Capítulo 05

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Jimin

Chego em casa após pegar um ônibus lotado, estou atordoado. Hoje foi um dia muito agitado, apesar de ainda ser 13:00. Ainda não consegui processar tudo que aconteceu, o que o Sr. Jeon queria? Ele me fez perguntas estranhas e me olhou estranho. Ai meu Deus ele tocou a minha mão! Naquele momento senti um arrepio correr pelo meu corpo, um simples toque dele já mexe comigo, mas também é tão bonito. A imagem daquela blusa molhada colada ao corpo dele não sai da minha cabeça, abrir tantos botões daquela maneira foi muita sacanagem. Quando cai em cima dele poderia jurar que seria demitido, não sei como escapei daquilo, eu estava com as mãos no peito dele, era grande e malhado, minhas mãos pareciam minúsculas comparadas àquele peitoral. Ele se aproximando de mim, pensei que fosse ficar sem ar, nossos corpos colados, o encaixe foi perfeito, o que o que foi a aquele sentimento de frustração quando ele se afastou, será que eu esperava um beijo do Jungkook?! Não foi desconfortável para mim, muito pelo contrário foi muito bom, adorei a sensação de me sentir uma presa sendo perseguida pelo predador, e que predador, me deu até vontade de ser mordida pelo pitbull de gravata. Park Jimin mantenha o foco, ele é o seu chefe e você agora é funcionário dele, você tem que ser profissional. Mesmo que o seu chefe seja um gostoso você tem que se controlar. Mas o que posso fazer para tirar tudo que aconteceu da minha cabeça?!

Jeon

O dia passou lentamente, mas finalmente está na hora de ir embora. Não acredito que perdi o controle daquela forma e, por alguém que não está nem aí pra mim. Hoje tentei de tudo e falhei miseravelmente, ele não sentiu nada quando o toquei, não sentiu nada ao ver meu corpo exposto, eu pensei estar sexy. Eu até avancei para cima dele e não teve nenhuma reação, ele é mesmo o meu loirinho atrevido, cheio de atitude, tão sexy, que dança tão bem, com movimentos tão incríveis que mais parece flutuar no espaço, que fala palavras sujas na hora do sexo, que me enlouquece com seus gemidos de prazer? Será que tudo foi um delírio da minha cabeça? Será que não foi bom pra ele como foi para mim? Será que ele não sentiu o mesmo que eu senti? CHEGA! Chega de fazer suposições, estou me rendendo e aceitando o fato de que Park Jimin não me quer. Amanhã quando ele chegar na empresa seremos apenas patrão e funcionário, farei como ele quer, fingir que aquela noite nunca aconteceu, mesmo que seja difícil d esquecer, mas agora definitivamente ACABOU. Visto meu terno e deixo minha sala, como sempre Jiseon ainda está em sua mesa.

— Já vai Sr. Jeon?

— Sim!

— Senhor você parece exausto, eu comprei um Cabernet muito bom, Decantador 92 de Fruta Margaux muito pura, também podemos ouvir um bom jazz e aproveitar a companhia um do outro.

— Jiseon não sou um apreciador de vinhos, não gosto de jazz e também não estou com tempo e nem paciência nesse momento, quero apenas ir para minha casa.

— Podemos ir para a sua então.

— Prefiro ir sozinho.

Saio e deixo a mulher emburrada em sua mesa. Já ouvi falar de pessoas insistentes, mas essa aí quebra recordes, já rejeitei de todas as formas possíveis e ela não se toca. Pego o elevador e desço no estacionamento, como de costume Jungho está me esperando.

— Boa noite senhor, a senhorita Mi pediu o bolo da padaria preferida dela para sobremesa.

— Pelo menos uma boa notícia, a minha pequena está melhor. Vamos passar na confeitaria, você pega o bolo e vamos pra casa, não estou com muita paciência hoje. Sobre o funcionário da loja de conveniências, há alguma notícia?

— Ainda não senhor, consegui localizar o funcionário do turno da manhã, mas ele disse que nunca teve contato com o outro funcionário, que nunca o viu, que ele sempre saia mais cedo pois ele é estudante.

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