Memórias Parte 1

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Notas do autor
Então, esse cap meio que é a primeira parte de algumas que vão ser distribuídas entre caps, tipo um flash back
Não sei quantas vão ter, enfim, tão gostando (e desculpe se a qualidade desse tá ruim é que eu realmente não sei muito o que tô fazendo)
A, eu demorei Pq eu queria deixar uma semana entre os caps mas acabei esquecendo de mandar (e uma preguiça de editar tbm)
Boa leitura



A televisão, redes sociais, tudo, diziam que Rússia e os EUA iriam entrar em uma guerra nuclear, mas foi uma guerra de armas biológicas
Para o azar de mais da metade dos seres humanos no planeta, a Rússia e os EUA tinham usado a mesma rota de despejo das armas, quase como se tivesse sido planejado, e, quando as duas se chocaram o efeito se mesclou e a zona de impacto se amplificou ridiculamente quase como se as armas tivessem ganhado vida e seu único objetivo fosse chegar o mais longe possível e o efeito da armas combinadas foi totalmente inesperado, no momento em que os químicos entravam nos pulmões, as pessoas começavam a virar cinzas, de dentro para fora, acontecia em segundos então ninguém sentia até já ter acontecido, alguns eram imunes e ninguém sabia o motivo, Henry e Arthur não tiveram essa sorte
— querido, temos que ir ao abrigo dos Mitchell agora — ela dizia para o marido que estava vestindo as roupas, escovando os dentes e fazendo a mala, tudo ao mesmo tempo
— tubo bem — ele disse com pasta na boca já indo a pia cuspir — Arthur! Já tá pronto? — o mais velho olhou para o mais novo que correu até o quarto assustado —
—arrumei minha mala e minha roupa desde ontem a noite — ele disse ao pai que estava se atrapalhando com a mala que não fechava, então ele tirou a mala do pai e arrumou as roupas ganhando mais espaço para outras coisas
— o que eu faria sem você filho? — ele disse dando um abraço no mesmo
— provavelmente ainda estaria dormindo — e ele estava certo, o garoto foi quem viu as notícias na Internet que diziam que o ataque podia ser a qualquer momento e teve que convencer seus pais, até que eles viram o alerta na TV e começaram a correr, o pai deu uma risada, mas parecia preocupado
Eles terminaram de arrumar as malas e foram embora rumo a casa de Henry pois la eles tinham um abrigo
Haviam pessoas correndo de todos os lados, alguns saíram com o carro a toda velocidade indo em direção a locais seguros, outros só estavam sentados ao ar livre olhando pro céu, pareciam não se importar se morreriam, chegando a casa de Henry, Arthur ouviu um barulho, parecido ao de um estampido de uma arma, só que dez vezes maior
Correram até a porta do abrigo e bateram
O moreno abriu a porta a beira de lágrimas e abraçou o namorado, foi um abraço rápido por dois motivos, o primeiro eles tinham que sair da porta para os pais de Arthur entrarem, e o segundo, os rádios diziam que a guerra foi iniciada
Eles fecharam a porta e esperaram em silêncio ouvindo o rádio
— nós acabamos de receber a informação que é possível ver uma nuvem de cinzas se espalhando em velocidades alarmantes pelo continente europeu e indo em direção a África e no continente americano também, não sei se conseguiremos sobreviver a isso, o governo russo disse, antes de perder a comunicação, que essa não era a arma que eles lançaram, e o governo estadunidense também nega ter usado uma arma tão perigosa, façam de tudo pra não respirar da nuvem de cinzas, eu repito, fa- — o locutor soltará um berro de pânico e então silêncio
Eles desligaram o rádio e se olharam por alguns segundos, Arthur e Henry estavam abraçados consolando um ao outro, os pais também estavam na mesma situação
Após algumas horas Cinzas começaram a passar pela tubulação Todos entraram em pânico, Henry foi rápido aos suprimentos Pegou as máscaras de gás, mas com uma certeza seca, ele constatou que só tinha 3 máscaras
Com a voz trêmula ele disse aos outros — só tem três — A mãe de Henry estava seria, com a voz mais autoritária que já usou disse
— Henry, me de essa máscara que está sobrando, e você e o Arthur usam as máscaras — os dois adolescentes iam negar, os dois já estavam com lágrimas nos olhos, mas ela os cortou, a voz estava ficando trêmula — queridos eu tenho uma ideia mas preciso que vocês fiquem seguros Eles não contestaram, nem os outros adultos Ela pegou a fita isolante em uma estante e botou a máscara, e começou a passar a fita na estrada de ar, mais cinzas entravam, o medo de todos aumentava, quando ela finalmente fechou a última entrada, ela percebeu que os outros começaram a virar cinzas, menos os meninos que olhavam pra ela através de máscaras, ela percebeu, que a máscara não havia protegido ela, a máscara dela apenas adiou o inevitável pois ela respirou mais pela tubulação, ela sentiu tudo ficando escuro antes de sentir dor, então, morreu, Arthur e Henry, estavam catatonicos, Arthur já estava chorando, eles estavam longe das entradas de ar, então não tinham sido afetados pois ainda estavam de máscara, depois de quase meia hora parados Henry tirou a máscara deixando o loiro em pânico, mas o gás já não tinha mais efeito depois de alguns minutos no ar parado, ele respirou esperando morrer, mas só pra perceber que não aconteceria e começou a chorar aos berros Arthur também tirou a máscara e estava chorando, então ele foi até o moreno e o abraçou forte, para ter certeza que ele não estava morto também os dois dormiram ali onde estavam, abraçados, chorando, e sozinhos.

O moreno abraçava o loiro na cama,com força, e com lágrimas nos olhos, ele acordou, havia sonhado com o que acontecera três anos atrás, o corpo dele parecia um calendário, todo ano, no dia em que aconteceu, ele sonhava com aquilo
— é hoje? — o loiro perguntou após ter acordado pelo abraço apertado, Henry concordou com a cabeça, Arthur o abraçou de volta, e beijou sua testa, os dois ficaram em um silêncio quase total pelo resto dia, Ryle também não falava em respeito, mesmo que seus pais não tendo morrido neste dia
Ela passará o dia desenhando como uma tradição a essa data, deixando eles no seu silêncio carregado de luto

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⏰ Última atualização: Dec 19, 2022 ⏰

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