Criminal case : Assassinato em Nova York.

Capítulo 1

As coisas mudaram desde o falecimento do nosso chefe, o famoso Samuel king. David e eu ficamos encarregados da nossa equipe, já que essa era a vontade dele. Sinto saudades dos nossos velhos tempos. Graças a Deus não temos ocorrências de assassinatos faz um bom tempo, algumas coisas estão paradas demais hoje em dia. Estávamos no funeral do senhor King quando o meu celular apitou, ai, que vergonha. Olhei meio sem graça pra todos ao meu redor, tentei disfarçar com um sorriso mas o meu telefone não desligava.

Depois de algumas tentativas consegui deixar o meu aparelho no mudo. No meio do funeral o David me olhou meio estranho. Ele fez um gesto com o dedo pra que eu o seguisse. Antes de ir, me despedi da esposa e da filha dele com um abraço. David parecia meio nervoso porque eu não atendi o celular, com àquela cara de nervoso que só ele sabia fazer, falou:

— Há um assassino nas ruas de Nova York e você não atende o telefone. Vamos, a Cathy me ligou dizendo que a outra equipe já está procurando pistas.

Preciso admitir que foi um erro meu ter deixado a porcaria do celular no mudo. Mas no meio de um funeral eu não ia conseguir fazer isso em respeito do meu chefe. Ao entrarmos no carro o querido Jones me encheu de sermão de como eu deveria ser uma excelente profissional já que o Samuel deixou essa função pra gente, eu sei que ele está certo.

Assim que chegamos a Cathy nos chamou até o local onde foi encontrado o corpo da vítima, ela se chamava Cassie Meunier. Nunca pensei que alguém poderia morrer de uma maneira tão horrível, ela foi deixada na entrada da cidade, seu corpo estava todo ensanguentado e havia marcas de agressão na sua pele. Ai, tadinha. Nem consigo imaginar o sofrimento e a dor que ela sentiu. O Alex, um dos especialistas em tecnologia surgiu no meio de nós, ele dizia:

— Encontramos uma pista sobre o assassino. Ainda não sabemos se quem matou a vítima foi um homem ou mulher. — Alex entregava uns pedaços de pano nas mãos do David.

— Podemos encontrar o DNA do suspeito na camisa. — Eu sugeri.

— Não, Grace. Já tentamos isso. — Cathy respondia.

Já sei que teremos uma longa missão pela frente. Seja lá quem cometeu esse crime ele tem que saber que está lidando com a melhor equipe de investigação de Nova York, e que uma hora ou outra ele será preso em nome da justiça. Não podemos deixar que um criminoso continue andando por aí. Tenho certeza que eu, Grace delaney e David Jones vamos conseguir solucionar esse caso. Nem ao meu pior inimigo eu desejaria uma morte cruel dessas.

Os pais da vítima chegaram abalados com a notícia da morte da filha, o pior é que eles  tinham  a cassie como a preferida. Assim que chegaram, a mãe dela se aproximou de mim pedindo para conversar comigo em um local privado.

— O que deseja me falar?

— Detetive, eu tenho medo. — A mulher sussurrou bem baixinho.

— Medo de quê? — Perguntei.

— Eu vou contar pra senhora o que aconteceu. — Ela retirava um retrato do seu bolso. — Essa aqui é a Emma, a minha outra filha.

— Sim. O que há de errado com ela?

— Há alguns dias atrás a Emma descobriu que a cassie se relacionava com o namorado dela.

Agora eu tenho a total certeza de que quem cometeu esse crime foi movido por vingança ou ódio. Mas será que a Emma seria capaz de cometer uma barbaridade dessas com a própria irmã, olhei para ela e perguntei novamente:

— O que a irmã dela fez quando descobriu?

— Ela prometeu que algum dia iria se vingar da cassie. — Quando pronunciou as suas palavras, as lágrimas rolaram em seu rosto.

— Sinto muito por tudo isso. — Retirei um lenço e dei para que enxugasse o choro.

— Obrigada, detetive.

De repente escutei um barulho estranho vindo de onde o David estava. Parecia que alguém gritava por ajuda. Ao voltarmos para o local vi uma pessoa deitada no chão, o Alex havia derrubado ele.

— Ei, me larga. — O desconhecido gritou.

— O que raios está acontecendo aqui?

— Esse é o Mason, um dos nossos suspeitos. — Alex o prendia com as algemas. 

Não acho que alguém como ele se arriscaria tanto em vir ao local do crime, um assassino nunca daria as caras na cena onde tudo aconteceu. Vamos levar ele até a sede do FBI para interrogar o suspeito pra ver se sabe de alguma coisa sobre o que ocorreu.

Argh, já estou ficando com raiva. A minha paciência não está boa hoje. Respira, delaney, você consegue. Acontece que o suspeito que achamos é o famoso jogador de hóquei Mason Hunter, esse cara é muito convencido, meu Deus! Ele está insistindo que é inocente, em todo momento diz que nós vamos nos arrepender por ter feito isso. Quando chegamos na sede do FBI levamos o rapaz para a sala de interrogatório. Como o David estava sem ânimo eu fiquei encarregada de conseguir alguma pista.