FINNEY
Acordei pensando no amanhã, sabendo que hoje seria mais um dia cansativo! mesmo nas ferias, eu não conseguia descansar.
o meu pai não parava de me esmurrar por qualquer coisa que eu fizesse, ver gwen chorando só aumentava a dor...–Finney! o papai saiu- gwen entrou no meu quarto correndo–tem um vizinho novo!
–serio? que legal!- agora a janela ao lado da do meu quarto estaria ocupada, e eu espero que não seja por um casal de velhos
–pena que você não pode sair de casa- ela disse se sentando ao meu lado –porque ele só tortura você?
–por que eu sou gay!- eu falei e ela arregalou os olhos e engoliu seco
–a gente vai sair daqui um dia finney, vai dar tudo certo- ela disse me dando um abraço apertado antes de sair do meu quarto
olhei pela janela e vi caixas sendo colocadas no chão da casa vizinha, fechei a cortina e suspirei.
fui até minha mesa de estudos e comecei mais um desenho, dessa vez, inspirado na floresta que havia na frente de casa... eu sempre ouvi coisas lá e via luzes, bem lá no fundo. o meu sonho é ir até lá ver as luzes.–depois eu termino você- guardei o desenho na gaveta e desci as escadas, ligando a tv e assistindo um desenho animado chamado "south park", que, se o meu pai me pegasse vendo, era mais uma surra bem dada!
....
ouvi pedrinhas sendo jogadas pela minha janela e abri a cortina, era o vizinho...um garoto de cabelos longos e pele parda, e extremamente bonito...
abri a janela e o garoto fez o mesmo–eu sou robin, e você?- ele disse e eu suspirei
–finney...
–acho que a sua irmã me deu brigadeiros hoje, ela disse que provavelmente você ia gostar de me conhecer e que você não saia de casa, mas se você puder me dar uma chance, eu queria te chamar pra ir no parque que tem aqui do lado, pode levar a sua irmã também!- falou rapido e se embolando nas palavras, eu ri baixo e apertei os olhos
–o meu pai não deixa eu sair porque eu sou gay- falei como se fosse algo super comum e me arrependi, esquecendo completamente da existencia da homofobia quando ele começou a tossir
–eu não sou homofobico ok? eu engasguei com o choque, o seu pai é um otario- ele disse e eu ri
–sim ele é- me sentei na beira da janela, o perigo de cair era grande mas isso não me incomodava, eu tenho um bom equilíbrio
–Você estuda pelo menos?- ele perguntou e eu assenti
–no colegio estadual de denver- falei e ele assentiu
–entendi, preciso ir finn, até mais- ele fechou a janela e eu fiz o mesmo, deitando na minha cama e respirando fundo
"o meu pai não pode saber disso, nunca."
era o que eu pensava, ele não me deixaria ter contato com um homem que me tratasse bem, principalmente se ele morasse perto de mim!
–Finney vem comer- meu pai gritou
desci as escadas e vi que a mesa estava pronta, o prato era macarronada e dessa vez tinha refrigerante, então, vem notícia por ai

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forest - rinney
Fanfictioninefável (adjetivo) é encontrar alguém disposto a se entregar no meio desse mundo de pessoas desinteressadas e com medo de se apaixonar. é aquela viagem de fim de ano com a pessoa certa que a gente esperou tanto para poder fazer. é como se chamam di...