capítulo uno

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Short fic
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UM MÊS para o natal. Estou presa a trabalhos, mas literalmente presa em um depósito de bolas do CT Barcelona. A uns meses atrás eu me mataria se fugisse do trabalho alguma vez, e olha agora. Estava virando rotina.

─ têm como me entregar minha lingerie, eu tenho que voltar, Pedri ─ o repreendi enquanto suava de tanto calor naquele lugar apertado. O moreno de vez enquanto me dava nos nervos e eu queria soca-lo.

─ mais um beijo,Cariño ─ tentou fazer uma troca não justa. Já não bastava ter que me fazer segurar os gemidos quando ele queria fazer nesses lugares indevidos, ainda queria me atrasar, agora que eu já estava no fim do expediente.

─ hoje você está insuportável ─ revirei os olhos e dei uns passos até a porta, tocando na maçaneta antes de ser puxava de volta.
─ toma, mulher ─ o homem levantou a lingerie em frente a nossos rostos e eu a tomei ─ pensei que iria sair mesmo ─ me observou logo a sua frente

─ eu ia ─ rosnei, a colocando por baixo da minha saia, dando um sorriso sarcástico ao homem.
─ no meio desses homens, sem calcinha. Louca ─ pedri murmurou a última palavra baixinho em meu ouvido.

─ você não sabe o quanto, até porque eu sou solteira. Eu. Você. Nada. ─ levantei minha mão, mostrando meus dedos sem nenhum anel enquanto lhe ameaçava pausadas vezes.

─ magoou ─ Pedri tocou meu maxilar com suas mãos quentes e grande, delicadamente, e como se não se importasse com minhas últimas três palavras, ele me deu um selinho demorado, ficando ali parado de braços cruzados quando eu saí pela porta e amarrei meus cabelos antes de ir pra minha sala.

Ser secretária poderia ser um trabalho fácil, mas não para mim. O terapeuta que cuidava dos jogadores sempre jogou tudo para a minha cola. Ok, ele analisava aqueles que sofriam ferimentos, lesões, arranhões e tudo que os jogadores tinham que passar no campo, mas no final das contas todos os relatórios eram comigo. Todas as pressões cardíacas naqueles papeis que eu precisava decifrar, se seus corações bateram normalmente durante cada jogo e se diminuiriam a frequência nos treinos, tudo era preenchido e repreenchido por mim, no fim eu me sentia satisfeita, mas precisando de uma mudança ou aumento naquele serviço.

Continuei caminhando até a sala de Xavier, dando umas olhadas para trás e vendo uns minutos depois que Pedri tinha saído da sala. Já tínhamos um ano escondendo o que sei lá que tínhamos, mas mesmo assim nunca ninguém havia suspeitado, mesmo que atualmente tenha ficado ainda mais frequente os encontros.

Eu odiava, sempre fui muito centrada, mas desde que começamos, tem sido impossível evitar, fugir do homem que sempre dava um jeito de me encontrar, mesmo em quartos de motéis, nós estamos lá mais uma vez.

─ aqui, Senhor─ coloquei tudo que eu tinha passado a noite revendo e revendo, estava completo em sua mesa nesse exato momento.

─ esqueceu o café, eu falei; relatórios da semana e café. ─ ele duro, sentado sobre a cadeira confortável, me disse. ─ porque está tão suada? Todos os ar-condicionados estão funcionando que eu sabia ─ perguntou por cima do que eu já falava

─ desculpa Senhor Xavier ─ toquei minha mão sobre a minha testa ─ eu passei a noite inteira olhando isso, estou desligad.. ─ eu parei e escutei ele fazer a última pergunta acima ─ andei demais, tudo é tão longe aqui ─ dei um sorriso de canto

─ hum, tudo bem. Se aqui estiver tudo bem ─ tocou nos papéis a mesa ─ eu acho que você pode ir já. Já estamos aqui ah um tempo ─ ele se levantou e organizou os meus papeis sobre a mesa do mesmo.

𝖢𝖺𝗋𝗂𝗇̃𝗈. 𝗣𝗲𝗱𝗿𝗶 𝗚𝗼𝗻𝘇𝗮𝗹𝗲𝘇Onde histórias criam vida. Descubra agora