A garota nova.

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Era noite, eu e Maria estávamos assistindo televisão, até que meu pai chega. Como sempre, bêbado. Ele começa a brigar com a minha mãe, ele sempre batia nela, eu acabava entrando no meio e acabava apanhando também. Nesse dia não foi diferente, ele me bateu, mas eu não baixei a cabeça, foi quando ele foi pra cima de Maria e eu segurei ele.

S/n - Foge, Maria!

Foi o que Maria fez, ela correu pra fora de casa.
Eu não sei como, mas eu consegui derrubar meu pai e ele desmaiou

Mãe - Vai atrás da sua irmã, pega umas roupas rápido e vai embora.
Sn - E você mãe?
Mãe - Eu vou ficar bem, tá bom? E vou achar vocês. Agora vai rápido.

Eu arrumo minha mala muito rápido e saio de casa.
Eu tentei procurar Maria, mas não achava ela em lugar nenhum.

*Dias depois*

Eu estava morrendo de fome, não achava a Maria em lugar nenhum.
Eu sento no banco de uma praça e começo a chorar, estava preocupada com a minha irmã. Até que eu ouço um latido e levanto minha cabeça.
Vejo um cachorro na minha frente, era bem cuidado e tinha coleira. Eu vou até ele e vejo o nome na coleira, era menina e se chamava pipoca.

Sn - Oi garota. Fugiu de casa é? Viu uma garotinha por aí? Ela se chama Maria, é minha irmã. - Eu falo sozinha com a cachorra - No que que eu tô pensando? Você é um animal, não vai me entender.
Pipoca - Au au - Ela late e sai andando.

Parecia que ela estava falando pra eu seguir ela. Eu não tinha nada a perder, então, fui atrás da cachorra.
Paramos em uma casa muito grande, parecia até uma mansão. Eu não estava entendendo o que aquela cachorrinha queria, me levando até aquela casa.

Xxx - Pipoca! Que bom que eu achei você! - Ela abre o portão, pega Pipoca no colo e olha pra mim. - Obrigada, menina, por trazer ela de volta.
Sn - Na verdade foi ela que me trouxe aqui.
Xxx - Como assim?
Sn - Vai parecer loucura, mas eu perguntei pra ela se ela viu minha irmã e ela me trouxe até aqui.
Xxx - Achou ela Tati! Que bom, princesa! - Ela aparece e faz carinho na Pipoca. - Oi menina, tá tudo bem? Precisa de ajuda?
Sn - Oi, eu sou a Sn. Estava procurando minha irmãzinha.
Carol - Oi Sn, eu sou a Carol. Vamos entrar, eu vou te ajudar a achar sua irmãzinha. - Ela me abraça e nós entramos.
Tati - Vou falar pro pessoal descer, tá Carol?
Carol - Vai lá, Tati. Então, Sn? Você está com fome, quer alguma coisa pra comer?
Sn - Eu aceito, estou morrendo de fome.
Carol - Vou pedir pro nosso cozinheiro, Chico fazer uma coisa bem gostosa pra você comer, tá bom? Mas antes, qual o nome da sua irmãzinha?
Sn - MARIA!

Eu vejo minha irmã descendo as escadas, ela corre até mim e nós nos abraçamos.

Sn - Que bom que eu te encontrei!
Xxx - Quem é a garota?
Carol - Essa é a Sn, Bia. E parece que você encontrou sua irmã.
Todos - Irmã?!
Sn - Sim. Somos irmãs, neh Maria?
Tati - Você sabe que ela não fala, neh?
Sn - A Maria? Não falar. Essa foi boa.
Vivi - Não é piada. A Maria não fala.
Maria - Desculpa, gente, mas eu falo sim.
Todos - O que?!
Sn - Viram?
Carol - Tá, isso foi uma surpresa, mas vou falar com o Chico agora. Pessoal, se comportem e recebam bem a Sn. - Ela sai.
Mili - Sn, essas são, Vivi, Cris, Pata, Bia, Tati e Ana. E aqueles são, Mosca, Rafa, Thiago e Binho.
Sn - Prazer, gente. - Eu falo e todos me cumprimentam.

Quando Mili apresenta o Binho, ele da um oi com a mão e eu encaro por segundos ele.

Sn - O que é aqui, gente? Por que todos vc usam roupas iguais?
Pata - Aqui é um orfanato e esses são os uniformes daqui.
Sn - Legal.
Cris - Sn, qual sua história e a da Maria? Já que ela nunca falou.

Eu começo a contar tudo o que aconteceu, desde quando meu pai batia em mim, até como eu encontrei a Maria.
Enquanto eu explicava...

*Com os meninos*
Binho - Ela é muito gata. - Ele diz enquanto presta atenção no que eu falo.
Thiago - Eu concordo.
Mosca - Ae Rafão, olha os dois apaixonados pela menina nova.
Rafa - Pode crê. Estão caidinhos por ela.
Binho - Sai dessa jão. Só falei que ela é bonita.
Thiago - Aí galera, que tal a gente fazer uma pegadinha de boas vindas?
Mosca - Eu topo, mas vamo pegar leve.

*Com a Sn*
Sn - Foi isso, essa é minha história.
Ana - Nossa, senão fosse pela Pipoca, você não teria achado a Maria.
Sn - É verdade. Graças a Pipoca eu achei minha pequena. - Eu abraço Maria.
Vivi - Desculpa a pergunta, Sn, mas onde você comprou essas roupas? Elas são lindas.
Cris - Não é só a roupa dela que é bonita. Ela é linda também.
Sn - Obrigada meninas! E Vivi, eu comprei num shopping aqui perto, se quiser a gente vai lá um dia.
Vivi - Eu topo, tô precisando de umas roupas novas.
Carol - Sn, a comida vai demorar um pouco, quer ir tomar um banho enquanto não sai a comida?
Sn - Eu aceito, Carol.
Carol - Vamos então.
Pata - Depois a gente conversa mais, Sn.
Bia - Temos muitas perguntas ainda.
Sn - Tá bom. Quando eu voltar, vocês podem perguntar o que quiser.

Eu subo com Carol e tomo um banho. Pego uma roupa na minha mala e me troco. Logo desço.

*Minha roupa*

Sn - Terminei, podem perguntar o que quiser agora

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Sn - Terminei, podem perguntar o que quiser agora. - Digo descendo pra sala.
Mili - Quantos anos você tem, Sn?
Sn - 16.
Binho - Nossa idade. Legal. - Ele fala só para Thiago ouvir.
Thiago - Pode cre.
Pata - Como você tem essas roupas tão bonitas, e que parecem ser caras?
Sn - Eu trabalhava numa loja de roupas perto da minha casa, ajudava minha mãe a pagar as contas, já que meu pai usava o dinheiro dele pra comprar bebida. Uma parte do dinheiro eu guardava pra mim e pra Maria. Sempre que eu conseguia eu saia e comprava umas coisinhas pra gente.
Maria - Ela sempre trazia doces pra mim. E Brinquedos. Ela fazia de tudo pra ver um sorriso no meu rosto.
Bia - Pera aí, mas você é de menor, não pode trabalhar.
Sn - Eu sou emancipada, Bia.
Ana - Que isso? Uma doença?
Mili - Não Ana. Quer dizer que a Sn tem liberdade pra ser independente. É como se ela tivesse 18 anos, ela pode trabalhar, dirigir, essas coisas.
Cris - Como você conseguiu isso?
Sn - Precisei da assinatura dos meus pais pra isso. E um dia que meu pai não estava bêbado, eu consegui convencer ele de assinar. Minha mãe assinar foi fácil, ela que me mostrou como eu fazia isso. É uma burocracia, mas deu certo no final.
Ana - Ahh tá.
Carol - Vamos comer crianças? A comida já está pronta.

Todos nós fomos comer, as meninas não paravam de fazer perguntas, mas eu não ligava. Eu respondia todas. Nós terminamos de comer e fomos pra sala de novo. As meninas pequenas foram brincar, então só ficaram os maiores na sala.

Sn e BinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora