One-Shot

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A chuva que caia sobre o meu rosto só conseguia deixar tudo mais difícil. Eu não conseguia ver quase nada com a água no meu olho.

Senti alguém chegar devegar por trás de mim e me virei, era um dos caras da Valhalla, ele juntou suas mãos pra me atacar, mas eu o chutei na barriga e ele caiu em cima de outro cara.

– Takemichi! – Draken gritou, enquanto usava os braços de escudo contra um homem duas vezes mais alto que ele.

– O Mikey! – Ele me alertou e eu rapidamente me virei na direção em que Draken apontava com a cabeça.

Mikey estava sentado no chão, tentando se recuperar, ele apertava a testa com uma expressão de dor. Ele estava sangrando.

Eu corri até ele e empurrei alguns caras que estavam na frente. Me agachei e coloquei a mão no rosto dele.

– Eu vou te levar pra casa – Eu disse tentando levantar o loiro, mas o mesmo se recusou – Se eu sair daqui, nós perdemos! – Ele protestou gritando, tendo sua boca inundada pela chuva.

Mikey sempre foi teimoso, mas agora era uma emergência. Por que tão teimoso?

Eu suspirei fundo e tentei convencê-lo, mas fui interrompido por palmas e gritos de comemoração.

Alguns membros da Valhalla estavam no chão. Derrotados, outros, fugiram que nem covardes. O líder deles, jogado no chão, quase morrendo.

Eu me virei para Mikey e sorri, ele suspirou, mas com um sorriso de lado.

Depois, eu me lembrei que ele estava sangrando e arregalei os olhos, enquanto o levantava desesperadamente.

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Eu coloquei um curativo na testa do loiro e perguntei – Pronto. Está melhor? – Ele assentiu e eu dei um beijo na testa dele, que sorriu de lado com o ato.

– Até quando você vai me tratar como um bebê? – Ele perguntou, sorrindo – Você é um bebê – Eu apertei a bochecha direita dele, e ele agarrou minha cintura.

– Um bebê não faria isso – Ele me beijou. Eu coloquei meus braços ao redor do pescoço dele e ele apertou mais a minha cintura. Nos separamos por falta de ar e ele olhou pra mim com um sorriso debochado. Eu senti minhas bochechas quentes.

Eu dei um sorriso amarelo pra ele e saí correndo do quarto, tentando esconder as minhas bochechas corarem.

– Cuidado pra não cair, bebê! – Ele debochou, falando um pouco mais alto para que eu ouvisse.

E eu com certeza ouvi. Minhas bochechas são a prova viva disso.

Curativos | MitakeOnde histórias criam vida. Descubra agora