"Meu quarto"

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HISTÓRIA TRADUZIDA DO ESCRITOR(A):
cigarettesandalcohol
LINK:https://archiveofourown.org/users/cigarettesandalcohol/pseuds/cigarettesandalcohol

• Essa one-shot já foi postada no meu perfil, estou repostando de novo para ficar mais organizado. :)

• Comentem, não sejam leitores fantasmas.

• Comentem, não sejam leitores fantasmas

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"E o que acontece agora?"
Pedri podia contar cada fio de cabelo dos arcos das sobrancelhas de Gavi e cada cílio de seus olhos castanhos arredondados. Ele quase podia sentir as vibrações nervosas que Gavi às vezes emitia, especialmente quando estava excitado, ansioso ou frustrado; era como se o ar ao seu redor estivesse cheio de uma estranha forma de eletricidade. Ele não ficaria surpreso se tocasse a pele de Pablo e realmente sentisse uma picada de choque elétrico. O menino tinha uma energia efusiva dentro dele, e isso transparecia; às vezes por sua energia transbordante nos treinos, às vezes por seu nervosismo antes das partidas, quando não conseguia ficar parado e tinha que andar de um lado para o outro no vestiário e no corredor. Em momentos como esse, Pedro só queria poder envolver o menino em um cobertor úmido e frio, e sentir a energia febril evaporar, para o bem de todos ao redor.
"Nada. Vamos de novo em quatro anos."
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Após a partida, Gavi ficou com a cara de quem viu um fantasma – não, um fantasma não, um time inteiro de fantasmas, tomando conta do gramado e comemorando uma vitória na queda do time espanhol. Pedri percebe com o canto do olho, mas primeiro ele tem que confortar aqueles companheiros de equipe que estiveram com ele em campo por cento e vinte minutos. Mais os pênaltis Ele contorna aqueles, oferecendo suas condolências e, de longe, parece que Gavi está apenas vagando pelo campo sem rumo, esbarrando nas pessoas e seguindo-as sem nenhum objetivo específico, antes de mudar abruptamente de rota, seguindo outra pessoa.

Estava estranhamente quieto no vestiário. Ninguém fez piadas, ninguém falou. Gavi desabou na cadeira e lá permaneceu até a hora do time embarcar no ônibus. Pedri naturalmente escolheu o assento ao lado dele, mas Pablo nem levantou a cabeça.

"Pênaltis, hein?" ele tentou, cutucando o ombro de Pablo. "Quem teria pensado."

"Não é engraçado," Pablo murmurou, o rosto virado para a janela.

"Não era para ser. Ei, é só um jogo."

"Mas nós estamos fora!"

A única coisa certa sobre Pablo Gavira era que ele não conseguia esconder muito bem suas emoções. A frustração escorria de seu tom de voz, e em seus olhos, ele tinha uma aparência de criança que foi forçada a comer todas as couves de Bruxelas em seu prato. Pedri estava quase esperando que ele estufasse as bochechas ou fizesse algo parecido que apenas completasse seu ar de garoto petulante. Mas Gavi se recusou a olhar para ele enquanto mantinha os olhos fixos no mundo fora do ônibus.

Oɴᴇ Sʜᴏᴛs- 𝖦𝖺𝖽𝗋𝗂Onde histórias criam vida. Descubra agora