capitulo 3

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*cenas alteradas

POV'S FERIT KOHRAN

Assim que chego no hotel vou direto para meu quarto, mamãe vai vir aqui daqui a pouco ver se eu preciso de ajuda com o terno. Hoje vai ser a noite onde vou conhecer meu sogro e oficializar os acordos do casamento, os dotes a serem pagos e a noite onde vou conhecer a futura senhora Kohran. Não demoro para me arrumar e logo desço para o saguão, todos estavam falando da noiva:

- A Sra Balik é muito educada, foi educada em casa com professores particulares, sabe falar inglês e francês, toca violino, é muito reservada mas um bom partido para Ferit, além de ser de uma ótima família- Ísis diz para meus pais enquanto estamos no carro, ela parece ser um pé no saco isso sim. Fico olhando para a janela e vejo uma grande mudança de cenário, os prédios que eram modernos e as ruas bem iluminadas saem de cenas e prédios antigos entram em cena, paramos em um antigo templo da cidade, com portas grandes e paredes de madeiras.

Desço do carro e dou a mão para mamãe descer, Ísis ergue a mão para eu a ajuda-lá também mas finjo que não vejo sua mão estendida. Seguimos até a porta do templo e somos recebidos pelos convidados, próximo a fonte estava um homem de estatura média, ele usava terno e tinha um bigode grosso, seus cabelo eram pretos mas os fios brancos mostravam que sua idade já havia chegado, em suas mãos tinham um terço. Próximo a ele tinha duas mulheres, uma de uns 40 anos e outra bem mais velha:

- Vejo que vocês fizeram uma longa viagem até aqui!- ele diz. Papai se aproxima dele e o comprimenta, ele apresenta mamãe e tia Ísis para meu futuro sogro mas minha atenção é capturada pela cena que vejo atrás da fonte. Uma cabra estava amarrada e deitada no chão assim que nos aproximamos da fonte sua garganta foi cortada. Papai chama minha atenção de volta me apresentando à ele:

-Este é meu filho, Ferit! Ferit esse é o senhor Balik- assim que esse nome é falado me trás a sensação que já o ouvi, me aproximo do senhor Balik e pego em sua mão, dou um beijo nas costas de sua mão e levo até a testa, esse comprimento é um sinal de respeito pelo próximo

-é bom te conhecer filho!- ele diz com um estranho sorriso no rosto, em seguida grita o nome de um dos homens que seguravam a cabra, ele se aproxima de mim e com o dedo sujo de sangue deixa uma pinta no meio de minha sobrancelha - não fiquem ai parados, vamos comemorar!- a música volta a tocar.

Mamãe e tia Ísis segue as duas senhoras para a cerimônia das mulheres que são separada das dos homens. Sr Balik nos guia para o segundo andar do tempo onde encontramos mais homens, provavelmente parentes de minha noiva. As mesas formavam uma roda e no meio dela uma mulher dançava gobek dans, uma dança do ventre, nos sentamos em nosso lugar e começamos a conversar, papai e meu sogro negociavam o dote que deveriamos pagar ao senhor Balik, ninguém ali parecia interessado na conversa dos dois, todos focavam na bailarina no centro da mesa, por mais curvas que suas pernas tivessem e cintura desenhada pelos deuses, quando olhava em seus olhos escuros eu esperava encontrar outros pares de olhos verdes. Começo a beber antes de enlouquecer com o que minha mente desejava.

Volto para o hotel bêbado, Sr Balik me deu tanto whisky que não conseguia ficar de pé e Abidin teve que me carregar até o quarto. Não consegui conhecer minha noiva, Sr Balik disse que ela estava se preparando para amanhã a noite onde iriamos oficializar o casamento em sua casa.

Abidin me ajuda a deitar na cama:

- preciso medir seu nível de glicemia Ferit!- abidin se aproxima da mesa próxima a cama e pega o aparelho

-pistache?!- é tudo o que consigo dizer. Ele pega meu dedo e espeta a agulha do aparelho, espera o sangue preencher a fita e mostrar o valor de glicemia

Garoto de OuroOnde histórias criam vida. Descubra agora