_ Admito que depois de alguns anos não pensei que teria probabilidades de você voltar.- Disse ele de cabeça baixa encostado em sua moto.
_ Gosto de ser uma pessoa imprevisível. E como vai a vida? Você provavelmente já terminou o ensino médio né?
_ Sim, foi bom concluir finalmente a escola, podemos dizer que não sou muito bom em aprender sob pressão. Mas e você? Parece que aquela menininha tímida finalmente aprendeu a se comunicar com pessoas de verdade.- Ele da uma breve risada.
_ Bom, não sou mais tão tímida é verdade, mas continuo sem saber me comunicar ou me expressar grande parte do tempo.
_ Anda gostando de alguém?- Foi uma pergunta bem direta, me surpreende a facilidade que ele tem em perguntar algo assim.
_ A bem, onde eu moro estava interessada em um garoto, mas ele não dava tanta bola pra mim, então podemos dizer que era algo não reciproco.
_ Oh, sinto muito, mas é a vida né? Nem tudo pode ser como queremos, acho que essa é a graça de tudo.- Ele me da um sorriso sincero.
_ E como vai sua mãe? Não cheguei a vê-la ainda.
_ Ela provavelmente está na cozinha fazendo algum bolo ou algo do tipo. Preciso perguntar pra você, pois isso tá me matando.- Ele falou de um forma tão seria, e pelo jeito que minhas memorias estavam confusas, tinha medo de ter mais alguma coisa fora do normal vindo.
_ A gente ainda tá noivo ou sua mãe desmanchou nosso noivado?- Quase me assusto, mas me relembro da ocasião de minha mãe dando minha mão pra ele.
_ Ela não desmanchou, acho que ela nem lembra mais disso sendo bem realista.
_ Eu fui fiel a minha noiva, nunca trai nosso noivado.- Ele diz colocando a mão no peito em forma de juramento.
_ Então de agora em diante nosso noivado está oficialmente acabado! Não quero um noivo que tentou me matar com uma moto.
_ Oh meu amor! Por que faz isso com meu pobre coração apaixonado?!- Ele brinca.
_ Acho melhor entrarmos, sinto que vamos ficar sem almoço se continuarmos aqui.
_ Bonita e inteligente, uma raridade nos tempos de hoje.
_ Machista! Foi rejeitado por uma garota bonita foi?
_ Você acabou de romper comigo, então acho que já da pra considerar.
Entramos e logo após o almoço Daniel e minha mãe ficaram conversando, podemos dizer que minha mãe é ótima em fazer amizade com pessoas próximas a minha idade, uma habilidade que nem eu tenho.
Eram quase duas da tarde, eu conversava com Olivia e Maria, Daniel havia ido se arrumar para o trabalho, mas logo ele volta.
_ Vocês tão afim de ir na praia? Eu posso acompanhar vocês, mas provavelmente não voltaremos juntos já que meu turno dura até as oito e meia.
_ O que você acha Cam? Você é a visita então você escolhe.- Se Maria soubesse o quão ruim sou para decidir algo sozinha, acho que ela não teria falado algo assim.
_ Tenho que ver com a minha mãe já que prometi ficar essa semana só fazendo coisas que ela quer.
_ Pode ir.- Escutei uma voz atrás de mim que fez até a minha espinha arrepiar.
_ Meu Deus mãe, não se chega atrás das pessoas assim de supetão.
_ Você pode ir já que esta um dia quente, só não volta tão tarde.
_ Não se preocupe tia, ela tá junto com o melhor salva vidas.
_ Pode até ser dentro da água, mas fora dela não passa de um frango depenado.- Disse Olivia, todos caímos na gargalhada.
Pessoas praticamente subindo uma encima da cabeça da outra, o carinha artesão vendendo sua arte, o tio do picolé vendendo obviamente picolé, plástico pra todo lado, caixas de som, bundas e barrigas de cerveja para qualquer direção que eu olhe, é a praia continuava a mesma.
Sentamos perto da cabine do salva vidas, as meninas correram para o mar e eu fiquei ali por um tempo cuidando as coisas e passando protetor solar, logo avistei um senhor vendendo brinquedo de criança, sabe aqueles pra fazer castelinhos de areia, eu sei que vai parecer meio idiota mas eu fui até lá e comprei um.
_ Você comprou um baldinho de criança? Se tá bem?- Quando Daniel disse isso eu fiquei com um pouco de vergonha, porém o dinheiro é meu e eu faço oque quiser com ele.
_ Algum problema? Eu gosto de brinquedos de criança, e faz tempo que não faço um castelo de areia.
_ Não quis te ofender, só achei uma escolha um tanto quanto diferente para se comprar.
_ Por que vocês sempre me chamam de esquisita? Meus gostos nem são tão peculiares. Quer saber, me poupe, vai trabalhar antes que você deixe alguém morrer afogado.- Eu digo dando sinal pra ele sair, mas ele ignora e leva sua mão em direção ao meu rosto o esfregando.
_ Você deveria pelo menos espalhar o protetor de forma certa antes de brigar comigo.- Eu sinto meu rosto esquentar levemente. Ele sobe para a cabine e assim se passa a tarde, eu tentando fazer um castelo de areia e as vezes revezando com as meninas para entrar no mar.
_ Bom acho melhor eu ir voltando para casa, antes que escureça ou me deixem para fora.- Disse para Olivia e Maria.
_ Então até mais Cam.- Disse Maria. Resolvi subir na cabine de Daniel para me despedir.
_ Já estou indo.
_ Pensei que você iria esperar meu turno acabar.
_ Eu até esperaria, mas minha visão já se cansou de ver tanta bunda e barriga de shop.
_ Só ficar aqui encima olhando para mim.- Ele diz sorrindo.
_ Já enjoei da sua cara também.
_ Que vida amargurada, quem enjoa de uma beldade dessas?
_ Uma pessoa cociente.
_ Então tchauzinho princesa de areia.
_ Adeus salva vidas de piscina infantil.
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Quando o verão acabar
Любовные романыCamila é uma adolescente acostumada a sempre estar imersa em seu mundo, Taylor Swift, livros de romance, animes, mangás, doramas, tem algo melhor que isso? Mas ela acaba sendo retirada desse mundinho, quando no verão, ela viaja para sua cidade n...