"Na parte norte do vilarejo de Front moravam os agricultores, pessoas pacíficas que viviam da força da terra e da renda de suas vendas para a capital porém essa paz estava prestes a acabar, a Inquisição havia chegado. Um grupo montado por cavaleiros templários loucos que haviam dizimado uma cidade inteira só por defenderem uma bruxa, uma ideologia de grupo passada para um contexto presente, loucos por suas crenças, cegos por um Deus antigo. Porém o governo usou isso ao seu favor dando mais armas e perdoando os crimes cometidos por seus cães. Mas aquelo de pé? O que é? Se existe um Deus, que tenha piedade de todos nós... É uma criança, estamos morrendo aos montes por uma criança. Escondido dentro desse poço enquanto meu fim se aproxima termino essa mensagem."
Esta carta, mais de mil Inquisidores mortos, quem está por trás disso? O homem abria seu sobretudo e tirava um arquivo do bolso, fotos de supostas localizações e vilarejos queimados mas este está intacto.
De repente uma grande explosão é feita na capital.
No castelo real.
- O que você deseja? Dinheiro? Sucesso? Glória? Condecorações? Te darei tudo. Mas nos deixe viver.
- Eu não pretendo, durante 500 anos nosso povo sofre injustiça, devemos nos silenciar? Rei branco, rei humano, rei coberto de joias, saudável, com mais comida do que deve, oprime o povo e acha que é um Deus. Com uma lança apontada para o rosto do rei, o homem com dreads, olhos com um ar de alteza, justo por natureza, incorruptível, de pele negra, lábios grossos e carnudos envolvidos por uma barba algumas dreadadas e envoltas por adornos dourados, usando um terno mais caro que a roupa do rei, de tom roxo escuro e detalhes dourados parecidos com a de uma onça preta, subjuga o poder do atual rei.
- Durante anos fomos jugados, massacrados enquanto, todas as casas que construiamos com nosso sangue e suor eram destruídas, para aumentar a área do seu povo. Porém com o dom dos meus ancestrais desenvolvi meu intelecto, cresci com diálogos e alianças mais fiéis que as suas e bem debaixo do seu nariz, grande e vermelho, crescemos e nos tornamos maiores e mais fortes, chega. Os trabalhadores estão conosco, o leste está tomado por trabalhadores, o oeste tomado por trabalhadores , sul tomado por nós e o nort-
- Nós quem, eu não imagino quem me trairia sou justo e honesto. O rei respira fundo e se levanta do trono de pedra polida, era tão gélido e pesado que a coroa se tornava um fardo, um trono quadrado e rústico, cinza com panos vermelhos. Assim como todo o castelo cinza e vermelho, baseado em esparta.
- Nós, suas mulheres. Falava Miranda do fundo da sala.
- Tanto tempo, tempo meu! Jogado no lixo. Você me dá desgosto. Olivia suspirava enquanto chorava.
- Eu tive dois filhos com você e você dizia que nunca elegeria uma rainha. Você é desprezível. Não reconhece seu próprio filho, na sua frente. Não reconhece que a menina que violou e matou, jogou aos cães. Milha Aziza, minha preciosa era sua própria filha. Me diga quantas foram?! Você merece a morte. Dizia Ayola.
- Como não poderia criar alardes mandeu seu conselheiro ir para vila norte, foram todos salvos por uma força do norte de Front, aparentemente um lobo negro de 10 metros. Depois de você mandar matar meu meio irmão, três vilarejos estamos salvos. Você será julgado.
Um rosnado feroz era escutado por toda sala, em meio as cinzas das chamas já apagas após o ataque surgia uma espécie de sombras em meio as brasas e fuligem, olhos verdes e cintilantes, um silêncio respeitoso era feito envolvida pela aura negra do lobo.
- NO NORTE TEM MORTE! HAHAHA! Uma voz de criança ecoava.
- O que disse? A Inquisição foi para lá, minhas tropas...
"Olavyo III, homem cruel. Deve pagar pelo que fez. Diz o lobo mentalmente para o menino."
"Eu queria comer, queria batata frita."
"Eu queria ovelhas, he he he."
"Entendi, Fenrir, vou sim dizer o que você disser."
- Irmão? Sou eu o Adelowo. Não sei o que houve mas tente fazer o possível para voltar ao normal.
- Eu não sou seu irmão. Nem sei quem você é mas o Lobo disse que o rei precisa morrer e você tem bons pontos para isso. A criança tinha uma aura de chamas verdes envolta por preto.
- ABERRAÇÃO! O rei pegava o crucifixo e começava a elevar seu poder em um tom de ouro mas logo era aplicado por uma aura de tom roxo uva, calma e intensa.
- Por gentileza, prossiga criança lobo.
O atual rei fazia gestos e trabalhadores entravam no salão, nessa altura todos os envolvidos nos esquemas do rei estavam nos pátios e agora seu rei se juntava a ele.- Ele deve morrer. O lobo disse e deve ser feito.
- Se acalme criança, não precisa ser feito assim. Podemos fazer de outro modo, sua raiva está grande demais para fazer qualquer coisa, se me apoiar terá um lugar para criança como você, são 10, ao todo dentro de 8 anos estará mais poderoso mas não posso fazer nada e ainda iremos presos se fizer isso.
A criança para e acalma seu lobo que diminui de tamanho até 3 metros, já a própria criança tinha um olhar de revolta e vingança, inabalável, implacável não era cinvencido.
- Você não deveria ter tanta fúria, nem tudo se resolve assim. Você é a criança que sobreviveu a primeira Inquisição e depois não conseguiu se reintegrar em lugar nenhum, poder demais mas eu tenho um grande mentor que te ajuda mas se quiser matar vá em frente. Mas estará sendo quem todo mundo diz que é e não provando o contrário.
O garoto se acalma, por fome, mas não deu trégua até a energia acabar, nesse momento com um encanto a mãe do atual rei adormece e se põe aos cuidados do menino.
- Ele não se renderia, iria lutar com tudo parece ser difícil mas está disposto a aceitar e não se render.
- É só dar espaço, conseguiremos criar uma sociedade melhor e maior.
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Plutão
FantasyUma carta, uma criança, dois reis e amantes. Assim começa nossa jornada.