A escuridão da noite invade o quarto, me cobrindo por inteiro. Não existe mais nada, só eu e ela, a noite e eu. Por dentro, ela me enche com as estrelas que colheu das galáxias, enfeitando meu interior com grandiosas constelações.
Enquanto ela arruma a bagunça que há em mim, viajo através dos pensamentos, para bem longe dali. Atravessando o telhado, sobrevoando ruas e vielas, bairro após bairro, até me encontrar o meu amor. Aterrissando perto de sua janela, lá está, meu amor, em sono profundo. Poderia só observar, apreciar o momento e matar essa saudade, mas isso só não bastava.
Entro em seus aposentos, tremulo e ofegante. Não sei bem o que fazer, apenas caminho até seu encontro. Agora estava ajoelhado ao lado da cama, admirado por cada traço seu. Cada pincelada, cada esfumada. Toda reta ou curva. Qualquer parte específica do seu corpo era esculpida detalhadamente, mas por quem?
Estendo a mão e toco em seu rosto, mas não sinto. Você sorri, mas não acorda. Vejo a assinatura dos deuses, que me dão a certeza de que escolhi certo.
É hora de partir. Volto ao quarto, a noite ainda me cerca, então fecho os olhos, preservando a sua imagem, pois me recuso a esquecer.
A noite se deita ao meu lado, acariciando meus cabelos:
- Você sabia que Fibonacci pode ser visto em tudo que pode ver?
- Sim.
- Então por que está admirado em ver mais um?
- Porque é a primeira vez que eu pude sentir.
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Lua Nova, Lua Cheia | Saga Dos Astros Iluminados (Vol. I)
Poesía"Para você, meu amor, o melhor que meu coração pôde sentir por você e que eu pude transmitir em palavras. Posso não ter conseguido expressar 100% do que sinto e provavelmente tenham faltado adjetivos para descrever tamanha importância e beleza que v...