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Hoje em dia.

Eduarda pov

Nasci em 10 de outubro de 1999, em Florianópolis. Me mudei para São Paulo esse ano com a minha mãe, que achou melhor recomeçar sua vida depois de seu último relacionamento com o ex namorado dela.
Eu aceitei a ideia, já que não tinha muita coisa a perder em Floripa, ainda mantenho um contato com alguns amigos de lá, mas sempre fui muito na minha e não saia muito para os role.

Conheci pessoas incríveis em Sp, eu realmente gosto muito de morar aqui.
Não tenho muitos amigos, mas os que eu tenho eu realmente dou muito valor e sou muito grata por eles.

No meu primeiro dia de aula, um menino chamou muito a minha atenção. Ele era loiro dos olhos azuis e usava óculos, bem meu tipo.
Observava ele um pouco na escola, o achava muito bonito.
Comentei desse crushzinho para minha amiga, a Maria. Ela disse que eu deveria falar com ele e ela até se ofereceu para pedir o face dele, mas eu não deixei ela fazer isso.

Um dia eu estava em uma papelaria comprando coisas para o meu trabalho de ciências, quando ele e o amigo dele entraram na loja, um tempo depois o Alan, que eu conheço por nome pela Maria, diz que Gabriel estava pedindo o meu Facebook. Eu passei.

Conversamos um pouco e logo o assunto morreu, decidi que conversaria com ele pessoalmente.

...

– Aí, amiga, ele é tao fofo. – Eu digo deitando na cama da Maria.

– Seu gosto para homens é definitivamente horrível, Eduarda!

– Nem vem falar de mim, olha a cara daquele Alan.

– Ele é muito mais bonito do que o Gabriel.

– Vai se fuder, o Gabriel é lindo.

– Só você acha isso.

– Ótimo, assim não preciso competir com outras.

– Não fala isso duda, você já viu quantas meninas querem pegar o Alan?

– Tenho certeza de que se você falasse para ele seus sentimentos ele retribuiria.

– Será mesmo, Duda?

– Sim, Mah. E aliás, ele é amigo do Gabriel, eu posso conversar com ele e pedir uma ajudinha.

– Faria isso, amiga?

– Claro meu bem.

...

No dia seguinte.

Chego no colégio e procuro Gabriel. Quando eu o avisto, vejo que ele está com seus amigos.
Penso duas vezes antes de ir falar com ele.

– Oi, Gabriel. – Chego dando um sozinho.

– Oi, Duda. – Ele se levanta para me cumprimentar com um abraço.

– Eh.. Eu posso conversar com você? Vai ser rapidinho.

– Claro. – Ele estava sem os óculos hoje, tao lindo.. – Galera, eu já volto.

Nós vamos até as mesas do recreio, como ainda não começou a aula, só tem algumas pessoas passando por lá.

– Então, vou direto ao assunto. – Digo me sentando em um banco e logo após Gabriel se senta ao meu lado. – Eu tenho uma amiga, a Maria, que ela gosta muito do seu amigo Alan, ela gosta dele a um tempo e também comentou que eles já foram amigos, mas se afastaram com forme o tempo e não são mais próximos. Queria saber se você não dava uma ajudinha para juntas esses dois, tenta conversar com o Alan, não– Sou interrompida pelo garoto.

– A Mari Nunes?

– Sim, essa mesma.

– Caralho, o Alan é apaixonado por ela desde que nos viramos amigos. – Fico muito surpresa e feliz que vou conseguir ajudar a mari.

– Meu Deus! Eu não acredito. – Sorrio para o Gabriel e continuo. – Vou falar com ela e espero que você faça o mesmo a respeito do Alan.

– Claro que vou, pode deixar comigo.

– Obrigada de verdade, biel.

– De nada. – Ele da um sorrisinho de volta e começa a falar outra coisa. ‐ Sabia que, além da minha tia, você é a única pessoa que me chama de biel?

– Ah, me desculpa se você não gosta, é qu—

– Não, não. Eu gosto, pode continuar. – Sou interrompida novamente pelo mesmo.

– Que bom então..

...

– Então é sério mesmo? – Contei para Maria a respeito do Alan e estávamos nós duas conversando sobre isso no recreio.

– Sério demais.

– Meu Deus. E agora? Eu chego nele falando o que? – Ela estava muito feliz e nervosa ao mesmo tempo, até que vejo alguém se aproximando e tocando o ombro de Maria.

– Oi, Mari. Podemos conversar? – Era Alan acompanhado de Gabriel.

– Ah, sim claro. – Eles se afastam deixando só eu e Biel juntos.

– Quer ir espionar eles? – Eu proponho.

– Mas é claro que eu quero. – Ele sorri como se estivesse só esperando eu dizer isso.

Nós ficamos de longe observando o pequeno jovem futuro casal.
Não conseguíamos escutar nada, então ficamos deduzindo o que eles estavam conversando, até que, de repente, eles se beijam.

– Caralho, não pensei que ia ser tão rápido assim. – Comenta Gabriel.

– Nem eu. – Falo rindo.

Maria e Alan olham para o lado e avistam duas cabecinhas olhando fixamente para eles e começam a rir. Eles vem até a nossa direção.

– Nossa, pensei que não iam terminar nunca aquele beijo. – Eu digo quando os dois estavam chegando perto.

– Eu já beijei a Maria, agora falta você beijar o Gabriel. – Alan diz deixando um loiro muito vermelho de vergonha do meu lado.

*Sinal*

– Vão para sala de aula, crianças! – O tio que cuida do pátio fala para nós.

– Eu te levo até a sua sala. – Alan diz para Maria passando por mim e pelo Gabriel como se nós não existissemos.

Nós dois seguimos eles até o bloco sem dizer um A. Biel ainda estava envergonhado pela fala de seu amigo mais cedo. Quando chegamos na sala dele, eu me despeço.

– Até, Biel.

– Até, Duda. – Eu hesito antes, mas o dou um beijo na bochecha de Gabriel e, sem olhar para trás, vou para a minha sala.

...

Já estávamos na quarta aula e eu não parava de pensar em Gabriel. Maria estava toda fofa contando sobre Alan para mim, mas a minha cabeça não parava de pensar no loiro.

– Eduarda Miller.

– Eu. – Levanto a mão para a coordenadora que havia parecido na nossa sala.

– Preciso de você na minha sala, guarde seu material e traga-o.

Não falei nada, só guardei minhas coisas, dei um tchauzinho para Maria e fui.


...

Atração PsicoticaOnde histórias criam vida. Descubra agora