Capítulo 1

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~Emi~

- Emi, suba pro quarto e vá dormir. Já são dez e quinze e você não vai faltar o primeiro dia de aula!

- Já vou mãe! Estou pondo o celular pra carregar.

- Posso jogar no seu celular Emi?

- Não vai dar Yuri. Vou levar o celular pra escola amanhã e se ele não alarmar eu não acordo_ digo bocejando.

- Af! Vou jogar depois então_ ele diz cruzando os braços.

- Depois de sexta-feira_ digo rindo e subindo as escadas para o quarto.

- Cê que pensa_ sussurrou ele.

- O quê?

- Nada!

Entro no quarto, logo me deito e durmo.

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- Emiiiiiiii! Vai se atrasar no primeiro dia de aula?! Levantaaaaaaa!_ ela grita e me acordo num pulo.

- Eu não tenho culpa se o celular não alarmou_ digo correndo pro banheiro.

Como não alarmou? Eu deixei carregando e tenho certeza de que coloquei o alarme. Eu tenho o sono tão pesado assim?

Me arrumei e desci para merendar às pressas.

- Cadê meu celular mãe?

- Onde você o colocou?

- Na mesa perto da tomada, mas não tá lá.

- Tá ali na estante da TV.

- Mas por que tá aqui?!_ tento ligar mas não consigo._ Tá descarregado!! Mas passou a madrugada carre... Yuriiii!!!!

Olho para o relógio da parede que está marcando seis e quarenta.

- Toma Emi. Isso é pra você achar a sua sala quando chegar_ disse me dando um pedaço de papel rasgado. O guardei no bolso da calça.

Vou ter que ir pra escola a pé porque não passa mais ônibus agora.

Saio e bato a porta com raiva.

- SE BATER A PORTA DA MINHA CASA DESSE JEITO DE NOVO, EU BATO ELA NA TUA CARA!

- Foi sem querer! E bateu com o vento também.

- Foi né?!

- Tchau, mãe.

Olho para meu relógio de pulso e vejo que já são seis e cinquenta.

- Consegui sair de casa em dez minutos! É um récorde!

Começo a andar e andar e andar e nada de chegar nessa bendita escola. Então decido pedir informações a um senhor que está abrindo uma lanchonete.

- Com licença, bom dia. O senhor sabe onde fica a escola A.E.M.?

- Bom dia minha filha, sei sim. É só ir direto e daqui a duas quadras você dobra à direita.

- Muito obrigada senhor... É...

- Robi. Muito prazer_ disse ele erguendo seu chapéu de palha.

- O prazer é todo meu senhor Robi. Tenho que ir agora. Muito obrigada, tenha um bom dia_ disse apressada.

- Tchau!

Fiz o percurso que Sr. Robi falou e finalmente encontrei a escola.

- Como não vi uma escola DESSE tamanho?!

- Ei vocês aí fora! Eu já vou fechar o portão!_ falou o porteiro para um grupo de alunos que estavam conversando.

O QUÊ?! Corri o mais rápido possível e consegui chegar a tempo.

A vida de EmiOnde histórias criam vida. Descubra agora