostava de nomear.
Tomando seu rosto entre o queixo, Daniel aproximou seu lábios novamente do seu amigo, lhe desferindo um novo selinho, seguido de um "beijinho de esquimó", sentando ao seu lado no sofá de couro preto, encostou sua cabeça no ombro alheio, suspirando audivelmente.
- Obrigada pelo café, sabe que não precisava- Dante ditou após alguns segundos, observando o sorriso pequeno do outro colado a si.
- Sabe que não me importo, não esqueci dos croissants que tanto gosta, estão sobre a mesa, caso queira da uma pausa no trabalho- O moreno ditou logo em seguida, se movendo um pouco melhor sobre o estofado, retirando o notebook do ruivo que se encontrava sobre o colo, pondo esse de lado, como que ordenando que seguisse seu conselho.
- Você não toma mesmo jeito sunshine, qualquer dia desses vai levar unas palmadas pelo atrevimento - Ditou com ar de riso, esse morrendo ao notar o olhar desejoso do outro sobre si, ao passo que mordia o lábio inferior, acompanhado das orbes azuis cobalto tanto apreciado por si.
- Sabe que apreciaria, ainda mais se esse fosse desferida bem aqui - Fala ao que corre seu seu olhar sobre seu traseiro. Sem conter o sorriso safado despontado entre os lábios, o moreno montou o colo alheio, colocando uma perna de cada lado, observando o outro moldar sua cintura quase que possesivamente com suas mãos grandes, lhe assegurando que o desejo era mutuo.
O ruivo aproximou seus lábios do moreno de olhos claros, estudando sua reação, essa sendo um suspiro profundo, ao entreabrir os seus próprios . Seus corpos antes adormecidos, mostravam sinais claros do desejo de ambos naquele instante.
Não sendo mais capaz de se conter, Daniel cobriu os lábios alheios, em um beijo que exalava pura luxúria, transpassando as mãos entre a nuca e o rosto alheio, aprofundou o ósculo. Ao passo que o ruivo, explorava o corpo alheio com as mãos, desejando que não houvesse tantos impedimento entre a pele do seu amado.
Como em um rompante, o de olhos azuis interrompeu o ósculo , saindo de maneira abrupta do colo alheio, passando as dígitos da mãe esquerda sobre os lábios, olhou seu amado com olhos com ar de culpa - Desculpa, acho que não consigo, ainda estou muito confuso.
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