SAMUEL
Eu sempre fui o tipo de cara que queria formar uma grande família, ter uma parceira para a vida, filhos. Fui ensinado a ser assim, vi de perto o amor dos meus pais, me senti amado em toda minha infância e, creio eu, que fui um bom filho.
Obviamente, foi estranho quando me tornei adulto e percebi que era algo muito difícil de se tornar realidade, bom, parte disso foi difícil.
Quando a maior alegria da minha vida nasceu, James, meu filho, entendi que tudo o que eu achei que sabia não passava de uma realidade totalmente oposta, e que ter algo seu para amar, era um sentimento de outro mundo. E apesar de amar ser pai de um ser tão incrível, a dura realidade de ser pai solo chegou até mim, não conseguia entender como alguém olhava para uma parte sua e não sentia o amor incondicional.
Claro que sabia que nem todas as pessoas estão prontas para se tornarem pais, sabia que existem muitas dificuldades nessa coisa de ser pai, o medo de fazer errado, de não ser o suficiente, não poder suprir com todas as necessidades, mas nunca iria perdoar o abandono por egoísmo.
Não entendia porque o abandono parental era em grande quantidade, e no caso do meu pequeno James, o abandono maternal, mas não cabe a mim explicar a cabeça da outras pessoas.
Depois do nascimento do meu filho, aprendi a ser grato por muitas razões, e principalmente grato a minha família, ter uma rede de apoio como a minha, não tem preço que pague, vou sempre ser grato por ter meus pais, irmãos e amigos.
E grato mais ainda por James, porque ser pai dele mudou minha vida para sempre.
É claro que a euforia de ser pai se esvai quando seu filho tem 5 anos e é uma criança com um nível muito alto de animação. Eu não tenho vergonha de dizer que chorei em cada pequeno passo da vida dele, cada noite sem dormir valeu a pena só de ver seu sorriso banguela. Mas eu não iria reclamar se essa pequena criatura viesse com um botão de desligar, é o que eu penso pela quinta vez esse manhã.
- James, por favor! O que o papai já disse sobre rabiscar as paredes? – pergunto enquanto me abaixo diante dele.
- Que não pode – claro que diz isso olhando com aqueles olhinhos lindos e arregalados. James seria totalmente a minha cara, se não fosse pelo seu cachos negros e olhos cor de mel, o oposto do meu cabelo castanho claro e olhos verdes.
- E o que iremos fazer para resolver isso?
Sempre fui a favor da educação positiva, me recuso a bater, fazer chantagem emocional, por de castigo, todas essas coisas absurdas que vejo por aí, até porque meus pais nunca fizeram, eu quis ser o tipo de pai na qual os filhos vêm pedir ajuda caso façam algo de errado e não que corram de mim por medo do que aconteça. Faço com que desde de cedo James entenda como suas ações tem consequências e que ele pode sim concertar seus erros, e que eu sempre vou ajuda-lo.
- Eu vou limpar Papi, prometo que não faço mais – diz trocando algumas letras e falando um pouquinho enrolado
- Tudo bem, querido! Papai vai deixar o seu caderno em um lugar mais fácil, ok? – sorrio para ele, fazendo carinho nas suas bochechas gordinhas
- SIM! – diz com euforia, estendendo os bracinhos para me abraçar. Retribuo sentindo o seu cheiro gostoso.
- Então vem ajudar a fazer nosso café - me levanto com ele em meu colo.
Nossa manha passa como todas as outras, comemos enquanto ele faz as perguntas mais sem contexto do mundo e eu tento responder mesmo não entendendo nada. Tomamos um banho, o arrumo, deixando tudo pronto para leva-lo a escola e me arrumo para ir na universidade em que faço minhas pesquisas e sou orientador.
Sigo deixando ele na escola, indo trabalhar. Nada novo para nós até agora, quem sabe o que vem por aí'.
Finalmente postanto essa história maravilhosa
Estou super ansiosa para desenrolar esses dois. Caso não tenha ficado claro, o plot é de grávidez, é super soft e levinha. Prometo que não vão se arrepender.
Comentem e votem muitooo!!!
~Trixx
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Ohana
RomanceSamuel tinha quase tudo o que desejava, um filho incrível, uma família que o apoiava, e uma carreira de sucesso. Mas sentia que existia um buraco a ser preenchido. Mariane havia perdido tudo, família, amigos, e tudo que restava para ela era seu trab...