A luz vermelha do por do Sol refletia em meus olhos e nos dele, olhos que uma vez me olharam com carinho, mas hoje estavam vazios, tentei me levantar mas estava ferido demais, sua sombra se aproximava passando pela nuvem de poeira que mostrava que nossa batalha havia sido árdua.
Sua figura andava cambaleando, apesar de não parecer, a vitória já estava decidida, ele iria ganhar.
"Bolso-chan...." A voz dele ainda tinha receio e carinho quando se aproximava, eu sei, não deveríamos ter chegado a esse ponto.
Quando já não era mais apenas uma silhueta deu para ver sua expressão, ele também estava muito ferido, mas permaneceu em pé segurando a katana que cortou minhas costas.
"Lula..senpai...porque...porque você tinha que ganhar?!seu comunista...."com raiva e com uma dor nas costas, eu tentava ficar de pé.
Não queria que as coisas terminassem desse jeito, queria que ainda estivéssemos no seu quarto conversando sobre aleatoriedades da vida, queria que pudéssemos recomeçar e ser como éramos antes.... Mas era tarde demais e agora, seria o meu fim, morrer pelas mãos do meu amor, Luís Inácio Lula da Silva.
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"Aah....." Imediatamente fiquei envergonhado pelo som que fiz, Lula-Senpai também estava gemendo mas não era nada como o barulho que acabei de fazer.
Depois de ter ouvido isso pareceu que ele se empolgou mais, senti seu membro entrando e saindo com mais força.
Meu corpo começou a queimar por dentro, senti meus olhos se revirarem e a saliva se formar aos montes em minha boca, quando quase gemi novamente tapei minha boca, não iria dar a ele essa satisfação de me ouvir novamente.
Lula-senpai percebeu e deu uma pausa, como estava de quatro não pude ver sua expressão mas ouvi um suspiro, era como se ele estivesse dizendo 'desafio aceito'.
Com isso ele começou a estocar novamente, cada vez mais forte e rápido, chegou em um momento que soube que não iria conseguir andar no dia seguinte.
Ainda resistia e permanecia em silêncio, porém ele apoiou seu peito em minhas costas, e com suas mãos grossas e ásperas ele segurou meu pênis, e começaram a se mexer.
Ainda dentro de mim ele começou a me masturbar e com a boca colada no meu ouvido disse.
"Bolso-chan, não seja cruel consigo mesmo, se deixe levar, vamos, gema para mim"
Aquelas palavras tinham sido o ápice, senti uma onda de calor forte vir de dentro do meu corpo e com o líquido brando de meu pênis minha voz saiu.
Depois disso ambos caímos exaustos na cama, olhávamos para o teto em silêncio, senti-me desconfortável, algo estava errado, já tinha dias que ele estava quieto, aquilo tudo me inquietava, queria poder ajudar, seja lá qual for o problema.
Reuni toda minha coragem, iria perguntar se ele estava bem, iria fazer um pão com leite condensado e ouviria tudo o que ele tinha a dizer, o abraçaria e diria que tudo vai ficar bem, porque iria.
"Sabe...." Comecei
"O que ouve?" Sua voz era rouca mas gentil.
"Eu estava pensando....." Mas fui interrompido pelo celular de Lula senpai.
"Espere um pouco" Lula pegou o celular e saiu do quarto.
Momentos depois voltou com roupas e parecia estar se preparando para sair.
"Dilma me ligou, ela está com problemas com o parlamento, tenho que ir..." Ele fala com apreensão.
"Não! Eu iria falar algo"
"Me desculpe, tenho que ir de verdade..."
"Que seja!" Digo me virando e colocando o roupão, não queria discutir com a indiferença dele.
Estava de costas mas pude ouvir ele hesitar e ficar parado por um tempo, depois ouvi pelos seus passo ele saindo de casa, quando tive certeza que já não estava mais aqui comecei a chorar.
Abafei meus gritos no travesseiro, era sempre assim, sempre indo com essa petralhada, ele preferia eles do que eu, depois de tudo que estou colocando em jogo ele ainda me trata com indiferença.
