Sonhos

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A noite começa a cair, sentada aqui em meu quarto olho pela janela e penso nos sonhos estranhos que tenho tido, muitas vezes me pego pensando de onde vem tanta criatividade e porque me parecem tão real.

Meu celular toca avisando que recebi uma mensagem. Vou até a cama e pego meu celular, é uma mensagem da minha amiga Diana.

- Oi, vamos sair amanhã? – Dizia na mensagem dela.

- Para onde? Precisamos trabalhar. – Respondo.

- Preciso comprar roupa para usar sexta-feira. Vamos? Já falei com a tua mãe, duas horinhas só.

- Está bem, eu vou! Passo na loja te pegar amanhã as 15 horas. – Confirmo, porém não estou com cabeça para compras no momento.

- Que ótimo, vai ser incrível! Vamos comprar algo para você também. E não adianta dizer que não. Até amanhã. Boa noite!

- Boa noite!

Deito a cabeça no travesseiro quando de repente meu pai me chama pedindo para que eu fosse até a sala. Desço as escadas com a mesma roupa que estava no quarto, um short doll preto curto com botões, quando desço as escadas olho para a sala e meu pai está parado com um rapaz que está de costas para mim, assim que percebe minha chegada o rapaz se vira e meu coração gela.

- O seu amigo disse que precisava falar com você sobre uma encomenda que ele havia feito. Pode falar com ele agora? – Diz meu pai com uma expressão de felicidade, trocando seu olhar de mim para minha mãe que, assim como ele, emana alegria de ver que eu tenho amigos.

Olho para minha mãe que confirma com a cabeça, em seguida olho para ele que está me olhando de uma maneira que fazem meus ossos queimarem. Então concordo.

- Posso sim, vamos lá em cima.

Aponto para a escada atrás de mim, informando que devemos subir. Ele, discreto como sempre confirma com a cabeça e em seguida ouço minha mãe dizer baixinho para meu pai "acho que ele gosta dela, ele foi lá na loja". Não consigo evitar e sinto um calor subir em minhas bochechas.

Paro em frente a porta do escritório que fica entre o meu quarto e o banheiro. Coloco a mão na maçaneta, olho para o Rael e peço para que entre que vou trocar de roupa. Ele me olha dos pés à cabeça, demorando um pouco demais seus olhos em minha boca, então lentamente olha em meus olhos com um sorriso de canto que me faz derreter por dentro, porém fico plena por fora. Estava quase abrindo a porta do meu quarto, quando ele comenta:

- Por mim está ótima assim, não tenho muito tempo... mas precisava te ver.

Olho para ele, o sorriso foi trocado por uma rigidez em seu rosto que não era agressiva nem alegre. Honestamente, as vezes eu não conseguia decifrar o que ele sentia.

- Está bem, vamos sentar.

Sentei em uma cadeira e ele sentou em outra próxima a mim. Olhou ao redor, para meus desenhos, minhas fotos que havia sobre a mesa e em seguida esfrega seu rosto com as mãos. Por um momento tenho a impressão de que tem algo errado com ele.

- Rael, qual é o problema? – Digo com certa aflição.

- É que você parece ser tão normal, sua família é perfeita, vocês possuem um emprego normal...

Ele levanta os braços ao lado de seu corpo em uma maneira de discordância e desistência, como se estivesse se rendendo ou não compreendesse alguma coisa. Não sei o que se passa na cabeça dele, mas decido entrar no jogo dele.

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⏰ Última atualização: Feb 23, 2023 ⏰

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