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Jade point of view💥

Assim que acordei senti um cheirinho gostoso de café da manhã, levantei e fui seguindo o cheiro quando cheguei na cozinha Oscar e Cesar estavam sentados comendo e conversando, mas ficaram em silêncio quando eu cheguei, olhei desconfiada para os dois e sentei.

— Olha o Oscar fez tudo que você gosta.— Cesar falou animado.

— O que vocês estão aprontando? — perguntei desconfiada.

— Nada, só te agradando. Depois de tudo que você passou é o mínimo que podemos fazer. — Cesar enquanto colocava meu prato.

Cesar e eu conversamos o café da manhã todo enquanto Oscar apenas observava nós dois com um sorriso no rosto.

Como iria viajar,precisava ir até a escola fazer transferência novamente para Espanha mas como Oscar queria passar o dia comigo tentando me convencer, iria resolver tudo isso amanhã.

Tudo que ele tentar vai ser em vão, eu não posso ficar e correr o risco do meu pai cumprir o que falou na mensagem, não suportaria perder nenhum dos dois.

Cesar foi para a escola e eu e Oscar ficamos juntos, ele estava animado e eu nunca vi o Oscar assim e fiquei feliz, nos conversamos, assistimos filmes, e ele fez várias coisas gostosas para eu comer.

— Ei Chica, que tal jogarmos um jogo? — falou de repente e eu o olhei confusa.

— Que tipo de jogo?

— Um jogo de perguntas e respostas.

— Que tipo de pergunta? — perguntei na defensiva.

— Calma mi amor, se não quiser responder você bebe uma dose ou tira uma peça de roupa. — disse com o sorriso mais safado que eu já vi. 

E o que é um peido para quem está cagado não é mesmo?

— Se eu tirar a roupa você não vai mais querer jogar. — provoquei com um sorrisinho.

— Que autoconfiança. — disse ele já me comendo com o olhar.

— Como você se vê no futuro?   

— Nossa começou com tudo, no futuro me vejo com você.

— Você disse que não ia tentar me convencer.

— Eu só respondi sua pergunta do jeito mais sincero possível, pode me chamar de ingênuo, idiota do que você quiser , mas o único futuro que eu quero é um que envolva você. — fez uma pausa. — Minha vez, Por que perguntou do meu futuro?

tirei minha camiseta e Oscar reclamou.

— Merda, você quer mesmo acabar logo com esse jogo, não vai me responder nada do que eu perguntar.

— Não sei. — respondi enquanto erguia as mãos.

— Ta, por que perguntou do meu futuro? — repetiu a pergunta e eu peguei o shot de tequila.

— Eu vou acabar bêbada e pelada espero que se comporte como um cavaleiro - fiz uma pausa
— ou talvez não. - provoquei, e ele deu um sorrisinho enquanto bebia um gole de cerveja, que não faço ideia de onde ele tirou.

— Por que vai embora? por que não larga tudo para ficar aqui comigo e com o Cesar?

— Foram duas perguntas. — respondi enquanto tirava um dos chinelos e preparava uma dose.

— Caralho. — Oscar praguejou pois sabia o meu plano de acabar com esse joguinho.

— Minha vez. —fiz uma pausa enquanto pensava em alguma pergunta.  — Você está mesmo apaixonado pro mim?

— Com todo meu coração e minha alma. — respondeu me encarando profundamente, desviei o olhar e baixei a cabeça.

— Você alguma vez sentiu algo a mais por mim? além de tesão? — de novo, duas perguntas, aaah esse cara.

Apenas sorri e tirei o outro chinelo e preparei mais uma dose, Oscar riu incrédulo e revirou os olhos.

— Quer acabar mesmo com esse jogo, né?

— Não é a sua vez de fazer perguntas Spooky, é a minha vez agora. — falei chegando perto dele.

— Em que momento você vai deixar esse jogo idiota pra lá, e vai me agarrar? Pra gente se despedir de verdade. — empurrei ele até o sofá e sentei no colo dele, que suspirou.

Assim que sentei no colo dele, senti Oscar se inclinar para mais perto, os dedos dele pressionando minha cintura de uma maneira que me fez estremecer. Nossos rostos estavam tão próximos que eu podia sentir o calor da respiração dele contra a minha pele, e aquele sorriso safado continuava no rosto dele.

— Você não sabe brincar mesmo, né? — Ele sussurrou, o tom carregado de provocação.

— Quem disse que isso é brincadeira? — Sussurrei de volta, deslizando as mãos pelos ombros dele.

Oscar me encarou com aquela expressão intensa, uma mistura de desejo e algo mais profundo, algo que eu sempre tentei evitar interpretar, antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, acabei com a distância entre nós, beijando ele de uma forma que deixava claro que eu não estava mais interessada em joguinhos.

O beijo foi urgente, como se ambos soubéssemos que o tempo estava contra nós, que a despedida era inevitável, mas, naquele momento, nada mais importava. As mãos de Oscar subiram pelas minhas costas, me puxando para mais perto, como se ele estivesse tentando capturar cada segundo antes que o inevitável acontecesse.

— Você vai mesmo embora amanhã? — Ele murmurou contra meus lábios, a voz carregada de frustração e tristeza.

— Eu preciso... — Respondi, puxando o rosto dele com as mãos para que ele me olhasse nos olhos. — Não posso arriscar que meu pai faça mal pra vocês... você sabe disso.

Oscar suspirou profundamente, os olhos escurecendo com a realidade da situação. Ele não era do tipo que desistia facilmente, e ver ele tão vulnerável, tão abalado pela ideia de me perder, me fazia sentir um nó na garganta.

— Então deixa eu te convencer a ficar. — Ele disse, e antes que eu pudesse responder, me puxou para outro beijo, mais profundo, mais desesperado.

Aquele momento, entre beijos, risos e toques que pareciam impossíveis de esquecer, me fez questionar tudo. Eu queria ficar. Eu queria me perder nele, em nós, esquecer das responsabilidades, do medo, de tudo. Mas, no fundo, eu sabia que não era tão simples.

Quando finalmente nos separamos, os dois ofegantes, o rosto dele estava sério, os olhos presos nos meus como se ele estivesse procurando uma resposta que eu não podia dar.

— Não importa quanto eu queira, Oscar... Eu preciso ir.

Ele suspirou de novo, fechando os olhos por um segundo, antes de me soltar.

— Eu sei... — Ele respondeu, a voz mais baixa agora. — Só queria um último dia... um dia que eu pudesse lembrar quando você não estiver aqui.

Eu sorri tristemente, acariciando o rosto dele. Por mais que as palavras fossem difíceis de dizer, eu sabia que o que Oscar e eu tínhamos era especial, mas não o suficiente para apagar os medos e as decisões que me esperavam.

— Vamos aproveitar enquanto ainda temos tempo. — Falei suavemente, e ele me puxou para perto novamente, como se o tempo que nos restava fosse uma coisa preciosa demais para ser desperdiçada com palavras.

...

Olá amigas, eu sei já faz um longo tempo mas eu estou de volta, espero que não estejam muito bravas comigo pelo sumiço, tive alguns problemas mas agora estou te volta para terminar essa fic.

Esse capítulo tem referência a Histórias breves: Carla e Samuel, espero que gostem, fiz com bastante carinho.

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⏰ Última atualização: Sep 24 ⏰

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DANGER • Oscar DiazOnde histórias criam vida. Descubra agora