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Ainda do meu acervo de oneshots, essa é a 2/3. Um clichêzinho fofo e adolescente, espero que gostem.

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Todos naquele colégio já haviam percebido como o menino acastanhado andava murchinho ultimamente, o que causava certa estranheza entre os que eram mais próximos já que Taehyung sempre foi descontraído e engraçado mesmo com seu jeitinho meio desligado do mundo, era difícil encontrá-lo sem o famoso sorriso quadrado nos lábios, principalmente quando estava perto do seu melhor amigo, conhecido como Hoseok. Ah, Jung Hoseok, esse é o causador de toda mudança de humor do mais novo e também de uma dorzinha desconhecida que havia feito morada do coração do mesmo.

A verdade é que Taehyung era apaixonado pelo amigo desde...Bom, nem o próprio sabe desde quando ou como aconteceu, só aconteceu, entende? Eles já se conheciam há bastante tempo e não era como se fosse muito difícil cair de amores pelo menino de cabelo rosa, um pouco mais baixo que si, com um carisma que encantava qualquer pessoa e que possuía um sorriso que nossa, o Kim perdia o fôlego só de lembrar, era como se com apenas um sorriso daquele ele pudesse iluminar o mundo inteiro e deixar todos felizes, contagiados por toda a energia que irradiava dele, Hoseok era simplesmente incrível aos olhos do menino, se fizesse uma votação, o rosado estaria em primeiro lugar na sua listinha de pessoa preferida de todo o universo, de verdade, sem exageros e sem precisar pensar duas vezes. O que fazia o seu dia durante toda a semana era encontrá-lo na porta do colégio, comer junto com ele na mesma mesa, bagunçar seus cabelos e sentir a maciez dos fios acariciando seus dedos, amava como as bochechas do seu hyung ganhavam cor só por alguns elogios bobos que fazia, amava também quando ele descansava a cabeça em seu ombro pois para isso precisavam estar bem juntinhos e até mesmo quando ele vinha irritado desabafar sobre algum moleque chato da sua sala, o biquinho que ganhava forma em sua boca era adorável, enfim, não havia nada sobre o Jung que não fizesse o mais novo suspirar pelos cantos, a não ser...

A não ser a sua lerdeza, sim, pois muitos já devem ter se perguntado "Porque você não mostra para ele que está apaixonado? Não o deixa saber o que se passa nesse seu coraçãozinho sofrido?" E essa é a questão, Taehyung já havia mandado tantos sinais para Hoseok que já não sabia o que fazer, ele não percebia nenhum deles, não importava o quanto o mais novo se esforçasse, o rosado nunca entendia os seus sinais e continuava tratando-o apenas como amigo quando tudo o que ele menos queria era continuar naquele lugar horrível chamado "friendzone". Não que o Kim não gostasse da companhia do outro dessa forma, como já foi falado, ele amava todos os momentos com Hoseok, contudo, chegou a um ponto em que isso não conseguia suprir toda a sua necessidade, não queria mais se sentir igual aos outros amigos que ele tinha e dividir a mesma atenção, queria mais, poder beijar aqueles lábios vermelhinhos, falar abertamente sobre seus sentimentos românticos, tocar todo aquele corpinho, dividir a mesma cama e edredom, fazer coisas de casal, sabe? Era isso, só que Hoseok insistia em não colaborar.

O Kim também já pensou em mil e uma formas de como chegar no outro mais diretamente e contar tudo de uma vez, com palavras claras para que ele pudesse entender de uma vez por todas, criou várias situações, ensaiou em frente ao espelho e resolveu esperar pelo momento certo, o problema era que esse momento nunca chegava, apesar de passar bastante tempo sozinhos conversando sobre coisas aleatórias, Taehyung travava só de pensar em falar sobre isso com Hoseok, imaginava inúmeras reações que o mais velho poderia ter e nenhuma delas conseguia lhe deixar mais confiante, pelo contrário, o deixava morrendo de medo do amigo além de não corresponder aos seus sentimentos, o afastar, isso sim deixaria o pobre coração adolescente dele em pedaços, pedaços esses que jamais poderiam voltar a colar de novo e sem falar na timidez, não é? Era arriscado demais e a falta de experiência em assuntos amorosos só piorava a situação pois sim, como se não bastasse todo o drama clichê de se apaixonar pelo melhor amigo, ainda era o seu primeiro amor da vida. Como dizem por aí, toda derrota é pouca.

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