Capítulo 08

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Capítulo não revisado.



Fodshan, (Cheshire) Agosto


      A sua pergunta me pegou de surpresa, não esperava encontrá-la tão segura de si, nem mesmo vagueando por arredores de Raven Eyes*

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      A sua pergunta me pegou de surpresa, não esperava encontrá-la tão segura de si, nem mesmo vagueando por arredores de Raven Eyes*. Sendo honesto comigo mesmo, nunca tinha encontrado alguém como ela. Logo já estava sentindo o seu cheiro doce impregnar nas minhas narinas, me vi respirando fundo.

— O que está tentando fazer, se embrenhando no meio da floresta? — engole seco. — O seu objetivo é fazer-se morrer? — volto a perguntar e ela ri sem vontade.

— Achei que no tempo em que esteve ausente, tivesse aprendido boas maneiras!

— Sentiu minha falta? — Nia pigarreia tentando disfarçar o que eu já sabia. Estava igualmente entusiasmado por voltar a estar com ela, mas havia alguma coisa nova nela que eu não estava conseguindo identificar... O que aconteceu na minha ausência?

Porquê sentiria? — me aproximo, não sabendo exatamente o me que movia, mas aquela mudança na sua expressão, no seu semblante carregado de mistério era fascinante e intrigante.

— Talvez porque não tem amigos, e no nosso último encontro, você estava bem receptiva... — murmuro olhando diretamente para os seus olhos que têm agora as pupilas dilatadas, no entanto desvia o seu olhar de mim.

— Devias tentar descer o seu ego das alturas! — vejo que está se esforçando para manter a sua expressão indiferente, escondendo a raiva que tem de mim. — Você não faz muito sentido, sabia?

— Não.

— Porque evidentemente, tem um problema com a sua aparência.

— É mesmo?

— Sim. Do contrário não andaria mascarado o tempo todo! Deves ser como aqueles assassinos em série que têm alguma deformação física e por isso anda vestido desse jeito. O que é estranho pois já provou que tem a auto estima bem elevada. — fala gesticulando, por um milésimo de segundos, achei que fosse mencionar o meu parentesco com Thomas.

— Fique descansada, que o meu problema não é físico! — sussurro no seu ouvido, tocando os lábios no lóbulo da sua orelha. Nia se vira rápido fazendo com que nossos lábios se roçassem.

— O que está fazendo? — sua voz sai baixa mas carregada de desejo quase implorando para que tomasse seus lábios de uma vez. Estou surpreso mas ao mesmo tempo satisfeito, pois no início só sentia o seu medo me consumir como fogo ardente. Agora sinto seu desejo tomar conta de mim e é avassalador, então molho os meus lábios, ela não tira os olhos dos meus. Deixei de distinguir o seu medo do sentimento de prazer, não sabia se era só a minha vontade se sobrepondo a dela, porém me mantenho impassível a fitando com total indiferença sem ao menos piscar os olhos.

O Corvo (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora