My beautiful boy, who hurt you?

the past haunts

estava frio, não apenas o ar que gelava seus corpos, mas o chão, os cobertores, a comida... bem, tudo. era início da primavera, final do inverno mesmo. mas lá estavam eles sentados trancados, amontoados em um canto para se aquecer.

assustado, com frio, desnutrido, traumatizado e em geral com dor. hyunjin teve mais facilidade, ele fez e ele sabia disso. estava fora de seu controle ele sabe disso, eles não o queriam, eles gostavam de jisung. gostava de seu corpo, gostava de seu buraco.

eles salvariam hyunjin para bater e continuariam jisung para foder. hyunjin odiava isso, apenas desejava poder tirar tudo de seu jovem companheiro muito mais inocente. mas eles não o queriam.

"jinnie, se... quando ele voltar para a sessão noturna, não tente pará-lo como você sempre faz, fuja, por favor, faça isso por mim, você corre e não volta atrás. você vai para casa para obter ajuda, por mim jin? faça isso por mim?" Jisung implorou.

todas as noites eram iguais. ele viria, hyunjin faria qualquer coisa para fazê-lo não fazer isso, mas todas as noites terminava com um hyunjin nocauteado e um jisung com lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto seu corpo era violado.

"mas... e se não conseguirmos tirar você daqui, não posso viver sem você hannie, preciso de você, não estou pronto para dizer adeus." hyunjin declarou virando-se para encará-lo, as lágrimas já escorrendo por seu rosto.

"Não é um adeus meu amor, é um até logo, por favor? Jinnie, por favor? Preciso que você me prometa", disse Jisung, segurando o rosto de Hyunjin em suas mãos fazendo contato visual, dizendo todas as coisas não ditas que ambos já sabiam.

"eu prometo." hyunjin disse, puxando seu jovem companheiro em seus braços, parecia um adeus, hyunjin não podia dizer adeus, não era hora de adeus, deus ele esperava que não fosse um adeus, ele precisava que não fosse um adeus.

e como todas as noites lá, ele chegou na hora certa. "oh olá meninos bonitos, vocês sabem que são quase mais bonitos do que meu brinquedinho lá de cima, mas minho é outra coisa, ele tem aquela inocência infantil dele, é legal, melhor do que sua boca nojenta que você tanto gosta de usar." ele disse, dirigindo a última parte para hyunjin.

a porta permanecia aberta algo que hyunjin nunca percebeu pois normalmente já estava ocupado tentando impedi-lo, mas hoje ele estaria livre, ele fez uma promessa.

quando hyunjin sentou lá e não se mexeu, o homem acreditou que talvez ele tivesse desistido, tornado sua vida mais fácil. uma vez que ele se acomodou com jisung, hyunjin correu para a porta, uma vez que ele começou a correr, ele não parou.

ele não parou quando encontrou a saída, não parou quando saiu, não parou quando bateu na neve. não parava quando suas pernas queimavam, não parava quando seu estômago só queria comida. ele não parou quando a noite caiu, ou quando a manhã chegou no dia seguinte, ou quando o ciclo completou o suficiente para que a neve sob seus pés desaparecesse. ele nem parou quando ouviu tiros e um homem grande correndo.

ele parou quando teve um vislumbre dele. era ele, o homem. aquele que os abusou. estuprou Jisung. ele estava a correr. rastreando pela floresta, a neve. ele estava correndo mesmo quando foi atingido por uma bala. e ele não parou.

lá estava ele. correndo por sua vida. agarrando o ombro que segurava a bala, seguindo pela neve para longe de sua casa. longe de Jisung.

hyunjin não conseguia entender o que precisava fazer, mas tudo o que sabia era que sua casa estava esperando por ele. seus companheiros estavam esperando. Jisung estava contando com eles, com ele. ele continuou por ele, e apenas por ele.

então ele foi em frente, ele não poderia descrever a sensação que sentiu

quando ele entrou pela porta da frente, o calor envolvendo-o.

assim que a porta se fechou atrás dele, ele quebrou. tudo o alcançou. ele estava em casa, e jisung não, mas aquele homem se foi, foi embora dele. hyunjin mal registrou seus companheiros enquanto eles se abraçavam e o traziam de volta para sua casa.

ele se lembra de uma coisa, a voz de chan, "você está seguro, eu peguei você, está tudo bem, não vou deixar que te machuquem, você está seguro." chan repetiu essas fases várias vezes até que o sono superou seu corpo exausto.

mas agora hyunjin está de olhos arregalados no banheiro ouvindo a mesma frase repetida para o menino enrolado perto do peito de seungmin.

hyunjin não era melhor do que os homens que o traumatizaram. esse garoto não tinha nada a ver com isso, mas hyunjin estava desesperado para liberar sua raiva, sua mágoa, seu trauma, sua dor em outra pessoa.

Que foi que ele fez...

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Os próximos caps vão sair às 5 e às 9h

Bjss ^^