A porta dupla foi aberta com brusquidão. O homem de cabelo acastanhado caminhava a passos firmes e pesados para o interior do escritório, seguido por outros dois: um usando máscara de gás, com uma sniper nas costas, e outro com sobretudo e óculos de sol avermelhados.
- Veríssimo você precisa se acalmar um pouco, nós completamos a missão, as criaturas já foram eliminadas.
Arnaldo fechou as portas. Podia ouvir pelo cômodo os resmungos e suspiros pesados do atual líder da Ordem do Realitas.
- Eu sei Fritz, mas acabamos envolvendo civis demais, você sabe qual é a nossa primeira regra e - ele esfregou os olhos apoiando as mãos na mesa de escritório. Ela estava ocupada com papéis do caso que acabaram de resolver - não entendo porque tinha tantos jovens mexendo com coisas paranormais.
- É óbvio, porque o paranormal está entrando mais rápido na nossa realidade do que pensávamos e você não quer aceitar isso, Veríssimo.
- Independente, não era para aquelas pessoas terem acesso a nada daquilo, que porra. - deu um soco na mesa passando a mão nos fios em seguida.
- Mas que barulheira é essa? Não perceberam que eu to tentando dormir?
Deitado no sofá que ocupava a parede à esquerda do escritório, um homem de cabelos pretos, musculoso e usando uma camisa florida, esfregou os olhos um pouco sonolento.
- Por que o Veríssimo tá mais rabugento que o normal?
- Ele continua preocupado com o resultado da nossa missão que, de certo modo, foi um sucesso - Arnaldo respondeu, se aproximando e cruzando os braços. Ao seu lado Aaron permanecia em silêncio, encarando o colega no sofá e o seu líder.
Veríssimo tirou a doze das costas jogando em direção ao especialista do grupo, que pegou sem grandes esforços, indo guardar a arma junto com a sua sniper no armário que tinha no lugar.
- Balu você tem uma casa, então deveria parar de vim dormir no meu escritório - encarou irritado, revirando os olhos antes de focar no outro a sua frente. - eu só estou tentando pensar no que podemos melhorar, evitar mais danos e efeitos colaterais. Você podia tá fazendo o mesmo, Arnaldo.
- Tsk - ajustou os óculos - você tá certo, mas não adianta fazer isso pilhado desse jeito, precisa relaxar um pouco, Senhor.
O agente pronunciou a última palavra em um tom mais baixo e melodioso, levantando uma sobrancelha e olhando sugestivo para o homem à sua frente.
- Sério? Você está pensando nisso logo agora? - Veríssimo esfregou o espaço entre os olhos.
- O que acha Balu? Não concorda que o nosso líder precisa ficar um pouco mais tranquilo? - sorriu o vendo se endireitar, colocando os braços apoiados no encosto do sofá.
- Claro, não podemos deixar ele tão tenso após uma missão.
- Aaron - fritz deu umas batidinhas no ombro do homem que voltou a ficar do seu lado - por que não começa?
Veríssimo encarou os três, suspirando quase em uma breve resistência para a situação que se formava na sua frente. Acompanhou os passos do mascarado até parar bem na sua frente, extremamente próximo ao seu corpo, a centímetros do seu rosto.
- Vocês realmente perderam a noção? Não devemos fazer esse tipo de coisas aqui, muito menos depois de uma missão e com a Ordem cheia de agentes.
- Mas eu não estava em missão, então... - o líder o fuzilou com o olhar.
- Se você realmente quiser que nada aconteça, só falar para o Aaron parar, Veríssimo.
E isso era algo que não sabia ser capaz de fazer à medida que as mãos médias e firmes pousadas na sua cintura, desciam em direção a sua coxa apertando, e depois para a sua bunda, a segurando com dominância. Uma pegada que Veríssimo conhecia bem e que já era uma perdição de estímulos deliciosos.
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Homens de Confiança
FanfictionDécada de 90: Após retornar de uma missão e ter eliminado a criatura paranormal, Veríssimo, o líder da Ordem do Realitas continua estressado e preocupado, então seus homens de confiança resolvem acabar com essa situação, de um jeito prazeroso. - Co...