Wandinha Addams

De volta a Nunca mais

Era momento de voltar as aulas. Sinceramente estava animada para voltar. Nunca achei que fosse dizer isso. Mas o recesso não foi nada emocionante. Apenas aguentar meus pais trocando carícias. Ao menos pude torturar o meu irmão. E começar a escrever um novo romance. Desta vez ainda mais macabro. Mãozinha e eu ficamos confusos porque as mensagens no celular que ganhei de Xavier continuavam. E não creio que fosse ele já que seria muito óbvio e ele não é tão burro.

- minha nuvenzinha negra. - disse meu pai se aproximando com as minhas malas. - está animada para voltar a nunca mais ?

- surpreendentemente sim. - disse entrando no carro.

- own meu sonho esta se realizando. - disse minha mãe toda contente. Feioso era o único que não estava feliz. Ele sentia minha falta de verdade. E eu sentia por deixa -lo . Sei que é indefeso e bobo. não quis me contar porque quando o reencontrei estava com vários hematomas e triste. Por sorte tive outra visão ao toca-lo e pude me vingar enfiando aranhas venenosas para os responsáveis. Mas não poderia voltar para aquele colégio de padrões altamente imbecis. Então ele terá que continuar se virando sem mim.

Chegando no colégio. Nada tinha mudado. Tudo estava igual. A não ser pela chuva e relâmpagos. Parecia ainda mais sombrio.
Sai do carro e vi feioso cabisbaixo.

- não seja fraco feioso. Recomponha-se e aprenda a se virar sozinho. - disse e ele me abraçou muito forte. Não retribui. Mas no fundo me sentia mal por vê -lo assim. Ele saiu e entrou no carro.

- ele vai ficar bem querida. Ele é um Addams. - disse minha mãe tentando se aproximar porem me afastei. - bom. Nós já vamos. E entramos em contato no domingo. - disse me entregando a bola de cristal.

- ate breve minha vampirazinba pálida.

- até breve pai.
Disse entranho no colégio. E subindo para meu quarto. Por sorte não cruzei com ninguém conhecido.

Abri o quarto e lá estava enid saltitante vindo em minha direção.

- eu não acredito, Wandinha !!! - disse tentando me abraçar. Mas me afastei. - Ah você ainda não gosta de abraços. Achei que depois do nosso abraço apertado você teria mudado de ideia.

- foi um momento. Mas não mudei enid. - disse indo em direção a minha cama e colocando minha mala.

- sabe... Eu senti muita saudades- disse um pouco envergonhada. Me virei e a encarei por alguns segundos. Nesse momento mãozinha entrou pela janela e enid correu o pegou e o apertou entre os braços - mãozinha!! Que saudade. - ela disse e ele assentiu.

Organizei minhas coisas e coloquei minha máquina de escrita na mesa.

- então... Como foi o recesso ? - ela perguntou.

- chato e sem emoções. - disse ainda olhando para minha máquina.

- bom. O meu foi bem legal. Minha mãe está muito contente que eu finalmente virei loba e não vou mais ficar sozinha. Mas ela não gosto muito do meu envolvimento com o Ajax. - disse cabisbaixa.

- sua mãe sempre acha alguma coisa para incomodar. - disse percebendo que tinha esquecido de pegar as tintas extras. Corri para fora para ver se alcançava meus pais o que era quase impossível. Mas enquanto passava pelos corredores ao final das escadas me trombei com alguém e tive uma visão.

~~Estava em um lugar escuro. Não via nada. Além de árvores ao redor. Quando de depende um Hyde saiu das sombras e correu em minha direção. ~~

Despertei. E vi que era o Xavier que havia trombado comigo.

- wandinha !! - disse abrindo um sorriso largo. - não imaginei que fosse voltar. Te mandei diversas mensagens e você nunca me respondeu.

- ola Xavier. - disse me levantando

- você teve uma visão não é?.

- você ainda tem sonhado com o Hyde ? - perguntei logo de uma vez

- Ah não... Não acredito. Já sabemos quen é o Hyde wandinha. Ele está preso. - disse esboçando desapontamento.

- eu sei. Mas ainda não sabemos porque você sonha com ele

- não sei. Acho que é pelo fato de ter puxado os dons psíquicos do meu pai. Sei lá... - disse saindo por trás de mim.

- Xavier. - disse e ele parou se virando para mim. - eu sei que você não é uma má pessoa. - disse e ele sorriu

Logo me lembrei das tintas e sai apressada novamente. Mas quando cheguei lá fora o carro dos meus pais não estavam.
Quando ia entrar vi uma sacola no canto com um bilhete e a peguei.
Vi que suas tintas ficaram para trás. E sei que não sobrevive sem sua escrita. - Feioso