Permito-me Sentir

Texto sem nome

As memórias se vão com o tempo, e eu gostaria de ser um pouco mais intensa,
E quem sabe aproveitar um pouco mais, ou simplesmente ignorar tudo que acontece ao meu redor.
De demonstrar, de gritar, e de chorar, mas chorar muito, sabe?
Para depois me reerguer e perceber o quão forte sou.

De me entender e entender o outro, de entender que nem tudo é pra ser, e que tudo vai passar,
Porque tudo sempre passa, seja alegria, tristeza, angústia ou dor. Sendo mais precisa, tudo.
Um dia eu irei morrer e esquecerei tudo, então tenho que lembrar, pelo menos enquanto ainda
Tô aqui, que eu sou eu, sou única, companheira, e talvez, só um pouquinho doida,
E que eu não posso me auto sabotar, não posso me destruir, mesmo sabendo que vou.

A vida é assim, a gente nunca sabe, a gente quase nunca entende.
Mas a gente tá aqui, vivendo e aprendendo, e o tempo tá passando,
E nossa hora consequentemente vem chegando.

Quem sabe se eu rir um tanto mais alto, se eu dançar sem medo do que vem depois, de aproveitar o aqui e o agora, de entender que nem sempre o depois tá batendo na minha porta. Que tenho pouco tempo para amar, para me desmanchar, pra me derramar. Que a vida passa, e ela vai passar. Que eu vou embora, pra nunca mais voltar. Mas e então, será que tô sabendo aproveitar?