Logo enxuguei as lágrimas e me troquei, afinal tinha que ir trabalhar e jantar com minha esposa e filha, encontrar minha família e não tinha certeza que poderia olhar nos olhos de Michelle e de Laura.
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Depois de um longo dia de trabalho, onde não pude fazer muita coisa pois minha mente estava em outro lugar, aos braços de Lula-senpai.
Entrei em casa mas não fui recebido por ninguém, andei pelos cômodos vazios e encontrei minha esposa.
Ela estava sentada em um banco de frente da ilha da cozinha, sua maquiagem estava borrada e escorria como se tivesse chorado e em suas mãos havia uma taça de vinho pela metade.
"Por favor diga.... qual o seu problema?" Ela se levanta "Qual é a porra do seu problema?!" Ela se altera e joga a taça no chão.
"Eu me casei com você porque achei que poderíamos ter algo especial, todos acham que foi por dinheiro, mas não!" Ela caminhava em minha direção aumentando cada vez mais sua voz "E você se encontra com seu rival para fazer sexo?! O que falta em mim? Por favor diga!!" Ela desaba em meus braços.
Ainda não estava raciocinando nada daquilo, minha mente não estava nela, e por um momento percebi que éramos iguais.
"Eu... vou te transformar na Primeira Dama do país, e você não precisa se preocupar mais com isso" Não a amava, mas precisava dela, ela era importante para esconder o que sou.
Estava determinado, iria confrontar Lula-senpai e mostrar a ele que mereço sua atenção, iria ser como ele.
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(recomenda-se colocar a música "Only Love Can Hurt Like This")
Fui ao Palácio do Planalto na esperança de encontrar Lula-senpai para lhe contar o que eu iria fazer, que iria finalmente ser digno da total atenção dele, estava sorridente e ansioso, queria ver sua reação.
Esperava algo como ele ficando orgulhoso e feliz por mim por tentar algo grande, iria entrar para campanha presidencial em 2018 e competir com ele, isso seria excitante.Enquanto andava ouvi sua voz, parecia estar conversando com alguém, apressei meu passo ficando mais ansioso e feliz a cada segundo, mas algo estava estranho e permaneci atrás da parede.
"Lula! Eu não sei como dizer isso.... mas eu te amo!" Era a voz de Haddad, homem que Lula-senpai passava mais tempo do que comigo.
Aquilo foi um baque, todas as peças tinham se juntado, Lula não gostava de mim, apenas me usava pelo meu corpo.
Lágrimas se formaram em meus olho, a única reação que tive foi sair correndo, entrei no meu carro e fui direto para o nosso quarto, o quarto em que passávamos o tempo juntos.
Quando cheguei a única coisa que fiz foi destruir tudo, rasguei os lençóis, quebrei as molduras de fotos, quebrei os espelhos que havia no banheiro, deixei aquele lugar um caos.
As lágrimas ainda escorriam de meus olhos, mas agora a tristeza se transformou em ódio, puro ódio.
"Como você pode?!" Exclamei olhando para uma foto sua rasgada ao meio no chão "Como você conseguiu fazer isso comigo?!" Comecei a gritar "E todos os nossos planos? Por que? Por que?" Colapsei por completo e caí na cama.
Olhando o mesmo teto em que olhei com ele o amaldiçoei, quando o amor se espalhava por esse quarto agora só existia ódio.
"Eu vou vencer, tomarei o Brasil e você verá que nunca deveria ter feito isso comigo...." Minhas palavras soavam cansadas e baixas, mas continham o mais puro ódio.
Farei com que Lula-senpai se arrependa de tudo o que fez.
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Bolsolula: Um amor impossível
RomanceBom... o título entrega sobre o que a história se trata. Lembrando que essa história é apenas uma brincadeira entre eu e uma amiga. Aviso para cenas +18 (Foi escrito na pressa, então ignore os erros de coesão e gramática)