O Ceará foi formado inicialmente por índios com sua própria cultura e que depois foram catequizados/batizados pelos jesuítas portugueses, após grande resistência dos índios que viviam nas matas. O povoamento do território foi e tem sido bastante influenciado pela falta do fenômeno natural da chuva que nos dias atuais, dificulta na plantação e criação de animais. Com uma colonização portuguesa complexa e conturbada, marcada pela resistência dos nativos e pelas dificuldades de adaptação dos portugueses às condições climáticas particulares do território, formou-se uma sociedade rural baseada sobretudo na pecuária, assim como na agricultura, em especial nos vales úmidos e serras. A elite econômica e latifundiária, através de seu poder econômico e de complexas relações de parentesco e afilhados, possuía controle de quase todos os aspectos da vida social. Os chamados de "coronéis" mantinham em suas propriedades muitos capatazes que lhes prestavam serviços ou entregavam parte de sua produção em troca da posse de um lote de terra, em regime praticamente semi-feudal (campo), além de trabalhadores assalariados. A servidão de africanos, embora de menor importância, foi praticada ao longo de séculos 17 e 18, principalmente nas áreas onde a agricultura floresceu. O desenvolvimento independente do Ceará começaria apenas depois de sua separação de Pernambuco em 1799, e dua história foi sempre marcada por lutas políticas e movimentos armados. Essa instabilidade prolongou-se durando o Império e a Primeira República, normalizando-se depois da reconstitucionalização do País em 1945. As secas, os conturbados fatores sociais e econômicos do Estado acarretaram eventos importantes na história desse povo, como o cangaço, os movimentos messiânicos, a emigração para à Amazônia e para outros Estados, inclusive os do Sudeste do Brasil. Historicamente o Ceará tem passado por grandes transformações desde a década de 1950, progressivamente urbano, mais industrializado e com crescente desigualdade regional e de renda.