A CHEGADA

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São 17h da tarde, a chuva está caindo lá fora e tudo que penso é a chegada de Wandinha, ouço passos, né minha mãe, ela me olha da cabeça aos pés com desprezo, não a julgo, olho para ela igualmente enquanto ela solta um sorriso sacartico.

- Stacy, como vai minha doce filha? - ela me diz indo me abraçar.
- Mãe, por favor, me poupe de todo esse sentimentalismo.
- Ah, você não é amarga como Wandinha. - Wandinha solta um leve sorriso de lado.
- Está sorrindo? - digo
- É claro que não, não tenho motivos para isso, olhe para mim, estou presa nessa jaula.

Wandinha gosta de ser livre, de aventuras, de caminhar, investigar, da floresta, da noite. Eu a amo por isso, ela respeita meu espaço e eu respeito o dela.
Nos despedimos e mamãe foi embora, Wandinha foi junto a Diretora conhecer seu dormitório.
Já está escuro lá fora, Xavier ficou de vir aqui. Cadê ele? Espero que Ajax não tenho o transformado em pedra novamente, é tão engraçado quando isso acontece.

- Está rindo de que, Addams? - pergunta Xavier entrando pela minha janela.
- Xavier, você me assustou. Entre. - digo a ele. - imaginei você sendo transformado em pedra.
- Não imagine isso, é horrível. - rimos enquanto sentamos. - já viu Wandinha? Como ela tá? Não a vejo desde.... Sei lá, isso foi a 4 anos?
- Não sei. Ela parece estar bem, tirando o fato de que quase matou um alguém aí.

Xavier gosta de histórias, então sempre que nos encontramos escondidos, já que meninos não podem entrar no quarto de meninas e assim sucessivamente, conto algumas para ele, a história de hoje foi o quase homicídio que Wandinha cometeu. É até engraçado, por uma parte. Eu sempre o observo e ele sempre me diz que fica constrangido, seu sorriso é lindo.
Gosto de imaginar um futuro com ele, mesmo que a decepção seja uma opção, ou outra coisa, aliás, tudo é possível.

- Eu amo você, Stacy Addams - me diz enquanto me olha fixamente.
- Eu amo você também.
- Ama?
- Você é tão meloso, tá caren...

Ele me beija antes que eu consiga terminar, seu beijo foi lento, foi um beijo de despedida, já estava tarde e ele precisava voltar ao sei dormitório, amanhã tinha aula cedo e precisávamos dormir.

- Você podia passar a noite aqui. - digo enquando me beija.
- Não posso arriscar, acho que a diretora está desconfiando.

Logo em seguida ele me abraça e sai do meu quarto, tenho a sorte de ter o quarto só pra mim, mas as vezes é meio solitário, eu gosto da solidão, então quem liga?
Tomo banho e vou dormir, amanhã vai ser um longo dia.




A ADDAMSOnde histórias criam vida. Descubra agora