Capítulo Dois

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JÁ ESTAVA TARDE, e Sanji sentia uma dor chata em sua glândula odorifera, estava difícil até mesmo se concentrar em coisas banais, suspirou, decidido a falar com Chopper sobre isso.

—Ah, isso é incomum – a rena comentou, andando até um armário e mexericando dentro do mesmo – sua glândula de cheiro está sensível demais, talvez você tenha reprimido bastante a mesma – comentou, andando novamente até o ômega loiro com um pote em suas patas – você vai ficar extremamente sensível também, não digo sentimentalmente sensível, digo fisicamente, então tome muito cuidado – avisou – não lute até melhorar, faça um chá toda noite com duas folhas dessa erva, que em uma semana e meia, já estará melhor – sorriu fofo, explicando ao companheiro

—Ah, mas e se formos atacados? Eu tenho que ajudar a proteger o navio – se pronunciou, chocado

—Se atacarem o navio, você vai se esconder enquanto eu e os outros protegemos você e o navio – ponderou a rena

—Certo – suspirou frustrado, acendendo um cigarro – voltei a ser um inútil – sussurrou para si mesmo, se levantando da maca e acariciando o chapéu da rena – obrigado, Chopper, você é o melhor – elogiou, recebendo uma carinha contente do médico enquanto era xingado de idiota e que aquilo não o faria mudar de ideia sobre ficar sem lutar e se esforçar fisicamente.

Saiu da enfermaria, voltando até a cozinha, afim de fazer o chá, com o chá pronto, se sentou numa das cadeiras ali dispostas, e suspirou bebendo de pouco em pouco.

Estava meio aéreo, não notou a presença do alfa, que foi até a adega pegar uma garrafa de saquê, e bebeu perto do ômega.

Ao notar, se remexeu na cadeira, desconfortável, queria ficar longe de Zoro.

—Vamos conversar – o alfa disse seriamente, impedindo que o ômega se levantasse e saísse da cozinha – você não vai fugir – ele estava com a feição duramente séria.

—Já falamos tudo o que tínhamos para falar – tentou, colocou a mão na própria glândula odorifera, tentando não liberar os próprios feromônios, ganhando apenas uma dor aguda na área – eu não tô muito bem, Zoro – terminou o chá, e se pôs a lavar o copo

—Chopper me falou – abraçou o ômega por trás – isso tudo é só porque não me quer mais? – perguntou, virando Sanji para si

O loiro estava estático. Confuso demais para reagir.

—Sanji, você tá fodendo com o seu corpo, fisicamente falando – passou levemente o dedo pela glande inchada e vermelha, que pulsava dolorida

Sanji grunhiu, doía bastante quando era tocada.

—Já disse para não me tocar! – deu um tapa forte na mão do Roronoa

—Já chega disso! – encarou o ômega, estava com raiva, fazia meses que estava na seca, não podia tocar o ômega que tanto almejava, estava possesso de raiva – que porra tá acontecendo? Me explica direito, você, de uma hora para outra, começou a me negar! Porque? – Zoro proferiu indignado

—Porra... – gemeu doloroso, se apoiando na pia para não cair, Chopper falará sério quando disse que Sanji ficaria sensível fisicamente, apenas a voz de alfa de Zoro já o fará perder as forças pela dor – calma, Zoro... – falou baixinho, não conseguindo conter o próprio odor.

Liberando uma enxurrada de feromônios, uma mistura completa de todas as flores que podia se imaginar.

Peônias, tulípas, girassóis, margaridas, dentes-de-leão, rosas, lótus, verbenas, brincos-de-noivas, etc.

Uma cozinha carregada com o cheiro mais hipnotizante e inebriante que um ômega poderia ter.

—Me diz logo... – Zoro se acalmou, sentir o cheiro de Sanji após dois meses o acalmou imediatamente, segurou com carinho a cintura alheia, podendo o manter em pé com mais firmeza.

𝐎𝐦𝐞𝐠𝐚, 𝗭𝗢𝗦𝗔𝗡Onde histórias criam vida. Descubra agora