Minha amiga...Não,minha namorada.

Eu estava querendo demais.

(Vai ter um final alternativo)

"Eu queria demais.
Era isso durante as vinte e quatro horas do meu dia.
Eu queria muito,queria entregar muito e não saía nada.
Era muita coisa.
Era verdade o que minha mãe sempre repetia pra mim.

"Você é uma imprestável"

Agora eu percebia que era verdade
e era uma sensação horrível.
Afinal,realmente era sentido feminino,era coisa de mãe,não era só coisa de mãe.
Afinal,ela tava certa.
É minha mãe.
Ela só queria que eu não ficasse decepcionada comigo mesma.

Estava decepcionada.
Não com vocês.
Comigo mesma.
Eu nunca deveria ter saído de casa aquele dia em que o André faleceu sozinho em casa.
Pai você nunca demonstrou,mais eu sei que me ama,me ama tanto quanto amava o André.
Mãe...Você foi a melhor que pode com uma criação como a sua.
Dona Vera você foi uma mãe pra mim,e uma real mãe,mais presente que a minha...Você criou o amor da minha vida...
Richarlison que nada te abale...

Assinado:Elisa Márquez"

Quando eu já não tinha mais palavras para compor minha última carta,foi quando comecei a procurar nas gavetas por um remédio,qualquer um que fosse já traria algum efeito,certo?
Estava desesperada por uma morte rápida e de preferência sem dor extrema.
Overdose era a coisa certa a se procurar.
Quando eu achei foi bom,alguns foi a seco,outros com água ou com vodka.
A sensação era de flutuação...No começo foi bom,bom até demais,logo depois,comecei a sentir a queimação pelo corpo todo e já camecei a notar que respirar começou a ficar difícil.
Era doloroso sentir meus pulmões pararem de pulsar...Foi difícil sentir meu coração parar de vez com uma parada cardiorrespiratória.

"_O que está fazendo aqui?-Era ele,era o André-

"_Eu voltei,não fui com meus amigos"

"_Então agora vamos poder ficar juntos?"-Ele pergunta alegre-

"Acho que sim"-Disse inconsequente-

Ele me estende a mão e começa a me levar para um lugar branco e totalmente diferente do que Eu conhecia,e de repente...Tudo parou.