Rumo ao Futuro (Um Conto de Towa e Riku)

Um Encontro Marcado Pelo Destino

Créditos da imagem: @caroderenzi_art

Amei essa fanart da Moroha com os cabelos soltos! E como o capítulo tem umas coisas relacionadas a ela...
Gente, esse é um capítulo de transição necessário para entendermos o que houve no passeio das nossas Princesas! Sou grata por estarem lendo e pelo tempo de vocês!
Desculpem os possíveis erros de gramática e ortografia. Vamos as curiosidades?

1 - Ciganos: Originários do Noroeste da Índia, o povo que hoje é conhecido por cigano partiu em êxodo desta região por volta do ano 1000 por razões ainda hoje não totalmente esclarecidas. Este povo espalhou-se pela Ásia e Norte da Europa num surto de migração que deu origem à denominação povo Rom. Uma característica bem peculiar dos ciganos era a residência que não era fixa. Aonde quer que chegassem, os ciganos levantavam suas tendas e saíam em busca de trabalho nos arredores. Os homens preferiam os trabalhos que em sua maioria eram na área de consertar objetos de latão ou de cobre.
Já as mulheres, que eram mais importunas, astutas e minimamente loquazes, preferiam trabalhar com a técnica de fazer a leitura das linhas das mãos, predizendo a sorte ou o azar do indivíduo, sendo pagas com qualquer remuneração.

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Cais do porto marítimo de Iyo (Algumas horas antes do amanhecer).

O meio-youkai lobo não sabia mais o que pensar.

Kaito andava sem rumo pela noite sem lua depois da conversa que teve com Mahina. Muitas dúvidas chegaram em sua mente. "Seria possível que Toramaru só os estivessem usando de escudo?" – Ele se questionava. Não queria acreditar, mas o que Mahina havia dito fazia sentido.

"Talvez ele realmente não confie na gente. Deve ter mais alguém investigando para ele. Provavelmente só estamos servindo de escudo".

Escudo, um teste. Se o inimigo fosse forte, acabaria com ele, Mahina e Hayato. E assim Toramaru, poderia colocar sua guarda mais forte em alerta e se preparar para atacar o inimigo com mais chances de vitória, pois já sabia seus ataques graças aos idiotas que foram seu "escudo". Se sentia como um objeto de estudo, um lixo, um nada.

Sempre tinha feito de tudo para agradar o líder dos youkais-Tigres daquela região. Tirando seus guardas mais fortes, ele era o mais leal, o mais estudado e inteligente. Mas as vezes sentia uma certa desconfiança de Toramaru em si, colocando sempre um "vigia" em suas missões, como Hayato, por exemplo.

"Por quê?" – Ele não entendia. Seria a sina de um meio-youkai? Não ser digno de confiança? Criá-lo só para lhe servir como um tipo de objeto sem valor, um ser descartável?

Não tinha ido para casa desde a conversa na montanha da Mestra das aves. Não tinha fome, não conseguia dormir. Casa? Será que ele realmente poderia considerar a fortaleza dos Tigres-youkais sua casa? Se sentia estranho, como se não conhecesse mais quem havia praticamente lhe criado. Um dia teria sido um ser de valor para alguém, afinal?

Não iria admitir para ninguém, mas por trás da sua fachada de inteligência, astúcia e independência, se sentia sozinho. Ninguém nunca conseguiu o entender. Não havia convivido com outros meio-youkais como ele, tampouco com humanos. Tudo que sabia era que tinha sido salvo de uma batalha sangrenta quando pequeno, na qual seus pais morreram. Foi o que Toramaru disse a ele. Ele era praticamente um bebê.

Se é que isso era verdade também... considerando as circunstâncias.

Solidão. Era o sentimento que penetrava em sua alma desde que era uma criança. Se ele ao menos encontrasse alguém que pudesse entendê-lo... Alguém com quem ele pudesse conversar, dizer como se sentia...