DEAD SEA | TAYLOR SWIFT X OC | BOOK I

got a long list of ex-lovers they'll tell you i'm insane

Taylor achou que teria um bom dia pela frente. 

Tinha acordado consideravelmente cedo, e como sempre enrolou o quanto pôde na cama. Mas eventualmente se levantou e tomou um banho agradável enquanto ouvia o EP recente do DNCE. Ela cantou Jinx enquanto a água caía quente - sempre quente, porque banhos gelados eram terríveis e ela os odiava. 

Desceu as escadas pronta para mais um dia, e misteriosamente sem sentir efeito algum dos drinks da última noite. Seu chefe de segurança estava na cozinha, Noel - um homem com pouco mais de quarenta anos, que já estava com Taylor há quase uma década. Ele sempre estava por perto, e com isso Taylor havia se acostumado. Estranho era não o ver.

Ela o desejou bom dia, sentou-se de frente para ele, se serviu do café que Noel tinha preparado, e em um silêncio tranquilo tomou o líquido forte, enquanto o homem se mostrava mergulhado em papéis.

— O que você está fazendo? — Taylor perguntou, curiosa.

— Revisando o esquema de segurança — ele respondeu como se não fosse nada demais — Ontem à noite, logo depois que você saiu, um homem tentou invadir. Ledger estava no andar de baixo quando o alarme soou e saiu no tempo certo para conseguir parar a pessoa.

— Por que eu não soube disso?

— Você está sabendo agora, Taylor. E não foi nada demais — ele garantiu — É uma daquelas situações... aconteceu, mas foi resolvido.

— É a segunda vez em menos de quatro meses — ela lembrou.

— Bem, nós sabíamos que isso podia voltar a acontecer — Noel disse — Mas não se preocupe com isso, hm!?. Hey, me conte, como foi ontem? Max fez um bom trabalho?

— Se com bom trabalho você quer dizer me seguir como se eu fosse uma criança que precisa de supervisão a todo momento, então... — ela sorriu sem ânimo — Ele foi incrível.

— É terrivelmente chato — Noel a deu razão, sabendo bem o que ela pensava de tudo aquilo — Mas somos pagos para isso, e você sabe bem o quão perigoso é sair por aí sozinha. Ainda mais nessa cidade.

— E aparentemente é perigoso ficar na minha própria casa também — ela murmurou.

— Taylor...

— Desculpa, desculpa — Taylor levantou as mãos em rendição, se desculpando — Eu só odeio pensar que esse tipo de coisa aconteceu e talvez volte a acontecer, mas ok... eu não vou me irritar por isso, não hoje.

— Bom — Noel disse, então passou um ou dois papéis, juntou os que estavam fora da pilha e os organizou uma última vez. Ele focou a atenção em Taylor — Andrea ligou.

— Pra você? — Taylor perguntou, mas não tão surpresa. Sua mãe tinha o costume de telefonar para Noel, apenas no caso de Taylor não a atender. Afinal, na maioria do tempo era ele quem estava com ela. Se não ele, então Tree, mas sempre um dos dois.

— Aparentemente você não a atendeu ontem à noite, ela queria apenas saber se estava tudo bem. Você deveria ligar de volta — ele aconselhou.

— Vou fazer isso assim que terminar aqui — ela disse, levantando a xícara que segurava.

E foi o que fez. Sentou-se no sofá, com o celular na mão e clicou no contato da mãe. Então ouviu dois toques antes de ouvir sua voz doce, dizendo um "olá". 

Conversar com Andrea, por mensagem ou mesmo ligação, era algo que Taylor fazia sempre. Desde quando começou a passar mais tempo fora do que em casa. Se ela não a acompanhasse, Taylor ligaria a todo momento. Isso não mudou com o tempo, pelo contrário... quando a notícia do câncer de Andrea foi recebida, no ano anterior, Taylor tinha se tornado ainda mais protetora. Ela ligava sempre que podia, se possível mandava mensagem a cada uma hora, todos os dias precisavam se falar, se tivesse disponibilidade, passava longas semanas em Nashville, e se Andrea estivesse no humor certo, ficava com ela em New York ou em Los Angeles. Ter de embarcar na turnê de 1989 havia sido difícil por esse exato motivo. Nas outras turnês, Andrea viajava com Taylor independente do momento, e era ela quem a mantinha minimamente sã. Mas com 1989 foi impossível, e não era culpa de ninguém, mas Taylor se encontrou em uma bagunça por todos aqueles meses.